Micaele Cardoso Tavares1 Julliana dos Santos Aires2 Regina Cláudia Melo Dodt3 Emanuella Silva Joventino2 Mônica Oliveira Batista Oriá2 Lorena Barbosa Ximenes2
1Hospital Geral de Fortaleza, CE, Brasil; 2Universidade Federal do Ceará, CE, Brasil; 3Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, CE, Brasil
Abstract.Introduction: Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Short Form (BSES-SF) works as an instrument to assess maternal confidence toward effective breastfeeding. Aims: This study aims to identify mothers’ perception about breastfeeding self-efficacy through the BSES-SF instrument and to build socio demographic and obstetric profiles of the subjects. Method: This descriptive study was conducted with 155 women in a public maternity hospital in Fortaleza-CE, from August to November 2008. Data collection was conducted by interviewing using demographic and obstetric data and the BSES-SF form. Results: We found that 125 (80.6%) mothers showed high self-efficacy to breastfeed. We found a statistically significant association between age and breastfeeding self-efficacy scores (p=0.006), but not between maternal efficacy rates and obstetric history regarding early pregnancy profiles. There was no statistically significant difference among the overall items from two domains (Technical and Intrapersonal Thoughts) regarding the scale item choices. Overall, we found a high maternal breastfeeding self-efficacy rates. Conclusion: The use of the BSES-SF enables health professionals to better recognize maternal confidence toward breastfeeding and to intervene more effectively and accurately in promoting breastfeeding.
Keywords: breast feeding; knowledge; rooming-in care; postpartum period
Resumo. Introdução: A Breastfeeding Self-Efficacy Scale-Short Form (BSES-SF) permite avaliar as expectativas maternas sobre sua eficácia em amamentar. Objetivos: Este estudo teve como objetivos verificar, através da BSES-SF, a percepção das puérperas quanto à auto-eficácia em amamentar seus neonatos e caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico das mulheres. Método: Estudo descritivo realizado com 155 mulheres em uma maternidade pública de Fortaleza-CE, no período de agosto a novembro de 2008. Os dados foram coletados a partir de uma entrevista utilizando um formulário que abordava dados sociodemográficos e obstétricos e a BSES-SF. Resultados: Observou-se que 125 (80,6%) mulheres demonstraram elevada auto-eficácia em amamentar seu filho. Constatou-se associação estatisticamente significante entre idade e auto-eficácia em amamentar (p= 0,006), mas não houve associação entre os índices de eficácia com os antecedentes obstétricos e dados da gravidez atual. Verificou-se diferença estatisticamente significante em todos os itens dos dois domínios (Técnico e Pensamentos Intrapessoais) com relação às alternativas da escala. Observou-se uma elevada auto-eficácia para a amamentação. Conclusão: O uso da BSES-SF possibilitará aos profissionais de saúde identificar o nível de confiança materna quanto à amamentação e intervir de forma direcionada e efetiva na promoção do aleitamento materno.
Palavras-chave: Aleitamento Materno; conhecimento; alojamento conjunto; período pós-parto.
INTRODUÇÃO
A amamentação é uma das formas mais eficientes de assegurar a saúde e a sobrevivência da criança. Logo, indica-se a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida, devendo ser estendida com alimentos complementares até, pelo menos, dois anos de idade(1).
Embora haja inúmeras políticas que visem a redução da mortalidade infantil em todo o mundo, sabe-se que as estatísticas ainda estão aquém do desejado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Mais de 10 milhões de crianças morrem por ano no mundo, das quais, acredita-se que mais de um milhão de mortes poderiam ser evitadas, caso estas crianças tivessem sido amamentadas até o sexto mês de vida(2).
No Terceiro Mundo, a mortalidade de recém-nascidos não amamentados é, pelo menos, cinco vezes maior do que em crianças que receberam colostro e leite materno de suas mães(2).
De forma particular, a Enfermagem brasileira tivera, e continua tendo, um importante papel no Programa de Aleitamento Materno, encorajando as mulheres ao ato de amamentar, vislumbrando o aumento das taxas de aleitamento exclusivo e, por conseguinte, a diminuição do desmame precoce e doenças da infância(3).
