Body image of the elderly in the reflex of self-care for healthy aging: A social-poetic study

A imagem corporal do idoso no reflexo do autocuidado no envelhecimento saudável: Estudo sociopoético

Aila Cristina dos Santos Silva 1; Iraci dos Santos 1; Lina Márcia Miguéis Berardinelli1
1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

 

Abstract: this work aims at analyzing the elderly imaginative dimension on self-care with a view to a healthy aging process. Social-poetic method, upon sensitivity dynamics of the body as a minimum territory, developed by participants from the Rio de Janeiro State University in 2009. The data generated were analyzed in the light of Nola Pender’s Health Promotion Theory. In the results, the following categories stand out: Caretaking, acknowledging body dimension value; Body displaying obesity trends versus control of chronic diseases; Caretaking and the reflex in the mirror, confirming Pender’s Model Diagram as for behaviors, commitment and personal responsibility, perceived barriers for the adoption of self-care, social and emotional factors predisposed to carelessness, efficacy to adopt strategies favorable to quality of life. The conclusion is that the elderly people manifested their concern about carelessness with the body in its physical, intellectual/emotional, social-spiritual dimensions, pointing out the vulnerability for chronic diseases, which is a major public health care issue nowadays.

Key words: Nursing; self-care; body image; ageing. 

Resumo: Este trabalho objetiva analisar a dimensão imaginativa de idosos sobre seu autocuidado visando ao envelhecimento saudável. Método sociopoético, mediante a dinâmica de sensibilidade o corpo como território mínimo, desenvolvida por participantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 2009. Os dados produzidos foram analisados a luz da Teoria de Promoção da Saúde de Nola Pender. Nos resultados, destacam-se as categorias Cuidar valorizando as dimensões corporais; Corpo revelando marcas de obesidade versus controle de doenças crônicas; Cuidar e o reflexo do espelho, confirmando o Diagrama de Pender quanto aos comportamentos, compromisso e responsabilidade pessoal, barreiras percebidas para adoção do autocuidado, fatores sociais e afetivos predisponentes ao descuidado, eficácia para adotar estratégias favoráveis à qualidade de vida. Conclui-se que os idosos manifestaram sua preocupação com o descuidado com o corpo em suas dimensões física, intelectual/ emocional, social espiritual, ressaltando a vulnerabilidade para as doenças crônicas, na atualidade um grande problema de saúde pública.

Descritores: Enfermagem; autocuidado; imagem corporal; envelhecimento.

 Introdução

Envelhecer num cenário marcado pelo culto ao corpo jovem e à beleza, que impõe um padrão estético como ideal desejado por todos, transforma essa experiência, que é um fenômeno biológico “inevitável”, em um fenômeno cultural da ordem do “indesejável”(1). Esse fato desponta uma experiência ambígua, dotada de múltiplos significados positivos e nega­tivos. O que acontece com o físico não encontra respaldo no psicológico, sendo inevitável e, ao mesmo tempo, temido e indesejado. Essa experiência se reflete na dissonância entre o “interior”, que o faz sentir jovem, e o “exterior”, ou seja, um corpo que se transforma e uma mente que não acompanha essa transformação. Alguns indivíduos parecem aceitar bem o envelhecimento, enquanto outros resistem a ele, tentam negá-lo ou evitá-lo.

Sendo o envelhecimento evidenciado por um padrão cultural e estético antagônico, o envelhecer pode passar a ser vivido como um defeito que pre­cisa ser disfarçado por meio de artifícios que prometem o reju­venescimento, algo que se pode identificar, inclusive, na mídia brasileira, na qual são veiculados anúncios que reforçam a imagem de uma velhice dependente, retrógrada, embora, eventualmente, encontrem-se exemplos que procuram, realçando prestígio, poder e participação, delinear a tendên­cia de representar o velho de forma não tradicional (2-3).Essa ambigüidade, talvez inconsciente, propicia que a velhice se torne uma ques­tão de escolha pessoal e de distinção entre os indivíduos que se deixam envelhecer e aqueles que reagem ativamente e rejeitam o envelhecimen­to. Por isso, contraditoriamente, deixar de ter um corpo jovem e belo pela deterioração biológica natural passa a ser vivido com um sofri­mento adicional diante da estetização da vida cotidiana (2-3).

