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The social net in families with newborn infants at risk during the first year of life: descriptive-exploratory study

 A rede social em famílias com recém - nascidos de risco durante o primeiro ano de vida: estudo descritivo exploratório

 Fernanda Baptista Marques1, Elen Ferraz Teston2, Mayckel da Silva Barreto3, Mara Cristina Ribeiro Furlan4, Sonia Silva Marcon5 

1, 2, 3, 4, 5 -  Universidade Estadual de Maringá. Maringá-PR, Brasil. 

Abstract: Introduction: A birth of a child that presents some survival risk, demands from parents and family a series of adjustment mechanisms in order to face and incorporate that new situation into their lives. Objective: Identify the resources and the social net used by the families of a newborn infant at risk in the quotidian, and in the presence of health problems. Method: A prospective descriptive-exploratory study of the cohort type, accomplished with 238 children born in the municipal district of Maringá-PR who were included in the Program of Surveillance of Newborn Infants at Risk. Six home visits were accomplished, when the mothers were interviewed through a mixed type questionnaire, containing questions regarding family, mother and child. The information was inserted in a database for obtaining simple frequency. Results: Mother alone or with the help of a companion and of some relatives, is the main caretaker of the newborn infant at risk. However, the grandmother’s participation increases as the child grows, due to the mothers' need of going back to work. The Family Health Strategy program was mentioned as support net by 65.4% of the families. Nevertheless, more than half of the children were not visited by the FHS and the number of visits decreased as the children grew. Implications for Nursing: The health professionals need to understand their role as support net to the families. Certainly, this will determine more commitment and involvement in relation to the follow-up on the growth and development of the child, as well as give instruments to the family, especially to the mother, to take a better care of the baby.

Keywords: Child Health; Caregivers; Social Support; Family Health 

Resumo: Introdução: O nascimento de um filho que apresenta algum risco de sobrevivência, demanda do casal e da família uma série de mecanismos de ajuste para o enfrentamento e incorporação dessa nova situação. Objetivo: identificar os recursos e a rede social utilizados pelas famílias de recém-nascidos de risco em situações cotidianas e de alteração na saúde. Método: Estudo descritivo exploratório prospectivo, do tipo coorte, realizado com famílias de 238 crianças nascidas no município de Maringá – PR e que foram incluídas no Programa de Vigilância do Bebê de Risco. Foram realizadas seis visitas domiciliares, onde as mães foram entrevistas por meio de questionário do tipo misto, contendo perguntas referentes à família, mãe e criança. As informações foram inseridas num banco de dados para obtenção de freqüência simples. Resultados: A mãe sozinha ou com ajuda do companheiro e de alguns parentes, é a principal cuidadora do recém-nascido de risco. No entanto, a participação das avós aumenta à medida que a criança cresce, devido à necessidade das mães voltarem a trabalhar. Por outro lado, a Estratégia Saúde da Família foi citada como rede de apoio por apenas 65,4% das famílias. Contudo, mais da metade das crianças não foram visitas pela ESF e o número de visitas diminuiu à medida que as crianças cresceram. Implicações para a Enfermagem: os profissionais de saúde necessitam compreender o seu papel enquanto rede de apoio às famílias. Isto com certeza irá determinar maior compromisso e envolvimento em relação ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e na instrumentalização da família, em especial da mãe, para melhor cuidar do bebê.

Palavras-Chave: Saúde da Criança. Cuidadores. Apoio Social. Saúde da Família 

Introdução

O apoio social pode ser definido como a provisão do ambiente social e um importante aspecto de troca entre a pessoa e o mundo social. É um construto multidimensional que envolve o conforto, a assistência e/ou a informação que alguém recebe de contatos sociais estando ainda relacionado com a percepção que a pessoa tem do seu mundo social, com as estratégias para estabelecer vínculos, os recursos que lhes serão oferecidos, bem como a proteção frente à situações de risco(1).

Ele pode ser classificado em três tipos. O apoio emocional está relacionado aos sentimentos de estima, pertencimento e confiança. Estimula a pessoa a expressar seus medos, angústias, dores, ansiedades e tristezas. O apoio material ou instrumental é qualquer ajuda financeira direta ou oferta de algum tipo de serviço que propicie auxílio material. Já o apoio educacional ou informativo possibilita a troca de informação entre as pessoas para que sintam-se mais seguras(2).