No Brasil, as maternidades adotam o sistema de Alojamento Conjunto (AC), no qual o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece no mesmo ambiente que a mãe até a alta hospitalar(4). Considerando que o período de internação, seja por ocasião do parto normal, seja por parto cesariano sem complicações, é rápido, o enfermeiro necessita de um instrumento que possibilite o julgamento das necessidades de suas clientes frente à nova fase de sua vida. A partir desse julgamento clínico o enfermeiro poderá realizar intervenções que favoreçam e auxiliem a puérpera em sua auto-eficácia para o aleitamento materno exclusivo, minimizando o risco de desmame precoce(5).
A Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES – SF) foi desenvolvida à luz da Teoria de Auto-Eficácia(6). Trata-se de uma escala que se destina a avaliar as expectativas pessoais sobre a auto-eficácia da mulher que amamenta. Há dois tipos de expectativas relacionadas a qualquer forma de comportamento: expectativas de eficácia, em que está envolvida a capacidade para execução do comportamento; e as expectativas de resultados, acerca do que acontecerá como resultado do comportamento engajado(7).
A expectativa de auto-eficácia é alimentada por quatro fontes: realizações pessoais, observação de experiências, persuasão verbal e respostas emocionais(8). Essas fontes podem ser encontradas explicitamente no cotidiano das puérperas no alojamento conjunto, oferecendo subsídios para que os profissionais de saúde, principalmente a (o) enfermeira (o), utilize a BSES-SF, identificando situações que precisam de intervenção imediata que vise a promoção de um cuidado individualizado, holístico e humanístico à mulher na promoção do aleitamento materno.
Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivos verificar a percepção das puérperas quanto à auto-eficácia em amamentar os neonatos através da BSES-SF e caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico de puérperas. Assim, acredita-se que a partir do conhecimento das percepções pessoais relativas à competência, capacidades e meios das puérperas lidarem com as exigências inerentes ao aleitamento materno, a Enfermagem poderá intervir e promover a saúde do binômio mãe-filho concretamente em instituições de saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado com puérperas que se encontravam no pós-parto imediato, internadas no alojamento conjunto de uma maternidade pública de referência em Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por 155 puérperas, número obtido por meio do cálculo para populações finitas(9), as quais foram selecionadas por conveniência, de acordo com a demanda da maternidade.
Os critérios de inclusão adotados pelo presente estudo foram: puérperas com neonatos com idade gestacional e peso ao nascer de crianças a termo; puérperas com idade superior a 18 anos e que estivessem com seus filhos no alojamento conjunto em aleitamento materno exclusivo; puérperas com no mínimo 6 horas de pós-parto. Os critérios de exclusão foram: puérperas que apresentassem patologias que impedissem ou colocassem em risco a presença do recém-nascido ao seu lado no hospital, tais como doença mental grave ou doenças infecto-contagiosas; puérperas com recém-nascidos pré-termo; puérperas com idade menor que 18 anos; e puérperas com menos de 6 horas de pós-parto na ocasião da coleta de dados.
Sendo a população de Fortaleza constituída por uma miscigenação de raças, foram incluídas mulheres de diferentes etnias. Portanto, não se considerou relevante controlar as variáveis em relação à etnia.
A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2008, por meio de entrevistas individualizadas realizadas nas enfermarias onde as puérperas encontravam-se internadas. Para tanto, utilizou-se um formulário abordando dados sociodemográficos e obstétricos e a Breastfeeding Self- Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF), originalmente construída no Canadá(10). A referida escala foi abreviada e traduzida para língua portuguesa(11), aplicada e validada(5).
A BSES-SF constitui-se de 14 itens que abordam duas categorias de domínio: Técnica (8 itens) e Pensamentos Intrapessoais (6 itens). Cada item é avaliado de acordo com uma escala de concordância (tipo Likert) com a seguinte pontuação: 1. discordo totalmente, 2. discordo, 3. às vezes concordo, 4. concordo e 5. concordo totalmente. De modo que se pode obter um escore total variável de 14 a 70 pontos. A eficácia identificada através da escala foi distribuída de acordo com as pontuações obtidas a partir do somatório de cada item: eficácia baixa (14 a 32 pontos); eficácia média (33 a 51 pontos) e eficácia alta (52 a 70 pontos)(5).
Contudo, para facilitar o entendimento dos resultados do presente estudo, optou-se por agrupar os escores “concordo totalmente” e “concordo” em “concordo”; o mesmo sendo realizado com os escores relacionados à discordância (as respostas “discordo totalmente” e “discordo” foram agrupadas em “discordo”).
