Resumo
Objetivo:desvelar a percepção de enfermeiras que atuam no planejamento familiar quanto à vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis de mulheres que participaram dessa atividade. Método: pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, realizada em Hospital Universitário, no Rio de Janeiro. Participaram 9 enfermeiras que trabalham com planejamento familiar. Utilizou-se a análise de conteúdo temática. Resultados: “Percebendo as mulheres que frequentam o Planejamento Familiar como vulneráveis em decorrência das desigualdades de gênero”, caracterizada pela responsabilização apenas das mulheres para proteção, falta de acompanhamento do parceiro e culpabilização das mulheres pelas gestações indesejadas. Dominação masculina evidenciada pelas enfermeiras no fato do homem querer determinar como será a proteção e/ou contracepção na relação sexual. Ademais, expressaram dificuldade dessas mulheres para negociação do sexo seguro, principalmente nos relacionamentos estáveis. Conclusão: Essas infecções ainda são consideradas “doenças do outro”, influenciadas pelas desigualdades de gênero. Ações tradicionais do planejamento familiar não são suficientes para utilização medidas preventivas para IST/HIV.
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