Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de presidiárias no estado da Paraíba. Método: Estudo transversal, descritivo, quantitativo, realizado entre os meses de julho/outubro de 2012, em penitenciárias femininas. Obteve-se uma amostra de 227 sujeitos. Os dados foram coletados por meio de formulário e analisados à luz da estatística descritiva. Resultados: Mulheres predominantemente paraibanas, na faixa etária de 18 a 28 anos (52,4%), com ensino fundamental incompleto (59%), sem relação conjugal (54,2%) e com filhos (82,4%). O tráfico de drogas (28,4%) e associação ao tráfico (13,3%) são as principais causas de aprisionamento. Verifica-se que 29,5% trabalham e 28,2% estudam na prisão; 25,9% possuem doenças diagnosticadas e 18,1% recebem acompanhamento de saúde. Discussão: As condições epidemiológicas desfavoráveis precedem e talvez favoreçam o aprisionamento. Conclusão: Presidiárias inseridas em um contexto social de pobreza e exclusão que dificulta os processos de ressocialização e implica negativamente nas suas condições de saúde.
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