Os dados foram tabulados e processados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS Inc., Chicago, Estados Unidos), versão 17.0. Para a análise, valeu-se da estatística descritiva, por meio de frequências absolutas, relativas e testes de significância estatística, os quais foram analisados de acordo com a literatura pertinente.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, sob parecer nº 36/07. Foram respeitadas todas as recomendações e requisitos éticos previstos para as atividades de pesquisa envolvendo seres humanos(12).
RESULTADOS
A partir da Tabela 1 pode-se observar a correlação entre a eficácia em amamentar e as variáveis sociodemográficas da amostra. Foi constatado que houve associação estatisticamente significante entre idade e auto-eficácia em amamentar (p = 0,006), havendo uma relação diretamente proporcional entre ambas variáveis. Além disso, a renda familiar apresentou forte tendência de associação com a eficácia (p = 0,084), porém não conclusiva. Foi observado ainda que o índice de eficácia das puérperas em amamentar não foi influenciado pelo estado civil (p = 0,837), escolaridade (p = 0,635), ocupação (p = 0,687) e procedência (p = 0,236).
Quanto à auto-eficácia em amamentar seu filho, observou-se que das 155 puérperas, nenhuma apresentou baixa eficácia, e que a maioria tinha elevada auto-eficácia (125 - 80,6%), enquanto que 30 (19,4%) apresentaram média auto-eficácia.
Tabela 1 – Associação entre os índices de eficácia das puérperas e os dados sociodemográficos. Fortaleza, CE, 2008.
|
EFICÁCIA |
|
|
|
|||
Média |
Alta |
TOTAL |
|
|
|||
VARIÁVEIS |
N=30 |
% |
N=125 |
% |
N=155 |
% |
P |
Idade (ano) |
|
|
|
|
|
|
0,006 |
18 - 25 |
24 |
28,6 |
60 |
71,4 |
84 |
100,0 |
|
26 - 34 |
5 |
9,4 |
48 |
90,6 |
53 |
100,0 |
|
35 - 42 |
1 |
5,6 |
17 |
94,4 |
18 |
100,0 |
|
Estado Civil |
|
|
|
|
|
100,0 |
0,837 |
Solteira |
7 |
20,6 |
27 |
79,4 |
34 |
100,0 |
|
Casada/União consensual |
23 |
19,0 |
98 |
80,9 |
121 |
100,0 |
|
Escolaridade (em anos de estudo) |
|
|
|
|
|
100,0 |
0,635 |
Menos de 5 |
8 |
17,0 |
39 |
83,0 |
47 |
100,0 |
|
6 - 10 |
12 |
23,5 |
39 |
76,5 |
51 |
100,0 |
|
Mais de 11 |
10 |
17,5 |
47 |
82,5 |
57 |
100,0 |
|
Ocupação |
|
|
|
|
|
100,0 |
0,687 |
SIM |
11 |
21,2 |
41 |
78,8 |
52 |
100,0 |
|
NÃO |
19 |
18,5 |
84 |
81,5 |
103 |
100,0 |
|
Renda Familiar (SM) |
|
|
|
|
|
100,0 |
0,084 |
< 1 |
9 |
29,0 |
22 |
71,0 |
31 |
100,0 |
|
1 - 2 |
18 |
20,7 |
69 |
79,3 |
87 |
100,0 |
|
3 - 5 |
3 |
8,1 |
34 |
91,9 |
37 |
100,0 |
|
Procedência |
|
|
|
|
|
100,0 |
0,236 |
Fortaleza |
26 |
21,3 |
96 |
78,7 |
122 |
100,0 |
|
Interior |
4 |
12,1 |
29 |
87,9 |
33 |
100,0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Na Tabela 2, observa-se a correlação dos dados referentes aos antecedentes obstétricos e gravidez atual das puérperas com a eficácia em amamentar, os quais não apresentaram associação estatisticamente significante. Desta forma, a auto-eficácia em amamentar não foi influenciada pela paridade (p = 0,280), abortos (p = 0,294), número de filhos vivos (p = 0,741), amamentação anterior (p = 0,317), tempo de amamentação anterior (p = 0,594) e tipo de parto (p = 0,279). No entanto, pode-se constatar forte tendência de associação entre eficácia e número de consultas no pré-natal (p = 0,079).