A disponibilidade de sistemas e de pessoas significativas que proporcionam apoio e reforço às estratégias de enfrentamento do individuo diante das situações da vida é definida como rede de apoio social. É normalmente para a rede social que as pessoas recorrem em primeiro lugar quando se deparam com dificuldades, dúvidas ou problemas. São várias as pessoas que oferecem suporte à família e ao indivíduo, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida. Percebe-se que geralmente enquadram-se como integrantes da rede social os familiares, os parentes da família extensa (avós, tios, primos), os amigos, os companheiros, os vizinhos e os profissionais de saúde, enfim, as pessoas que auxiliam e oferecem algum tipo de suporte(3).

As pessoas que compõem a rede social de apoio a um determinado indivíduo e as funções que exercem mudam de acordo com o contexto sócio-cultural, o tempo histórico e o estágio de desenvolvimento do indivíduo e da família enquanto grupo. É importante ressaltar que um dos momentos em que se verificam alterações nesta rede social é quando a família passa por transições decorrentes do nascimento de um filho, pois a “chegada” de um novo membro encontra-se entre os acontecimentos significativos que marcam uma importante mudança no ciclo de desenvolvimento familiar(4).

É um acontecimento que embora considerado normal, demanda do casal e da família uma série de mecanismos de ajuste para o enfrentamento e a incorporação da nova situação, provocando alterações na dinâmica familiar(5). Isso ocorre principalmente em casos em que o filho nasce com algum problema de saúde ou necessidade especial, ou mesmo apresentando algum risco para a sua sobrevivência.

Nestes casos, um laço de rede social relevante é a ESF, pois seus profissionais possuem maior conhecimento sobre o processo saúde e doença e, podem acompanhar melhor o desenvolvimento e crescimento de uma criança seja ela de risco ou não. Isto porque a equipe muitas vezes representa um alicerce importante para mãe, pois ao esclarecer suas dúvidas possibilita um melhor cuidado para a criança e tranqüilidade nos afazeres diários.  O cuidado prestado pela ESF visa à promoção da saúde da família, fortalecendo seus mecanismos de enfrentamento, conferindo autonomia por meio do esclarecimento e proporcionando bem estar, qualidade de vida, dentro das suas condições de existência(2).

Assim, considerando a importância da rede social, o estudo objetivou identificar os recursos e a rede social utilizados pelas famílias de recém-nascidos de risco em situações cotidianas e de alteração na saúde.  

Metodologia

Estudo descritivo exploratório prospectivo, do tipo coorte, realizado com famílias de 238 crianças nascidas no município de Maringá – PR, no período de 01 de maio a 31 de outubro de 2008 e que foram incluídas no Programa de Vigilância do Bebê de Risco (PVBR) do município.

O município de Maringá conta com 308 mil habitantes e o número de nascidos vivos de mães residentes caiu de 4521 em 2000 para 4177 em 2007. Porém, o percentual de crianças nascidas com peso inferior a 2500 gramas passou de 7,27% em 2000 para 8,76% em 2007, sendo que o número de crianças incluídas no PVBR passou de 616 em 2003 para 800 em 2008.

O PVBR existe no município desde 2000, e tem como propósito acompanhar todos os bebês que apresentam fatores diversos, considerados de risco, tais como: baixo peso ao nascer (BPN < 2500g), pontuação Apgar menor ou igual a 7 no 5º minuto de vida, prematuridade (idade gestacional inferior a 37 semanas), idade materna menor que 18 anos, presença de anomalias, e outros critérios que incluem, por exemplo, filho de mãe HIV positivo, a condição sócio-econômica e/ou o uso de drogas pela mãe.

A equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do município visita todos os hospitais diariamente para preenchimento da ficha de nascidos vivos. Quando identificado o nascimento de uma criança que apresente um ou mais critérios considerados de risco, esta é incluída no PVBR ainda durante a internação hospitalar, sendo preenchida uma ficha de admissão em duas vias. Uma dessas fichas é arquivada no Setor de Vigilância e a outra encaminhada para a unidade básica de saúde de referência, conforme endereço da família, para que a criança tenha seu crescimento e desenvolvimento avaliados mensalmente por um período de 12 meses. Contudo, estudos têm mostrado que ocorrem falhas na efetividade do PVBR, como por exemplo, o número de consultas abaixo do recomendado pela Secretaria Municipal de Saúde(6-7).

Este estudo é parte integrante da pesquisa aprovada pelo CNPq (Edital MCT/CNPq 15/2007 – Universal) intitulada “Condições de vida e saúde de bebês de risco e suas mães em Maringá – PR, ao longo do primeiro ano de vida”, que teve como objetivo geral analisar as condições de vida e saúde de bebês de risco e suas mães ao longo do primeiro ano de vida Esta pesquisa foi desenvolvida por meio de seis subprojetos, e este trabalho refere-se ao subprojeto 4.

