Resumo
Esta investigação tem como objeto de estudo a compreensão da percepção dos familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço este substitutivo ao modelo manicomial, sobre o trabalho da equipe. Influenciada pelos pressupostos da psiquiatria democrática italiana, de Franco Basaglia, o movimento da reforma psiquiátrica brasileira, vem desde a década de 1980 se fortalecendo e alcançando importantes conquistas nos campos político, legislativo, judiciário, técnico, social e cultural, em diferentes proporções. Neste contexto, dentre as profundas mudanças ocorridas, surgem em contraponto aos hospitais psiquiátricos os serviços substitutivos, que por sua vez, se apresentam pautados no modelo psicossocial, que, contrário do primeiro, considera os fatores políticos e bio-psico-socio-culturais do indivíduo em sofrimento psíquico, reconhecendo-o enquanto ator principal do seu tratamento, pertencente a um grupo familiar e social1. Esta pesquisa torna-se significante, pois, poderá contribuir para a melhoria da assistência à saúde mental dos usuários e familiares que utilizam este serviço, além de servir de conhecimento para a construção de possíveis ações em saúde mental.