Tabela 2 – Associação entre os índices de auto-eficácia das puérperas e os antecedentes obstétricos e dados da gravidez atual. Fortaleza, CE, 2008.
|
AUTO-EFICÁCIA |
|
|
|
|||
Média |
Alta |
TOTAL |
|
|
|||
VARIÁVEIS |
N=30 |
% |
N=125 |
% |
N=155 |
% |
P |
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: Paridade |
|
|
|
|
|
|
0,280 |
Primípara |
14 |
23,7 |
45 |
76,3 |
59 |
100,0 |
|
Multípara |
16 |
16,7 |
80 |
83,3 |
96 |
100,0 |
|
Abortos |
|
|
|
|
|
|
0,294 |
SIM |
10 |
25,0 |
30 |
75,0 |
40 |
100,0 |
|
NÃO |
20 |
17,4 |
95 |
82,6 |
115 |
100,0 |
|
Número de filhos vivos |
|
|
|
|
|
|
0,741 |
1 |
11 |
18,6 |
48 |
81,4 |
59 |
100,0 |
|
2 |
11 |
22,0 |
39 |
78,0 |
50 |
100,0 |
|
Mais que 3 |
8 |
17,4 |
38 |
82,6 |
46 |
100,0 |
|
Amamentou anteriormente |
|
|
|
|
|
|
0,317 |
SIM |
14 |
16,5 |
71 |
83,5 |
85 |
100,0 |
|
NÃO |
16 |
22,9 |
54 |
77,1 |
70 |
100,0 |
|
Tempo da amamentação anterior (mês*) |
|
|
|
|
|
|
0,594 |
≤ 3 |
3 |
15,0 |
17 |
85,0 |
20 |
100,0 |
|
> 3 |
11 |
16,9 |
54 |
83,1 |
65 |
100,0 |
|
GESTAÇÃO ATUAL: Número de Consultas de Pré-Natal |
|
|
|
|
|
|
0,079 |
Nenhuma |
2 |
28,6 |
5 |
71,4 |
7 |
100,0 |
|
1 a 6 |
17 |
18,3 |
76 |
81,7 |
93 |
100,0 |
|
Mais de 6 |
11 |
20,0 |
44 |
80,0 |
55 |
100,0 |
|
Tipo de Parto |
|
|
|
|
|
|
0,279 |
Cesáreo |
14 |
23,7 |
45 |
76,3 |
59 |
100,0 |
|
Vaginal |
16 |
16,7 |
80 |
83,3 |
96 |
100,0 |
|
* Não está incluído nesse valor de N o número de mães que não amamentaram anteriormente (70).
Por meio da Tabela 3, pode-se verificar as respostas das participantes em relação ao domínio Técnico da BSES-SF (itens 1, 3, 4, 6, 11, 12, 13 e 14). Todos os itens apresentaram diferença estatisticamente significante com valor de p<0,05. O índice de concordância entre os diversos itens do domínio técnico foi elevado, variando de 65,8% a 92,2%.
Tabela 3 – Distribuição das respostas das puérperas segundo o domínio Técnico da Escala. Fortaleza, CE, 2008.
TÉCNICO |
Concordo |
Às vezes concordo |
Discordo |
|
|||
N |
% |
N |
% |
N |
% |
p |
|
1. Eu sempre sinto quando o meu bebê está mamando o suficiente. |
102 |
65,8 |
27 |
17,4 |
26 |
16,8 |
0,006 |
3. Eu sempre alimento o meu bebê sem usar leite em pó como suplemento. |
116 |
74,8 |
21 |
13,5 |
18 |
11,7 |
<0,0001 |
4. Eu sempre percebo se meu bebê está pegando o peito direitinho durante toda a mamada. |
139 |
89,7 |
11 |
7,1 |
5 |
3,2 |
<0,0001 |
6. Eu sempre posso amamentar mesmo se o meu bebê estiver chorando. |
133 |
85,8 |
9 |
5,8 |
13 |
8,4 |
<0,0001 |
11. Eu sempre amamento meu bebê em um peito e depois mudo para o outro. |
143 |
92,2 |
8 |
5,2 |
4 |
2,6 |
<0,0001 |
12. Eu sempre continuo amamentando meu bebê a cada alimentação dele (a cada mamada). |
133 |
85,8 |
15 |
9,7 |
7 |
4,5 |
<0,0001 |
13. Eu sempre consigo adequar as minhas necessidades às necessidades do bebê. (organizo minhas necessidades de banho, sono, alimentação com a amamentação do bebê). |
125 |
80,7 |
16 |
10,3 |
14 |
9 |
<0,0001 |
14. Eu sempre sei quando meu bebê terminou a mamada. |
116 |
74,9 |
19 |
12,3 |
20 |
12,8 |
<0,0001 |
A Tabela 4, evidencia as respostas das participantes em relação ao domínio Pensamentos Intrapessoais (itens 2, 5, 7, 8, 9 e 10), e pode-se observar que todos os itens apresentaram diferença estatisticamente significante (p<0,001), tendo a concordância para o referido domínio variado de 74,2% a 86,4%.
