Resumo
Objetivo: compreender a percepção da família sobre a possibilidade de acompanhar o atendimento emergencial de seu ente querido. Método: estudo descritivo de abordagem qualitativa. Participaram 16 familiares de pessoas que foram atendidas na sala de emergência dos pronto-atendimentos de três municípios do Sul do Brasil. Os dados foram coletados em maio e junho de 2015, por meio de entrevistas áudio-gravadas, posteriormente transcritas e submetidas à análise de conteúdo, modalidade temática. Resultados: os familiares gostariam de ter acompanhado o atendimento emergencial. Acreditavam que assim apoiariam o paciente e compreenderiam mais facilmente seu quadro clínico. Ainda, segundo os relatos, o fato de não terem acompanhado o atendimento emergencial exacerbou seu sofrimento, identificado pela vivência de sentimentos como tristeza, desespero, impotência e sensação de ter abandonado o familiar. Conclusão: profissionais de saúde das unidades emergenciais necessitam, na medida de suas possibilidades, permitir às famílias permanecerem próximas de seus entes queridos durante o atendimento.
Descritores: Família; Serviços Médicos de Emergência; Percepção; Enfermagem
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