Resumo
RESUMO
Problema:A violência doméstica contra as mulheres afeta a saúde como um todo, e o enfermeiro deve ser capacitado não somente para reconhecê-la, mas atendê-las, e ser capaz de reconhecer os fatores de risco que podem desencadeá-la, a fim de preveni-la. Objetivo: identificar fatores de risco que desencadeiam a violência doméstica. Metodologia: Pesquisa qualitativa exploratória, desenvolvida em um Serviço de Acolhimento Institucional de Curitiba/PR, de dezembro 2010 a fevereiro de 2011 com 08 mulheres. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista semi-estruturada gravada, e da análise de conteúdo temática emergiu o tema: A dependência química como fator de risco para a violência doméstica. Resultados e Discussão: A dependência química do álcool e crack pelos companheiros é um fator de risco que desencadeou a violência doméstica física, psicológica e patrimonial, afetou necessidades humanas básicas, gerou medo e desestruturou a relação familiar, e isso as fez abandoná-los e procurar o Serviço de Acolhimento. Considerações Finais: A presença do enfermeiro neste local é imprescindível, porquanto a violência praticada contra as mulheres afetou sua multidimensionalidade, e isso requer o desenvolvimento de ações de cuidado tanto técnicas como expressivas relacionadas à subjetividade, a fim de prevenir doenças, promover a saúde e melhorar a qualidade de vida.
Descritores: Enfermagem em Saúde Pública; Violência Doméstica; Fatores de Risco.
Referências
Organización Mundial de la Salud. Informe mundial sobre La violenca y la salud. Washington, 2002. 49 p. [on-line]. [citado em 17 de julho de 2010]. Disponível em: URL: http://whqlibdoc.who.int/publications/2002/9275324220_spa.pdf.
Labronici LM, Ferraz, MIR, Trigueiro, TH, Fegadoli, D. Perfil da violência contra a mulheres atendidas na Pousada de Maria. Rev. Esc. Enferm. USP. [on-line]. 2010 mar. [citado em 11 de abril de 2010]; 44(1): 126-33]. Disponível em: URL: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n1/a18v44n1.pdf
Brasil. Diário Oficial da república Federativa do Brasil. Decreto nº 11.340 de 7 de agosto de 2006. Brasília; 2006. [on-line]. [citado em 05 de abril de 2010]. Disponível em: URL: http://www.contee.org.br/secretarias/etnia/lei_mpenha.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. VIVA-Vigilância de Violências e Acidentes, 2008 e 2009. Brasília: Ministério da Saúde: 2010.
Brasil. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 10.778 de24 de novembro de 2003. Brasília; 2003.
Vieira LJES, Pordeus AMJ, Ferreira RC, Moreira DP, Maia PB, Saviolli KC. Fatores de risco para violência contra a mulher no contexto doméstico e coletivo. Saúde Soc. [on-line]. 2008. [citado em 28 de março de 2011]; 17(03): 113-125]. Disponível em: URL: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v17n3/12.pdf
Bardin L. Análise de conteúdo. 4ª ed. Lisboa: Edições 70: 2009.
Guedes RN, Silva ATMC da, Coelho EAC, Silva CC da, Freitas WMF. A violência conjugal sob o olhar de gênero: dominação e possibilidade de desconstrução do modelo idealizado hegemonicamente de casamento. Online braz j nurs. [on-line]. 2007. [citado em 11 de abril de 2011]; 06(03)]. Disponível em: URL: http://www.objnursing.uff.br//index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2007.1103/261
Labronici LM, Fegadoli D, Correa MEC. Significado da violência sexual na manifestação da corporeidade: um estudo fenomenológico. Rev esc enferm USP. [on-line]. 2010. [citado em 28 de abril de 2011]; 44(02): 401-06. Disponível em: URL: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000200023
Lacharité C. From risk to psychosocial resilience: conceptual models and avenues for family intervention. Texto contexto - enferm. [on-line]. 2005. [citado em 02 de abril de 2011]; 14(spe): 71-77. Disponível em: URL: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072005000500009&lng=en
Garcia I. Vulnerabilidade e resiliência. Adolesc. Latinoam. [on-line]. 2001 abr. [citado em 3 de junho de 2010]; 2(03)]. Disponível em: URL: http://ral-adolec.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-71302001000300004&lng=es&nrm=iso.
Ribeiro COM, Sani AI. Risco, protecção e resiliência em situações de violência. Revista da Faculdade de Ciência da Saúde. [on-line]. 2009. [citado em 14 de julho de 2010]; 6:400-407]. Disponível em: URL: https://bdigital.ufp.pt/dspace/bitstream/10284/1294/1/400-407_FCS_06_-7.pdf.
Brasil. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas. 5 ed. Brasília; 2010.
Fonseca, AM, Galduróz, JCF, Tondowski, CS, Noto, AR. Padrões de violência domiciliar associada ao uso de álcool no Brasil. Rev Saúde Pública. [on-line]. 2009. [citado em 28 de março de 2011]; 43(5):743-9]. Disponível em: URL: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v43n5/24.pdf
Rabello PM, Caldas Júnior AF. Violência contra a mulher, coesão familiar e drogas. Rev Saúde Pública. [on-line]. 2007. [citado em 28 de março de 2011]; 41(6):970-8]. Disponível em: URL: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n6/5848.pdf