Tabela 4 – Distribuição das respostas das puérperas segundo o domínio Pensamentos Intrapessoais da Escala. Fortaleza, CE, 2008.
PENSAMENTOS INTRAPESSOAIS |
Concordo |
Às vezes concordo |
Discordo |
|
|||
N |
% |
N |
% |
N |
% |
P |
|
2. Eu sempre lido com a amamentação com sucesso, da mesma forma que eu lido com outros desafios. (Supera com sucesso a amamentação e as demais situações da vida). |
115 |
74,2 |
18 |
11,6 |
22 |
14,2 |
<0,0001 |
5. Eu sempre lido com a amamentação de forma a me satisfazer. |
120 |
77,4 |
13 |
8,4 |
22 |
14,2 |
<0,0001 |
7. Eu sempre sinto vontade de continuar amamentando. |
124 |
80,0 |
14 |
9,0 |
17 |
11,0 |
<0,0001 |
8. Eu sempre posso dar de mamar confortavelmente na frente de pessoas da minha família. |
119 |
76,8 |
13 |
8,4 |
23 |
14,8 |
<0,0001 |
9. Eu sempre fico satisfeita com a minha experiência de amamentar. |
133 |
85,8 |
9 |
5,8 |
13 |
8,4 |
<0,0001 |
10. Eu sempre posso lidar com o fato de que amamentar exige tempo. (Mesmo consumindo o meu tempo eu quero amamentar). |
134 |
86,4 |
14 |
9,0 |
7 |
4,6 |
<0,0001 |
DISCUSSÃO
No presente estudo, verificou-se que quanto maior a idade das puérperas, mais elevada era a sua auto-eficácia (p = 0,006), confirmando o achado utilizando a BSES em sua forma completa (com 33 itens) (r = 0,228; p = 0,01)(13) além de outro estudo que verificou que mulheres com mais idade apresentaram melhores taxas relativas ao aleitamento materno(14).
Além disso, alguns pesquisadores(15-16) constataram que ser mãe na adolescência pode ser considerado como um fator de risco para o desmame precoce, contudo essa associação ainda é controversa existindo estudos que discordam de tal afirmação(16-17).
Da mesma forma, pode-se observar que quanto maior a renda familiar mais elevada foi a auto-eficácia da mulher em amamentar o seu filho, o que revela uma menor chance de desmame precoce. Esse achado corrobora com estudos que identificaram que quanto menor a renda familiar, mais precoce é a interrupção do aleitamento materno exclusivo(18), embora outros estudos tenham verificado que mães com rendas familiares menores possuíam menor risco para o desmame precoce, devido às dificuldades encontradas pelas mesmas para adquirir alimentos comercializados, passando a oferecer o aleitamento natural por um período mais longo(19-20).
Em relação à ocupação, embora alguns estudos indiquem que a ocupação da mãe constitui um fator de risco associado ao tempo de aleitamento materno(21), posto que a necessidade de voltar a trabalhar pode criar nas mulheres uma expectativa de amamentar por menos tempo, repercutindo assim, na diminuição das taxas de aleitamento materno exclusivo(22), os dados aqui apresentados não indicaram qualquer associação e corroboram com os estudos brasileiros que utilizaram a versão completa (BSES)(11,13) ou abreviada (BSES-SF)(5) da escala.
Ademais, apesar de não ter sido encontrada relação estatisticamente significante entre escolaridade materna e auto-eficácia em amamentar (p = 0,635), outros estudos encontraram uma associação positiva entre as referidas variáveis(18, 23). Inclusive no estudo utilizando a forma completa da BSES essa associação foi estabelecida (r = 0,234; p = 0,01)(13). As mães com maior nível de instrução tendem a amamentar por mais tempo, talvez por terem maiores possibilidades de acesso às informações sobre as vantagens do aleitamento materno(24).