Todas as famílias de bebês nascidos entre 01 de maio a 31 de outubro de 2008 foram convidadas a participarem do estudo e as que aceitaram tiveram seus filhos acompanhados até os 12 meses de vida, por meio de VD realizadas em seis momentos: aos 15 e 45 dias de vida, aos três, seis, nove e 12 meses de vida.  Durante as VD eram realizadas entrevistas com a mãe, utilizando-se um questionário do tipo misto contendo perguntas referentes à família, mãe e criança e exame físico e antropometria dos bebês, com verificação do peso, estatura e perímetro cefálico (PC).

Todos os dados coletados foram digitados num banco de dados do Programa Excel 2007 para obtenção de freqüência simples.

O estudo foi desenvolvido em consonância com as diretrizes disciplinadas pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo o projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá (Parecer nº 451/2008).   

Resultados e discussões

Neste estudo, considerou-se que rede de apoio são os vínculos interpessoais significativos para o indivíduo, que não incluem apenas a família nuclear ou extensa, mas também os amigos, colegas de trabalho e de estudo, bem como a comunidade. Como possui caráter dinâmico, pode modificar-se com o tempo ou frente às alterações na vida das pessoas.

A importância das redes de apoio tem sido ressaltada em estudos recentes pela sua significância no bem-estar e cuidado, influenciando a auto-imagem do indivíduo, sua competência e adaptação em situação de crise (4).

As famílias deste estudo perceberam a chegada do bebê no domicílio após a alta hospitalar como uma experiência complexa e que provocou muitas alterações em sua dinâmica, porém identificaram que este foi um momento rico, à medida que permitiu à rede social se mostrar presente. Neste sentido, relataram o apoio recebido dos participantes familiares, não-familiares, profissionais e instituições.  

Atuação da Rede Informal: Participação da família

Apesar da presença e auxílio de outros elementos de apoio, a responsabilidade pelo cuidado com o bebê é, na maioria das vezes, assumida quase que exclusivamente pela mãe.  Observa-se na Tabela 1 que várias pessoas participam do cuidado cotidiano ao RN de risco, porém de forma pouco freqüente. Sendo assim, a mãe sozinha ou com ajuda do companheiro e de alguns parentes, é sem dúvida a principal responsável pelos cuidados com o RN de risco. Cabe salientar que, nos casos em que a mãe não aparece como cuidadora principal na primeira visita, quando o bebê ainda não tinha sequer um mês de vida, quase sempre tratava-se de casos de mães adolescentes ou primigestas que referiram medo de lidar com o bebê devido ao fato de o mesmo ser muito pequeno (prematuro e/ou com baixo peso), e por esta razão, necessitarem de ajuda, apoio e supervisão.

Ainda, nesta tabela observa-se que a participação das avós aumenta à medida que a criança cresce.  Isto acontece porque as avós representam uma alternativa segura para as mães que precisam deixar seu filho sob os cuidados de outrem para voltar a trabalhar.

O fato de ter em casa um bebê que por suas condições de nascimento foi incluído no PVBR, por si só já é causador de estresse para a mãe e toda a sua família. Esta condição tende a se agravar quando a mãe não pode contar com a ajuda de outras pessoas na realização das tarefas domésticas e dos cuidados com o bebê, interferindo em sua saúde física e mental e inclusive em sua capacidade de cuidar da criança.  

Tabela 1- Distribuição das repostas  sobre o principal responsável pelos cuidados cotidianos do bebê ao longo do primeiro ano de vida.  Maringá- PR, 2010. 

Cuidador principal

                      % de participação*

1ª visita

2ª visita

3ª visita

4ª visita

5ª visita

6ª visita

Mãe

88,5

85,8

84,4

80,9

72,1

76,7

Avó (Materna/ Paterna)

  1,3

0,9

2,75

5,9

7,5

5,6

Mãe e pai

  4,7

4,9

4,1

2,9

5,5

4,1

Mãe e avó

  4,3

6,6

6,9

8,3

9,9

8,1

Mãe, pai e avós

0,4

0,9

0,5

-

2,0

2,5

Outros (tios, babás, irmãos)

0.8

0,9

1,4

2,0

3,0

3,0

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

* % calculado a partir do número de crianças acompanhadas em cada visita.   

Assim, nos casos de RN de risco, além de acompanhar de forma mais amiúde o crescimento e desenvolvimento da criança, os profissionais de saúde, em especial os integrantes da ESF também precisam estar atentos para esta questão. Uma vez constatada a ausência ou um suporte familiar ineficaz, torna-se necessário envidar esforços para minimizar esta situação. Nestes casos vale uma aproximação com o esposo e outros familiares com vistas a sensibilizá-los quanto a vivência da mãe e da importância de seu papel junto à mesma e a criança. Nos casos de ausência de suporte familiar se faz necessário promover até mesmo alguma forma de mobilização na comunidade, numa tentativa explícita de garantir algum suporte para esta mãe.  Afinal, quando a mãe se sente segura e confiante em sua capacidade de prestar cuidados adequados para o filho, sua rotina será facilitada e sua auto-estima melhorada. 

