Resumen
Muitos profissionais de saúde não sabem ou não direcionam sua escuta e seu olhar para diagnosticar e cuidar de situações de violência contra a mulher. Esse despreparo é conseqüência de uma formação e prática profissional calcadas no modelo biomédico, onde o objeto de atenção não é o cliente como um todo, e sim, suas partes, de modo que os profissionais não percebem os laços estruturais entre corpo e sociedade. Buscamos trazer para o currículo do curso da enfermagem uma nova perspectiva quanto ao cuidar dessa população, inserindo a temática Violência Contra a Mulher; desenvolvendo-a calcada numa assistência humanizada, sensível e integral, com base nas políticas públicas de prevenção e controle dos casos de violência contra a mulher, respeitando as particularidades histórico-sociais, e utilizando uma metodologia crítica da educação, com ênfase no diálogo, na busca pela transformação pessoal e da realidade, na omnilateralidade.Citas
Bagnato MHS. Formação crítica dos profissionais da área de enfermagem. In; Texto Contexto- Enfermagem / UFSC. 1999 Jan/Apr; 8(1): 31-42.
BRASIL, Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde Nº 8.080 de 19/9/1990.
Ministério da Saúde (Brasil). Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço. Brasília: Ministério da saúde; 2002-a.
Brasil. Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência. Portaria MS/GM nº 737 de 16/05/01 publicada no DOU nº 96 seção 1E, de 18/5/01 / Ministério da Saúde, 2001-a
Ministério da Saúde (Brasil). Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes - Normas Técnicas. Brasília: Ministério da Saúde; 1999-a
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Ministério da Educação. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 3, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Brasília, 2001-c
Ministério da Saúde. Programa de assistência à saúde da mulher: bases de ação programática. Brasília: Ministério da Ssaúde; 1984
BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Lei 4493/01, de 2001 (Deputada Dra. Sra. Socorro Gomes- PcdoB-PA) Estabelece a Notificação Compulsória da Violência contra a mulher atendidas em Serviços de Urgência e Emergência e A criação da Comissão de Monitoramento da Violência Contra a Mulher no Ministério da Saúde e nas Secretarias Estaduais de Saúde – Aprovado pelo Plenário da Cãmara – Brasília, 21 de maio de 2002-b
Deslandes S. O atendimento às vítimas de violência na emergência: “prevenção numa hora dessas?”. Ciência & Saúde Coletiva. 1999; 4(1): 81-94.
FÓRUM COMUNITÁRIO DE COMBATE À VIOLÊNCIA – FCCV/PROJETO UNI-BA./UFBA/UNICEF, Rastro da violência em Salvador: mortes violentas de residentes em Salvador, 1997. Salvador, 1998. P.1-39
Germano RM. Educação e ideologia da enfermagem no Brasil. São Paulo: Cortez; 1984.
Heise L. Violencia contra la mujer: la carga oculta sobre la salud; Programa Mujer, Salud y Desarrollo, Washington: D.C.OPS; 1994.
Lopes MJM, Meyer DE, Waldow VR. Gênero e Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas; 1996.
Schraiber LB, D’Oliveira AFLP. Violência contra mulheres: interfaces com a saúde, Interface: comunicação, saúde, educação. 1999-a; 3 (5): 11-26.
Souza ER, Minayo MCS. Análise das tendências da produção acadêmica sobre violência e acidentes. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2001
Rede nacional feminista de saúde e direitos reprodutivos (Brasil). Dossiê 25 de novembro – violência contra a mulher: interesse de toda a sociedade. Prod. Regional Pernambuco. Jornal da rede saúde. Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos: Novembro; 1999. 19.
Schraiber LB, D’Oliveira AF. O que devem saber os profissionais de saúde para promover os direitos e a saúde das mulheres em situação de violência doméstica. São Paulo: Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. Departamento de Medicina Preventiva – Faculdade de Medicina USP; 2002.
Soares BM. Mulheres invisíveis: violência conjugal e novas políticas de segurança. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 1999.