Tendo em vista que os dados sociodemográficos são considerados imutáveis, estudo americano enfatiza que os fatores ditos modificáveis devem ser pesquisados a fim de aumentar a duração do aleitamento materno. Dessa forma, identificaram-se os dois principais fatores psicológicos que podem influenciar na duração da amamentação e que devem ser prioridade nas intervenções dos profissionais de saúde para a promoção do aleitamento materno, são eles: a prioridade dessas mães e a auto-eficácia materna(25).
A amamentação é um processo experimentado pela mulher, especificamente, no seu ciclo gravídico-puerperal, portanto a maneira como ela vive esse momento influenciará na sua disposição para amamentar(26). De acordo com a Teoria de Bandura, as crenças de auto-eficácia são alimentadas por experiências vicárias(6,27), portanto as vivências anteriores de amamentação podem influenciar na eficácia apresentada por esta mulher para amamentar seu filho atual.
Apesar de, neste estudo, nenhuma variável da categoria antecedentes obstétricos e dados da gravidez atual ter estado associada estatisticamente à auto-eficácia (alta ou média) das puérperas, é importante salientar que a literatura ressalta que a paridade, número de filhos vivos, experiência anterior de amamentação e tipo de parto são consideradas como variáveis que influenciam na duração do aleitamento materno(20,28-29).
No estudo usando a BSES completa também não foi identificada diferença estatística entre o escore total e o número de gestações (primigestas: M = 136,28; DP = ±13,69, e multigestas: M = 134,67; DP = ±11,76) com a experiência anterior de amamentar (t = 0,65; p = 0,51). No entanto, a partir da análise da satisfação em amamentar a associação com a auto-eficácia foi estabelecida (mulheres satisfeitas com a experiência anterior de amamentar: M = 145,81; DP = ± 6,82, e mulheres não satisfeitas: M = 123; DP = 9,69; t = 6,17; p = 0,0001)13. Esse resultado foi confirmado quando os autores compararam os grupos de mulheres usando os padrões extremos de auto-eficácia propostos por Blyth et al(30). Os achados revelaram que as mulheres com prévia experiência satisfatória em amamentar têm maiores escores de auto-eficácia (≥138) (Fisher’s exact test, p = 0,036)(13). Esses resultados indicam, portanto, que a experiência anterior não é determinante para o aumento da auto-eficácia, mas essa experiência prévia precisa ser satisfatória, positiva.
Em uma análise comparativa de cinco estudos longitudinais retrospectivos na área de abrangência de um Centro de Saúde de Belo Horizonte nos anos de 1980, 1986, 1998 e 2004, a primiparidade foi uma das condições significativamente associada ao risco de menor duração do aleitamento materno(22). Este fato pode ser devido à menor oportunidade de acesso das primíparas às informações sobre o processo de amamentar quando comparadas às multíparas, pois não contam com experiência relacionada ao assunto, o que as colocam em um grupo de risco para o desmame precoce, fazendo com que necessitem de intervenções diferenciadas de promoção do aleitamento materno.
Estudos(5,11,13) revelaram que experiências anteriores com aleitamento materno produzem maiores escores de auto-eficácia, embora este fato não signifique facilidade na promoção do aleitamento ou uma maior predisposição ao aleitamento, uma vez que essas mulheres podem ter argumentos e justificativas pré-formadas em vista de um possível fracasso prévio.
Além disso, apesar de o número de consultas pré-natais não ter influenciado no nível de auto-eficácia materna em amamentar, estudo encontrou que as mulheres que realizaram menos de cinco consultas de pré-natal amamentaram seus filhos por menos tempo que aquelas que tiveram entre cinco e nove consultas(28).
Vale salientar que apesar de ter havido um aumento progressivo de mulheres que realizaram pré-natal no decorrer dos anos, o percentual de mulheres que foi orientada quanto à amamentação no pré-natal não aumentou significativamente entre os anos estudados(22), apesar da orientação sobre aleitamento materno durante o pré-natal ser recomendação básica do Ministério da Saúde para o incentivo à amamentação(31). Ressalta-se ainda que a melhoria da cobertura de pré-natal não é garantia de boa qualidade de suas consultas.