Durante as situações estressantes, as mães solicitam mais apoio e quando existe disponibilidade de apoio social, isto facilita uma maternidade responsiva, principalmente sobre condições estressantes, promovendo o desenvolvimento de um apego seguro bebê-mãe, além de afetar diretamente a criança por meio do contato dela com os membros desta rede de apoio(1).

É interessante destacar que na primeira e nas últimas visitas foi observado uma maior participação de outras pessoas, compartilhando com a mãe, a responsabilidade pelos cuidados com a criança. Na primeria visita isto ocorre em função de fatores mencionados anteriormente relacionados com a insegurança da mãe e, nas últimas visitas, quando as crianças já completaram um ano de vida, observamos ser comum o fato das mães terem voltado a trabalhar, e por esta razão, necessitarem de alguém para assumir o cuidado da criança durante sua ausência.

Quando não é possível contar com a ajuda de pessoas “da família” para esta tarefa, as mães com melhores condições financeiras costumam contratar mão de obra “especializada” e devidamente treinada de acordo com suas preferências. Apesar de considerarem importante que a criança comece a interagir com outras crianças precocemente, costumam ponderar que freqüentar uma creche ou escolinha pode representar um risco para a saúde do filho, que fica mais exposto a viroses e outras doenças. No entanto, para as mães que não possuem condições financeiras para arcar com as despesas de babás, a creche ou escolinha tornam-se suas grandes aliadas, garantindo o retorno ao trabalho. Contudo, apesar de aliada no processo de cuidar e atuar como um fator facilitador para o desenvolvimento dessas crianças, a creche normalmente é utilizado como o último recurso, conforme pode ser observado na Tabela 2.  

Tabela 2- Distribuição das crianças segundo o local que permanecem a maior parte do tempo. Maringá-PR, 2010.

Local

1ª visita

2ª visita

3ª visita

4ª visita

5ª visita

6ª visita

Domicílio

232

223

213

192

140

127

Escola especial

-

-

-

1

2

4

Creche / escolinha

-

1

7

30

42

41

Sem resposta

6

14

18

15

54

66

 Alguns autores referem que antes de procurar uma creche, os pais fazem ponderações relacionadas com as necessidades econômicas, as mudanças no contexto familiar, as carências da infância, os limites das avós em dar conta da tarefa de compartilhar com os pais a educação e o cuidado dos netos, as informações veiculadas na mídia sobre maus tratos de crianças em instituições e principalmente, ao fato de que quanto mais cedo o bebê é deixado em uma creche, maior a probabilidade de contrair doenças. Assim, considerando que muitos dos bebês em estudo nasceram prematuros, com baixo peso ou apresentaram outros motivos que resultaram em dias de internação, é compreensível que os pais os considerem muito frágeis para ficarem expostos a vírus e bactérias responsáveis por doenças como diarréia, infecções respiratórias, em especial a pneumonia, otite média e alergias(8)

Vale lembrar, que a argumentação de parentes e ou amigos sobre os riscos das diferentes opções que cada família tem para cuidar e educar os pequenos, interfere na decisão de pais e mães em favor da creche, embora isso, de início, não exclua a insegurança dos pais em deixar o filho freqüentar outros ambientes que não seja o domicilio ou a casa de algum familiar/amigo(8)

Nestas famílias não é incomum a decisão da mulher abandonar o emprego para exclusivamente, cuidar dos filhos, especialmente nos casos de necessidades especiais. Nestas situações, o pai torna-se o único responsável pela renda familiar(9) Contudo, vale lembrar que o apoio social como fator de proteção nas situações estressoras é muito importante e ele está relacionado com a disponibilidade percebida de relacionamentos interpessoais que respondam às necessidades presentes nos eventos estressantes(10)

Na tabela 2 ainda podemos observar que houve 173 casos incluídos na categoria “sem resposta”, que correspondem àqueles que deixaram de ser respondidos em algumas visitas (38) e principalmente, aos casos que deixaram de ser acompanhados por diferentes motivos - mudança de endereço e até mesmo de cidade(86), óbito (17) e recusa em continuar no projeto (42).

