Resumen
A revisão da literatura realizada a partir de Pesquisa bibliográfica computadorizada e manual, no período de julho a outubro de 2003, sobre o risco para alteração no vínculo pais e filhos apresenta para enfermeiras (os) resumos e comentários sobre artigos publicados recentemente que apresentam aspectos atuais de determinadas áreas de alta complexidade em enfermagem, como o comportamento e sentimentos de mães de pacientes neonatológicos e a assistência prestada a pais e filhos em UTI neonatal. A ausência total ou parcial do familiar significativo possui o maior peso no processo de adaptação e desadaptação da criança. É no familiar significativo que a criança busca apoio, orientação, referência de tempo, proteção para o desconhecimento e para o sofrimento. Se a criança pode contar com a assistência deste familiar é capaz de suportar os sofrimentos e ansiedades surgidos durante a hospitalização. Já os sentimentos de culpa dos pais podem estar associados ao não entendimento dos fatores reais causadores da doença e da hospitalização. Em algumas situações o sentimento de culpa ou hostilidade são expressos sob forma de recusa em permanecer com a criança, pouca tolerância às suas solicitações, impaciência e afastamento progressivo. Se a criança não receber assistência psicoafetiva adequada os efeitos nocivos da hospitalização poderão ser severos ou até irreversíveis. A necessidade de humanizar deve ser colocada como objetivo principal.Esse trabalho apresenta resumos e comentários sobre artigos publicados recentemente que apresentam aspectos atuais de determinadas áreas de alta complexidade em enfermagem, como o comportamento e sentimentos de mães de pacientes neonatológicos e a assistência prestada a pais e filhos em UTI neonatal fazendo com que nos conscientizemos sobre o vínculo de pais e filhos diante da internação em UTI neonatal. A conscientização da equipe de saúde sobre o assunto ajuda para que ele seja melhor desenvolvido, não permitindo que por muitas vezes a má remuneração ou até mesmo a rotina, faça com que nos esqueçamos que estamos lidando com seres humanos, que necessitam de afeto, pois estão vulneráveis e que a nossa obrigação é ajudar. Portanto é preciso uma relação harmônica entre pais, filhos e equipe de saúde, onde se buscará não somente a recuperação do neonato, como o fortalecimento do vínculo pais e filho.
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