Quanto ao tipo de parto, sabe-se que o parto cesáreo está relacionado ao maior uso de anestésicos e analgésicos, podendo retardar o estabelecimento da amamentação. Em estudo anterior, a prática de colocar o recém-nascido junto à mãe logo após o nascimento, permitindo a amamentação na primeira meia hora, foi relatada por 100% das mães que tiveram parto normal, em comparação com 80% das que tiveram parto cesáreo(29), o que corrobora com outro estudo que encontrou que as mães submetidas ao parto cesariano demoraram, medianamente, dez horas até a primeira mamada(32).
Em relação aos domínios da auto-eficácia materna para amamentar, o domínio Técnico da BSES-SF reflete ações mais físicas que as mães deveriam realizar para amamentar com sucesso. Neste âmbito, o item que apresentou maior porcentagem de concordância (143 – 92,2%) foi o de número 11 (eu sempre amamento meu bebê em um peito e depois mudo para o outro), o qual se refere à prática de alternar os seios a cada mamada.
O elevado índice de concordância desse item pode ser devido ao próprio local onde foi desenvolvida a pesquisa, pois se trata de uma maternidade-escola, que tem o título de Hospital Amigo da Criança. Desta forma, neste local são realizados inúmeros trabalhos científicos e de educação em saúde, bem como intervenções de promoção à saúde da criança e da mulher, sobretudo, por profissionais assistenciais, professores e acadêmicos de universidades, representando um estímulo adicional para a correta prática da amamentação.
O item 4 (eu sempre percebo se o meu bebê está pegando o peito direitinho durante toda a mamada) focaliza a temática da pega correta, bem como prevê a posição do bebê durante a amamentação e a sucção ideal do mamilo areolar, tendo sido o que apresentou o segundo maior percentual de concordância entre as mulheres (139 - 89,7%).
Pega correta é aquela em que a criança abocanha mamilo e aréola; o nariz e o queixo do bebê ficam junto à mama e a cabeça fica alinhada ao resto do corpo, de modo que a criança fique com sua barriga colada à barriga da mãe(33). A pega eficaz é essencial para uma amamentação bem sucedida(34), contribuindo para uma amamentação mais prazerosa tanto para mãe como para a criança, evitando dores e fissuras mamilares(33).
Já o item 1 (eu sempre sinto quando o meu bebê está mamando o suficiente) apresentou o mais elevado índice de discordância (26 - 16,8%), podendo ser devido ao fato de uma das tensões geradas durante o período de lactação ser a desconfiança da mãe que amamenta na suficiência do seu leite em qualidade e quantidade(35).
Observou-se, durante o período de entrevista, que o fato de os recém-nascidos alternarem períodos de sucção e pausa mesmo estando ao seio, ou até chegarem a dormir naquela posição, contribui para deixá-las inseguras quanto à amamentação suficiente. Este achado pode indicar falta de preparo destas puérperas para o cuidado com a criança. O desconhecimento da fisiologia da lactação leva a equívocos, inclusive por profissionais, quanto ao manejo adequado da amamentação(36). A diversidade de informações e o fato da lactante não visualizar o leite sendo escoado para a boca de seu filho pode gerar essa incerteza.
O item 14 (eu sempre sei quando o meu bebê terminou a mamada) foi o segundo com maior índice de discordância (20 - 12,8%). Ressalta-se que após satisfazer-se com o leite, a criança para de sugar e solta o mamilo espontaneamente; algumas, com o tempo, aprendem a mamar mais rapidamente. O ideal é que a própria criança decida o tempo de cada mamada(33). Entretanto, a limitação do tempo de mamada pode evitar que o bebê obtenha o benefício do leite posterior, mais rico em calorias, disponível somente 10 a 15 minutos após o início da mamada, impossibilitando assim o ganho de peso(37).
Diante das referidas peculiaridades relacionadas ao conhecimento técnico das mães, salienta-se que é fundamental que estas, principalmente nos primeiros dias de pós-parto, sintam-se completamente assistidas pelos profissionais de saúde, a fim de que possam ser orientadas quanto ao processo de amamentação, desde os aspectos relacionados ao manejo técnico, como ações que reduzam a ansiedade materna neste período significativo de suas vidas.
O segundo domínio da escala, Pensamentos Intrapessoais, reflete as percepções, atitudes e crenças da mãe em relação à amamentação bem sucedida, referindo-se mais à subjetividade envolvida no processo de amamentar. Nesse contexto, o item 10 (eu sempre posso lidar com o fato de que amamentar exige tempo) que faz referência à necessidade de dispensar tempo para o processo de amamentação foi o que apresentou maior percentual de concordância (134 – 86,4%) deste domínio.