Contudo, ao serem apresentadas a uma lista de atividades relacionadas com os cuidados básicos de uma criança, mais uma vez foi evidenciada a forte atuação das mães junto aos bebês, conforme pode ser observado na Tabela 3. A maioria dos cuidados relacionados ao bem-estar das crianças, como banho, administração de medicamentos, preparo e oferta de alimentação, são de responsabilidade materna, pois as mães são as que ficam mais tempo com as crianças, desenvolvendo as atividades consideradas cotidianas. Também chama a atenção o aumento (ainda que de forma muito discreta) da participação paterna em atividades fora do ambiente doméstico (passeios e idas ao médico).

Cabe salientar que a limitada participação paterna, em geral, é compreendida pelas mães, que alegam que os mesmos estão trabalhando durante o período em que as outras atividades são desenvolvidas. Porém, à despeito da necessidade de  o homem precisar trabalhar para prover o sustento de sua família e a mulher, mesmo quando trabalha fora  ter direito à licença maternidade e o homem não, é preciso que se leve em conta que esta posição das mães, muitas vezes constitui um reflexo da ideologia da maternidade como dom natural, sagrado, que além de ser fictício, acaba por diluir a responsabilidade social de todos os seres envolvidos no processo de criação e educação das crianças. Os papéis masculinos e femininos se acham cristalizados dicotomicamente, e apesar da diversidade de modelos familiares na sociedade atual, persiste a concepção tradicional e estereotipada das atividades do homem e da mulher no contexto sócio-familiar e o estabelecimento de relações desiguais(11).

De fato, ao longo dos anos, as mães tem sido as responsáveis por promover a saúde e o bem-estar dos integrantes da família, desempenhando atividades de proteção, segurança, cuidados específicos e gerais(10). Contudo, em alguns casos, as mães envolvidas com as tarefas domésticas e com o atendimento das necessidades da criança, sempre repetitivas e muito pouco divididas, podem apresentar tendência de se sentirem frustradas em relação às gratificações esperadas no campo social, passando a sentir-se abandonadas e maternalmente incompetentes. Na ocorrência destas situações, um apoio social eficaz pode devolver a elas a confiança pessoal, a capacidade cuidativa, a vontade de viver e a auto-estima, contribuindo com o desenvolvimento saudável da criança. Todavia está não é uma constante, pois cada mãe trás consigo suas experiências prévias e cada qual reage de forma diferente diante de situações semelhantes.  

Tabela 3- Atividades relacionadas com os cuidados do bebê, segundo a pessoa que a realiza com frequência. Maringá-PR, 2010. 

Atividades Responsável

Banho

Administração

de remédios

Preparo da alimentação

Oferta da alimentação

Passeios

Idas ao médico

Sono e repouso

Mãe

860

916

853

844

563

711

720

Pai

5

4

3

3

12

6

17

Avós

40

38

37

29

24

12

15

Tios

5

2

4

4

3

2

1

Outros**

21

11

13

11

22

7

11

Mãe e Pai

96

86

79

105

362

295

260

Mãe e avós

89

65

121

108

68

76

80

Mãe e Tios

15

13

17

14

8

16

13

Avó e Tio (a)

6

3

5

6

4

2

6

Mãe Pai e Avó

31

10

15

21

51

39

45

Mãe e outros

16

8

13

16

21

10

11

 

 

 

 

 

 

 

* Os números referem-se ao total de respostas obtidas nas seis visitas

** Em outros estão incluídos babás e irmãos do bebê

Assim, há necessidade de um amparo não só predominantemente intrafamiliar, mas expandido para configurar a rede de apoio social com condições de assegurar melhor prognóstico à saúde materno-infantil. Uma vez percebendo o apoio recebido e sentindo-se amparada pelo auxílio nas atividades domiciliares, nos cuidados com a criança, na satisfação das necessidades básicas de toda a família poderá se fortalecer e investir na atenção, no cuidado e na proteção à criança(12).

Esse apoio é muito importante também para os períodos potencialmente estressantes como, por exemplo, quando a mãe precisa cuidar do seu bebê e ao mesmo tempo fazer as tarefas de casa, ou então quando retorna ao trabalho, ou ao estudo. Em função de a mãe sentir-se sobrecarregada em cuidar do bebê ou por precisar afastar-se para trabalhar, surge a necessidade de escolher uma ou mais formas de cuidados alternativos para o bebê(1).

No Brasil, a organização e funcionamento da vida cotidiana da família vêm sendo profundamente afetados ao longo do tempo pela ação de fatores como o processo de urbanização, as migrações externas e internas, a formação do proletariado, o desenvolvimento da mídia e as modernas condições femininas de vida e de trabalho(13), com isso as relações familiares se modificaram no decorrer do tempo, e se modificam constantemente durante o ciclo de vida de seus atores. As mães em estudo, relataram se sentirem sozinhas nos cuidados à criança, a maioria pelo fato de não terem parentes próximos, isso fez com que elas se sentissem impotentes em diversas situações.