A imagem corporal, nessa sociedade, é, portanto, importante para a pessoa, uma vez que é a estrutura básica da consciência de si, do seu real valor, das suas capacidades e limitações, que se refletem no seu autocuidado. Ela configura a representação de nosso corpo em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se apresenta para nós; é tanto imagem mental quanto percepção; se a percepção do corpo é positiva a auto-imagem será positiva, e se há satisfação com a imagem do seu corpo, a auto-estima será melhor (3-4).

A auto-estima é o que a pessoa sente a respeito de si mesma (5), se positiva, indica bem-estar, saúde mental e ajustamento emocional, implicando diretamente a satisfação com a vida. Sua evolução, concomitantemente com a valoração da auto-imagem, decorre das circunstâncias pelas quais os indivíduos, em diferentes momentos de sua vida, passam. A relação auto-estima/auto-imagem está bem presente na terceira idade, momento em que se aguçam numerosas situações que ameaçam a auto-estima (6)

A auto-imagem e a auto-estima estão interligadas, dependentes uma da outra e variam de acordo com o gênero. Em estudo com mulheres idosas verificou-se que, quanto maior a auto-estima, melhor a auto-imagem; idosas mais ativas estão satisfeitas com a sua auto-imagem e a sua auto-estima; idosas com ausência de doenças apresentaram melhor auto-estima e menor percepção de sentimentos negativos (5).

A auto-imagem é a chave que o indivíduo tem para compreender seu comportamento e a consistência de suas reações diante de suas situações existenciais e sociais. O entendimento dos profissionais de saúde sobre o conceito de imagem corporal, a respeito das pessoas idosas, perpassa, primeiramente pela atenção às reações do idoso em relação à própria saúde, à desfiguração e às alterações no funcionamento do corpo. Enfim, a auto-imagem é o (re) conhecimento que o indivíduo faz de si mesmo, encarando seus sentimentos, suas potencialidades, atitudes e idéias, ou seja, um processo de construção de uma imagem do corpo mais realista possível. Portanto, é uma necessidade de todos os indivíduos, a fim de se moverem e se localizarem no espaço do autocuidado.

         Neste trabalho, questiona-se qual é a imagem corporal que a pessoa idosa tem de si e quais os cuidados por ela desenvolvidos tendo em vista o envelhecimento saudável. Nesse sentido, foi desenvolvido o método sociopoético, para analisar a dimensão imaginativa de idosos sobre seu autocuidado visando ao envelhecimento saudável. Entre os referenciais surgidos a posteriori, decorrentes da aplicação do método e técnica de pesquisa, ressalta-se a Teoria de Promoção da Saúde de Nola Pender(7). Assim, destacam-se nos resultados as questões sobre comportamentos, compromisso e responsabilidade pessoal, barreiras percebidas para adoção do autocuidado, fatores estruturais, sociais e afetivos predisponentes ao descuidado, bem como a eficácia para adoção de estratégias que favorecem a qualidade de vida. 

Metodologia 

Trata-se de recorte ampliado de dissertação (6) desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A aplicação do método sociopoético (8) ocorreu no período de julho a outubro de 2008, tendo como campo a Universidade Aberta para Terceira Idade (UnATI/UERJ).  Os dados foram produzidos por um Grupo Pesquisador (GP), dispositivo analítico desse método, composto por 11 participantes da UnATI/UERJ, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa- COEP/UERJ, n. 060/2008. Os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e autorizaram a publicação de seu discurso, desde que respeitado o anonimato.

A técnica de pesquisa Dinâmica do Corpo como Território Mínimo (DCTM) foi utilizada a fim de conseguir a autovalidação conscienciosa do nosso corpo como único e exclusivo espaço que o homem verdadeiramente possui (9-10). Ela favoreceu a concentração das pessoas, após uma dinâmica de relaxamento, a fim de expressar, num desenho do corpo humano, que supostamente seria o seu, o que se passa nas suas dimensões corporais a respeito do autocuidado no envelhecer saudável. Com a DCTM há possibilidade de revelar num determinado GP coisas escondidas, recalcadas, oprimidas, e por isso, “não ditas”(8,10-11). Viabilizando também, a aplicação do princípio da teoria da ação dialógica, centrado na união para a libertação (10,12).

