Resumo
Resumo: As enfermeiras do pós-operatório de cirurgia cardíaca do Hospital Universitário Pedro Ernesto utilizam como método para desmame, a ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV). A extubação ocorre em média, oito horas após a cirurgia, considerado um período longo. O objetivo do estudo foi comparar o tempo de ventilação mecânica entre duas modalidades de desmame: tubo T e SIMV. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado e de grupo controle. Foi desenvolvido um protocolo de desmame ventilatório, utilizando como modalidade o uso do tubo T, comparado com o protocolo atual que utiliza a modalidade SIMV. Utilizou-se o teste t de Student para a comparação dos dois grupos, com o auxílio do programa GraphPad Instat 3.0. Os valores foram considerados significativos com p<0,05. Houve anuência do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição. Na análise prévia, comparando o tempo entre as duas técnicas, o uso da peça T foi a modalidade em que os pacientes saíram da prótese ventilatória em menor tempo (45 minutos). Contudo, os valores não foram significativos. Acreditamos que estes tenham ocorrido devido ao tamanho da amostra ainda ser pequeno (n=30). Observou-se que, quanto maior o nível de sedação no pós-operatório, mais rápido o desmame. Relacionamos este achado com a ausência dor sentida no pós-operatório. Um paciente sem dor, acorda mais tranqüilo da anestesia colaborando no processo de desmame. A dor acarreta limitação dos movimentos. Portanto, tosse, respiração profunda e mudanças de posição estarão restritas. Consequentemente o paciente acordará agitado necessitando contenção e sedação prolongando a saída da prótese ventilatória.