A Rede Formal de apoio: Atuação da ESF

 Ao analisarmos as linhas de cuidado propostas para a atenção à criança no contexto da saúde da família, considerando o cuidado integral e a vigilância à saúde, nota-se que um de seus objetivos é favorecer o estabelecimento de vínculos com a família e compreender aspectos importantes da dinâmica das relações familiares(14). Sendo assim, verifica-se que deveria existir um enfoque nos cuidados, no incentivo à amamentação, imunizações, gestão de doenças, nutrição, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e prevenção de acidentes(15).

Deste modo, a existência de uma UBS próxima da residência e a atuação dos profissionais de saúde pode constituir uma importante rede social de apoio à família. No presente estudo, mais da metade das famílias (56,72%) fazem uso da UBS para acompanhamento da saúde de seus filhos e 35,82% fazem este acompanhamento  em consultórios particulares.   

Os serviços públicos de saúde possuem programas estruturados para o atendimento a crianças, o que deveria facilitar e garantir o acesso a diferentes serviços. Porém, esta estruturação muitas vezes não é operacionalizada na prática, fazendo com que muitas famílias, mesmo sem ter condições financeiras para tal, façam opção por um plano de saúde para acompanhamento dos problemas de saúde, pois consideram que no serviço público, na maioria dos casos, o tempo de espera para avaliações com especialistas ou para a realização de alguns exames é demasiadamente longo(4)

A ESF deveria desempenhar um papel fundamental no acompanhamento da saúde, crescimento e desenvolvimento do bebê de risco, o que inclui a orientação para os cuidados diários com a criança e o acolhimento das necessidades da mãe e do bebê. Deveria ainda, proporcionar segurança e apoio à família, o que faria dela uma referência a quem a mãe pudesse recorrer nas horas de necessidade. Isto é respaldado por seus princípios, já que esta estratégia prevê entre outros aspectos, uma reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, apresentando uma nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção, introduzindo nova visão no processo de intervenção em saúde, na medida em que não espera a população chegar para ser atendida, pois age preventivamente sobre ela(16).

Assim, procuramos investigar junto às famílias em estudo, como ela percebia a presença da ESF e constatamos inicialmente que apenas 155 famílias (65,4%) puderam contar com esse tipo de suporte social, visto que 45 famílias (19%) afirmaram que no bairro onde moram não existe equipe da ESF,  outras 20 (8,4%) não souberam responder e 17 famílias não responderam.

Contudo, ao se investigar a freqüência com que as visitas da ESF são realizadas, constata-se que mais da metade das famílias não foram visitas e que o número de visitas realizadas foram diminuindo á medida que as crianças cresciam (Tabela 4).  

 Tabela 04- Distribuição do número de visitas realizadas por membros da ESF, segundo a idade dos recém-nascidos de risco. Maringá – Pr, 2010.

Categoria Profissional

15 dias

45 dias

3 meses

6 meses

9 meses

12 meses

n

n

n

n

n

n

ACS

39

34

48

43

32

28

Enfermeiro

12

9

8

2

1

0

Aux./Téc. de Enf.

7

5

1

4

2

1

Médico

4

0

2

0

1

0

Ninguém

90

106

96

87

90

92

ACS e Enfermeiro

1

3

3

2

1

0

Total

153

157

158

138

127

121

 

 

 

 

 

 A visita domiciliar (VD) é uma estratégia que viabiliza intermediação entre o domicílio e a unidade e vice-versa, e favorece o acesso ao serviço local por meio da comunicação de reuniões a serem realizadas, de informações sobre as rotinas e do agendamento prévio de atendimentos(17). Embora ela constitua uma atividade programada e conste nos cronogramas das equipes, é percebida pelos usuários, como esporádica e com duração muito reduzida(15).

O PSF, enquanto proposta governamental de ação para a saúde tem como foco de ação o cuidado de famílias inseridas em um contexto social(18). Sendo assim, é de suma importância a VD como uma estratégia de aproximar comunidade e UBS, com objetivo de promover a melhoria da qualidade da assistência prestada à comunidade e conseqüentemente a promoção a saúde.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 5, constatamos que o ACS é o integrante da equipe que mais realizou VD para as famílias dos RN de risco, o que é justificável, pois é preconizado que este realize, no mínimo, uma visita por família de sua área de abrangência ao mês. Aos demais profissionais da ESF cabe planejar as VD que irão realizar a partir das necessidades apontadas pelos ACS ou mesmo por solicitação das próprias famílias, procurando atender e priorizar as demandas(19) porém, obedecendo a critérios previamente estabelecidos, de forma a realizar visitas que realmente precisam de um acompanhamento mais especializado.