 Assim, foi proposto aos membros do GP pensarem no seu corpo e, a partir de sua criatividade, desenhá-lo no papel manilha que lhe foi fornecido. Após completar o desenho, deveriam transpor para o papel sua resposta à seguinte questão: “Como vocês se cuidam para o caminho do bom envelhecer?” A DCTM funcionou como um espaço que possibilitou o desvelar de atitudes e de comportamentos referentes aos cuidados com o corpo/saúde, tendo o grupo pesquisador expressado o que fazia ou deixava de fazer, apontando suas necessidades. Na contra-análise da produção dos dados, percebeu-se que os membros do grupo se deixavam mostrar tais como são.

           Na descrição da contra-análise do GP, as pesquisadoras buscaram experimentar/analisar o surgimento de aspectos e expressões que revelassem o que encontraram na investigação sobre uma vivência de não-cidadania, referentes aos princípios da ação dialógica (10,12): a unificação como Eu; a desmistificação da realidade; a não divisão entre conhecimento, afeto e agir; a solidariedade de classe e a descoberta de si como sujeito singular. Os dados foram submetidos à análise sociopoética, a partir de temas/referências da filosofia ocidental, a exemplo do mistério vida-morte, ideal-real, processo saúde-doença (8).

Resultados e Discussão

Os relatos do GP sobre suas produções artísticas, considerando o tema orientador previamente estabelecido, são aqui descritos em três categorias analíticas.

 Cuidar valorizando as dimensões corporais

 

Estou sempre interessada por qualquer assunto relacionado à saúde física e mental, a fim de atingir uma velhice sadia. Para atingir a saúde física procuro ter uma alimentação sadia, não ingerindo alimentos ou substâncias que possam prejudicá-la. Procuro cultivar boas leituras, músicas, atividades que me proporcionem um lazer sadio.   Co-Pesquisadora A  

Esse discurso revela uma pessoa que se cuida conforme sua maneira de ser e de suas experiências, o que corresponde a quem se compromete a adotar condutas a partir das quais antecipam os benefícios derivados, valorizados de forma pessoal(7). Portanto, o exemplo desses benefícios, para o GP, firma-se na alimentação saudável, no cultivo da cultura/lazer de acordo com suas preferências. Falar sobre lazer é falar das atividades do fazer humano, da imaginação, da criatividade. Ele tem alto significado para a sociedade, por ser fonte de criação cultural, de resgate do ser humano e de favorecimento de uma nova socialização (4, 10, 13). Na correspondente produção artística, a imagem corporal é bem realista para a autora, atendendo às necessidades de auto-estima e revelando um sentimento próprio a seu respeito, um conceito interno de gostar-se e respeitar-se, ver-se crescer e de se investir. Ratificando que a auto-estima, quando positiva, indica bem-estar e saúde mental implicando diretamente a satisfação com a vida (4, 11, 13).  

Corpo revelando marcas de obesidade versus controle de doenças crônicas

 

Resultados dos meus cuidados com minha saúde: pressão arterial controlada, diabetes controlado, vistas em bom estado de saúde. Aspecto ainda não inteiramente controlado: dificuldade em comer menos. Ação para controlar o apetite: tenho suporte psicológico, busca por tratamento homeopático. Preocupação: diminuir o tamanho da cintura, pois ultrapassa de muito 95 cm, um dos parâmetros de risco de infarto. O desenho está bem de acordo com o meu corpo, porque cintura larga, braços que eu considero curtos e as pernas curtas também e eu tenho uma dificuldade danada de chegar com o meu braço até o meu pé, não consigo, eu dobro, dobro e tem esse barrigão aqui para atrapalhar. Cabeça redonda, nariz achatado, está bem parecida. Agora o que me preocupa muito é esse barrigão, esse lençol [avental], mas de qualquer jeito vira lençol, vem até aqui no joelho. Então é isso, eu até gostei do meu desenho está bem de acordo com o meu corpo é isso mesmo.  Co-Pesquisador B