Tabela 05- Distribuição do número de visitas pelos diferentes membros da ESF, segundo a idade dos recém-nascidos de risco. Maringá – PR, 2010. 

Freqüência de visitas

15 dias de vida

45 dias de vida

3 meses

6 meses

9 meses

12 meses

n

n

n

N

n

N

Semanal

23

10

6

3

4

2

Quinzenal

13

8

14

13

10

8

Mensal

51

55

72

54

41

35

Não Passa

107

121

109

107

109

102

 

 

 

 

O ACS tem sido considerado personagem-chave na implantação das políticas voltadas para a reorientação do modelo de atenção em saúde, como um elo entre a população e os demais profissionais da equipe, e por meio da vigilância à saúde(19). Portanto, ele precisa atuar nesta direção e com certeza, as famílias com bebês de risco devem ser incluídas em sua pauta de atividades.

As maiores freqüências de visitas realizadas pelos enfermeiros ocorreram nos primeiros 45 dias de vida, sendo esse o período de maior fragilidade da criança, e por esta razão representa o período em que as mães mais precisam de informações advindas do serviço de saúde. Cabe salientar que dos 14 bebês que receberam visita do enfermeiro nos primeiros 15 dias de vida, cinco nasceram com baixo peso associado à idade gestacional menor que 36 semanas; três eram filhos de mães adolescentes, três nasceram com alguma anomalia, dois nasceram com baixo peso; e um apresentou APGAR menor que sete no 5° minuto de vida. Aos 45 dias de vida, mais 14 bebês receberam visita do enfermeiro e destes, seis nasceram com baixo peso associado à idade gestacional menor que 36 semanas; três eram filhos de mães adolescentes; três apresentaram baixo peso ao nascer; um APGAR menor que sete no 5° minuto e outro, presença de anomalia.

As características dos bebês visitados nos levam a concluir que suas famílias realmente necessitavam das visitas realizadas pelo enfermeiro da ESF, pois a maioria possuía dois ou mais critérios de inclusão no PVBR, e além disso, em alguns casos tratava-se de mães adolescentes, e estas normalmente necessitam de maior atenção por parte dos profissionais de saúde. Portanto, como estes bebes residiam em diferentes pontos da cidade, é possível que as visitas realizadas pelos enfermeiros correspondessem aos casos mais graves existentes na área de abrangência de cada UBS, contudo isto não pode ser afirmado com certeza, pois isto não constituiu objeto do presente estudo.

Como o presente estudo foi realizado com bebês considerados de risco era de se esperar que mais visitas dos membros da equipe da ESF, em especial o ACS, tivessem sido realizadas, uma vez que 48% das crianças em estudo estavam fazendo acompanhamento na UBS. Ademais, os próprios enfermeiros em um estudo realizado no mesmo município, apontaram que a ESF e as UBS constituem importante rede de apoio às famílias, à medida que dão suporte e de certa forma direcionam as ações de cuidado adotadas pelas famílias(20). Portanto, os profissionais, em especial os enfermeiros, reconhecem a importância do apoio que podem oferecer às famílias em determinadas situações, e o nascimento de um filho prematuro, ou com problemas de saúde, é uma destas situações que deveria ser acompanhada com maior atenção pelos profissionais de saúde.

Estes, porém, podem não estar cumprindo adequadamente esta função. Estudo realizado em uma UBS da cidade de Maringá, constatou que de 32 bebês incluídos no PVBR residentes em sua área de abrangência, apenas 25 possuíam prontuário na UBS e destes, só 16 faziam ali acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento. Porém, mesmo para estes, o número médio de consultas esteve muito abaixo do indicado pelo programa, que é de uma consulta por mês. Apenas seis dos 16 tinham realizado número de consultas compatível com suas idades. Além disso, foi verificado que o registro da condição de risco como por exemplo a presença de complicações, de anomalias e da idade gestacional estava presente em apenas seis prontuários(21).

Estes, porém, podem não estar cumprindo adequadamente esta função. Estudo realizado em uma UBS constatou que o número médio de consultas realizadas para o seguimento dos RN de risco era muito abaixo do indicado pelo Programa de Vigilância do Recém-nascido de Risco, pois de 16 bebês, apenas seis tinham realizado número de consultas compatível com suas idades e outros seis bebês realizaram um número de consultas próximo do desejado e os demais, realizaram número muito distante do esperado(6).

Nesse contexto, o não acompanhamento dos bebês de acordo com o proposto pelo Programa constitui um problema importante a ser considerado por gestores e profissionais de saúde. Nos casos dos RN de risco, a busca ativa da criança, quando esta não comparece ao serviço, deve ser realizada, pois a não realização das consultas diminui as possibilidades de identificação precoce de intercorrências relacionadas com os fatores risco. Sendo assim, os integrantes das equipes da ESF deveriam assumir a responsabilidade pelo acompanhamento dos recém-nascidos de risco de sua área de abrangência, tendo o pediatra da unidade como referência para esclarecer dúvidas e atender os casos mais graves. 

Implicações para a Enfermagem

Durante o período de um ano foi possível acompanhar e notar as diversas situações enfrentadas no domicílio com a chegada do novo membro. A presença e atuação da rede social foram facilmente percebidas, visto que muitas famílias possuem uma estrutura marcada pela presença de membros da família de origem do pai ou da mãe morando na mesma casa. Além disso, as mães revelaram também ter recebido alguma forma de apoio das UBS, mais especificamente dos membros da ESF e ainda de instituições educacionais como creches e escolas.

Tomando como referência os conceitos de rede social procuramos entender como esta favorece o processo de adaptação da família ao nascimento de uma criança, principalmente quando esse é um bebê de risco, fortalecendo a mãe para o desempenho de seu papel cuidativo.

Os resultados do estudo mostram que o apoio recebido para a realização dos cuidados com o bebê é relativamente pequeno, porém em alguns casos bastante significativos. Principalmente nos momentos difíceis, a presença das avós tornam a mãe mais segura e amparada para realização do cuidado.

Assim, acredita-se que conhecer as características do apoio social que as famílias recebem é importante, pois possibilita diagnosticar as necessidades do cotidiano das famílias, o que pode favorecer a melhoria dos cuidados prestados pela equipe de saúde.

Por outro lado, os profissionais de saúde, em particular os da enfermagem, necessitam compreender o seu papel enquanto rede de apoio a estas famílias. Isto com certeza irá determinar maior compromisso e envolvimento em relação ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e na instrumentalização da família, em especial da mãe, para melhor cuidar da criança. Um cuidado direcionado também à família irá promover seu empoderamento e uma mãe mais segura e preparada para assumir a maternidade de um bebê de risco.

Por fim, considerando o ciclo de desenvolvimento da família, é necessário que os profissionais valorizem a complexidade que envolve o período de expansão de uma família por meio do nascimento de um filho, especialmente quando se trata de um bebê de risco. Nestes casos eles precisam reconhecer o papel da família extensa junto àquela que encontra-se em expansão e buscar formas de tê-la como aliada, pois mesmo atuando indiretamente, sua participação proporciona melhor qualidade de vida para a mãe e o bebê, especialmente o de risco, que necessita de muito mais atenção e cuidado. 

Referências

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7.Pelissari DM; Uchimura TT; Maebara CMLi ; Carvalho, WO; Mathias, TAF ; Soares, DFPP; Souza, RKT; Oliveira, NLB ; Moraes, CMS . Programa Bebê de Risco: análise preliminar das informações do ano de 2003, Maringá-PR. Universidade e Sociedade 2005; 20 (supl): 148-50.

8. Maranhao DG, Sarti CA. Creche e família: uma parceria necessária. Cad Pesqui 2008; 38(133):171-94.

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11. Moro CS, Gomide PIC. O conceito de infância na perspectiva de mães usuárias e não usuárias de creche. Paidéia 2003; 13(26):171-80.

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20. Bornstein VJ,  Stotz EN. Concepts involved in the training and work processes of community healthcare agents: a bibliographical review. Cienc Saude Colet 2008; 13(1): 259-268.

21. Marcon SS, Zani AV, Waidman MAP, Radovanovic CAT, Decesaro MN, Carreira L. Rede Social e Família: O olhar sensível dos enfermeiros construtores da prática. Cienc Cuid Saude 2009; 8(supl):31-9.

 

Contribuição dos autores:
- Concepção e desenho
: 1,2,3,4,5                                 - Análise e interpretação: 1,2,3,4,5
- Escrita do artigo: 1,2,3,4,5                                         - Revisão crítica do artigo: 1,5
- Aprovação final do artigo:5                                        - Coleta de dados: 1,2,3         

- Obtenção de suporte financeiro: 5                             - Pesquisa bibliográfica: 1,2,3,4
-Suporte administrativo, logístico e técnico: - 5 

Endereço para correspondência: Fernanda Ribeiro Baptista Marques: Rua Floriano Peixoto, 937. Apto 101. Zona Sete. Maringá – Paraná. Brasil. CEP: 87030-030. E-mail: fernandarbm@hotmail.com