 

Observou-se na produção do co-pesquisador B seu reconhecimento do corpo/território como espaço que necessita de cuidado. Ele ilustra um bom domínio do corpo, revelando a aceitação de si e sua auto-estima, mesmo focalizando algumas insatisfações referentes ao seu corpo. Todavia, face às insatisfações com a auto-imagem, como o corpo pode interferir no próprio cuidado? Indubitavelmente, isso implica uma relação estreita entre todos os componentes individuais do ser humano, sejam eles físicos, emotivos, mentais, espirituais, sociais ou culturais. Essa pessoa deixa claro, no início, os resultados de sua conduta de saúde, que, por sua vez, são positivos, o que reforça a possibilidade de o indivíduo com doenças crônicas conseguir o nível de equilíbrio que satisfaça o caminho do bom envelhecer. Esse sucesso deve-se ao seu compromisso de atuar, que se revela presente quando o autor expõe sua dificuldade em controlar o apetite, e, por sua vez, a busca de solução. À medida que o indivíduo identifica o problema e/ou dificuldades e planeja estratégias a fim de executar uma conduta de saúde, vem a ressaltar a autoeficácia, ou seja, o juízo da capacidade pessoal de organizar e executar uma conduta promotora de saúde (7, 14, 15).  

Cuidar e o reflexo do espelho

 

Já fui mais alta, já tive mais cabelo, já fui magra, já tive muito boa aparência. Sempre fui saudável, sempre me alimentei bem, sempre me ocupei bastante com higiene, com aparência, com um bem estar em geral. Sempre gostei de estudar, conhecimentos novos sempre me atraíram. Superei todos os problemas. Ainda os tenho, mas enfrento-os com mais habilidade. Quero viver bastante, pois ainda tenho muito que fazer por minhas duas filhas, pelos netos e uma bisneta. Co-Pesquisadora E

                                                                                    

Na produção artística E, a auto-imagem e a auto-estima são fortes traços no cuidado com o corpo, destacando-se principalmente no vestuário e nos acessórios. Embora, o relato do co-pesquisador ainda faça referência a sua imagem jovial do passado, em detrimento da presente, essa pessoa também atribuiu atenção às formas do corpo lembrando a feminilidade, que é tão pouco valorizada na terceira idade. Intui-se que a imagem corporal é fortemente associada às mudanças impostas pelo envelhecimento, que, por sua vez, podem até afetar o senso da identidade. Na terceira idade, as pessoas lidam com numerosas situações que ameaçam a sua auto-estima. Acredita-se que, para esse membro do GP, o prazer no cuidado com a aparência provém do fato de cada um ter consciência do seu real valor, da sua beleza e das suas capacidades.

É marcante para a autora da produção a auto-realização. Em seu manifesto, ela a considera satisfatória, pois estaria ligada à maturidade para o enfrentamento das dificuldades, à vontade de viver, de ser importante para as pessoas, ou seja, comprometida para com as filhas, netos e bisnetos. A família é uma fonte importante de influência interpessoal, podendo aumentar e/ou diminuir o compromisso para adotar uma conduta promotora de saúde(3,7).  

Conclusão

A análise da dimensão imaginativa de pessoas idosas que enfrentam com positividade o fato inexorável do envelhecer revelou que elas lutam por seu bem-estar/qualidade de vida, até nas situações desfavoráveis referentes ao adoecimento.

Através do estudo sociopoético filosófico que delimitou as três categorias, aqui analisadas: Cuidar valorizando as dimensões corporais; Corpo revelando marcas de obesidade versus controle de doenças crônicas; e Cuidar e reflexo do espelho, foi possível perceber, junto com os sujeitos da pesquisa com os quais compartilhamos saberes sobre autocuidado, a imagem do corpo na sua totalidade como seres humanos.

Tal percepção deu-se a partir da dinâmica de sensibilidade e criatividade - Corpo como Território Mínimo –, que possibilitou aos membros do Grupo Pesquisador transcender o olhar interno e externo para si e o reconhecimento de que é fruto das próprias atitudes e comportamentos adotados para o envelhecer saudável. Por outro lado essa percepção confirma os seguintes elementos do Diagrama de Pender: comportamentos, compromisso e responsabilidade pessoal, barreiras percebidas para adoção do autocuidado, fatores sociais e afetivos predisponentes ao descuidado, eficácia para adotar estratégias favoráveis à qualidade de vida/ bem-estar.

O autocuidado com o corpo exige do indivíduo conhecimentos e também a observação de si próprio, para a tomada de consciência daquilo que lhe faz mal nos seus hábitos de vida, de agir e de pensar.

Em suma, o indivíduo com auto-imagem realista está mais apto aos desafios da vida e ao bom relacionamento humano, pois seu comportamento é coerente com a idéia que faz de si, o que lhe permite uma autoconsciência mais aprimorada. E, assim, ele pode, mais facilmente, corrigir erros e ter satisfação em suas conquistas.

De maneira geral, o Grupo Pesquisador também destacou que as preocupações a respeito de sua saúde e/ou corpo estão interligadas a partir de seus conhecimentos em saúde, ou seja, esses são identificados desde percepções do que se considera e/ou do que se conhece como padrão ideal de saúde. Nas suas produções artísticas, revelou-se criatividade, deixando clara  a consciência sobre detalhes do corpo, especificamente aqueles ligados às necessidades de autocuidado e da saúde.

Como profissionais dessa área do conhecimento, ratificamos que essa é uma preocupação atual, pois o descuidado com o corpo em sua integralidade, ou seja, considerando suas dimensões física, intelectual/ emocional, social e espiritual pode conduzir à vulnerabilidade para as doenças crônicas, hoje consideradas um grande problema de saúde pública

Portanto, compartilhando saberes com o grupo, concordamos com os conhecimentos por eles produzidos, destacando que uma das condições favoráveis para o autocuidado focaliza-se no ter conhecimento em saúde.

Para a área de enfermagem, consideramos que, se as pessoas são estimuladas a melhorar  sua condição de vida e a preservar sua saúde, são essenciais a inclusão e a utilização das práticas de dinâmicas de criatividade e sensibilidade nas atividades de atendimento á clientela.

  Assim, como uma contribuição proveniente do estudo, apresenta-se o “confeto” (conceito+afeto), um neologismo sociopoético: o autocuidado estaria relacionado à necessidade de cuidar de algo ou de alguém fora de si, com a consciência de que a satisfação do ser humano, idealmente, pode ser a satisfação de outros seres. Espera-se, que esse confeto suscite reflexões nos profissionais de saúde das práticas de ensino, assistência e pesquisa sobre a importância do autocuidado, não somente com a preocupação do cuidado para si, mas também  para todos os seres do planeta, animados e para aqueles que julgamos inanimados. 

Referências 

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15. Monteko K, Greenberg S. Reframing dependence in old age: a positive transition for families. Social Work 1995; 40 (3):382-90.

 

Contribuição dos Autores: Concepção e desenho: Aila Cristina dos Santos Silva e Iraci Santos. Análise e interpretação: Aila Cristina dos Santos Silva, Iraci dos Santos, Lina Márcia M. Berardinelli.  Escrita do artigo: Aila Cristina dos Santos Silva – Revisão Crítica do artigo: Iraci dos Santos, Lina Márcia M. Berardinelli. Aprovação final do artigo: Iraci dos Santos, Lina Márcia M. Berardinelli.

Endereço para correspondência: Iraci dos Santos – Rua: General Roca Nº 572, Aptº 901 - Tijuca, Rio de Janeiro – Cep: 20521-070. Email para correspondência:  iraci.s@terra.com.br       l.m.b@uol.com.br

*Artigo baseado na Dissertação de Mestrado: Sociopoetizando a Construção das Ações de Autocuidado no Envelhecimento Saudável: Uma aplicação da Teoria de Nola Pender. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 2010,162p.