Assim, infere-se que as nutrizes sabiam que a amamentação exclusiva demanda tempo. Destarte, mostraram-se dispostas a seguir com seu objetivo de amamentar. Este achado pode estar relacionado com o número significativo de entrevistadas que não possuíam ocupação fora de seus domicílios (103 – 66,45%), já que se sabe que o retorno ao trabalho dificulta a articulação entre o seu papel materno e suas atividades laborais, representando um obstáculo para a manutenção da amamentação(24, 38).
O item 9, que se refere à satisfação da puérpera com a amamentação, foi o segundo com maior concordância do domínio Pensamentos Intrapessoais (133 – 85,8%). Esse achado pode estar associado a um período mais longo do aleitamento materno. De fato, em estudo anterior, mais de 80% das mães pertencentes ao grupo de aleitamento materno prolongado referiram que sentiam alegria, prazer ou realização pessoal durante a amamentação de seus filhos, fato que contribui para o aleitamento materno prolongado(20).
Por outro lado, o item que apresentou maior percentual de discordância (23 – 14,8%) foi o de número 8 (eu sempre posso dar de mamar confortavelmente na frente de pessoas da minha família). Embora possa ser constrangedor para algumas mulheres, imagina-se que seja natural e comum que os familiares presenciem a amamentação, como maneira de dar apoio e gerar um momento de integração da família nesse processo. Assim, pelo fato de ter visto outras pessoas, durante a infância, amamentando, é fato que tem uma provável influência positiva na possibilidade de essa criança também vir a amamentar ou apoiar o aleitamento no futuro. Ao contrário, ver mulheres amamentando às escondidas, longe do público, pode transmitir à criança a ideia de que a amamentação é um evento íntimo, privado e até vergonhoso(39). Esse tipo de experiência é denominada pela Teoria da Auto-eficácia(6) como experiência vicária e é tida como uma das fontes da auto-eficácia.
Os dois itens com o segundo maior percentual de discordância (22 – 142,2%) foram o item 2 (eu sempre lido com a amamentação com sucesso, da mesma forma que eu lido com outros desafios) que refere-se à motivação interna para enfrentar possíveis problemas relacionados ao aleitamento e o item 5 (eu sempre lido com a amamentação de forma a me satisfazer) que trata do fato de a amamentação ser prazerosa.
Assim, o presente estudo identificou que a capacidade de superação dos desafios deixou a desejar na maioria das puérperas, podendo-se inferir, então, que falta motivação interna que possibilite superação dos obstáculos, fazendo com que as mulheres sintam-se pouco seguras diante do processo de amamentar. Essa problemática pode estar relacionada a diversos fatores, tais como: falta de apoio familiar, problemas na mama, não realização ou não orientação no pré-natal, não acompanhamento puerperal, dentre outros(31,35,40).
A motivação, interesse e persistência, construídos em uma rede de relações, devem estar sempre presentes no cotidiano das mulheres, dando suporte aos obstáculos com que as mesmas se deparam durante o processo de amamentação(41).
A prática da amamentação é, na maioria das vezes, relacionada como vantajosa para a saúde e o desenvolvimento do bebê, porém existem outros contextos a serem associados, como por exemplo, a satisfação pessoal e o prazer da mãe, que proporcionará a formação do vínculo, pois a mulher que amamenta não está oferecendo somente leite materno, está vivenciando um momento em que poderá fazer aflorar sensações prazerosas que irão influenciar sobremaneira na afetividade da mãe e do filho(38). Além disso, a mulher percebe bem o sentimento de cumplicidade proporcionado pelo contato íntimo com seu filho através da amamentação(35).
Conclusão
A partir da aplicação da Breastfeeding self-efficacy scale – short form em puérperas no alojamento conjunto pode-se fazer o diagnóstico da confiança das mulheres em relação ao seu potencial de exercer a amamentação, constatando-se, através do nível de concordância, o aumento da auto-eficácia materna para a amamentação, bem como, satisfação com a experiência de amamentar.
Além disso, o estudo demonstrou uma relação diretamente proporcional entre a auto-eficácia em amamentar e a idade materna, além de uma forte relação entre a renda familiar e a auto-eficácia. Contudo, não houve correlação dos dados referentes aos antecedentes obstétricos e gravidez atual das puérperas com a eficácia que as mesmas apresentaram a partir da aplicação da BSES-SF.
Relevância para a prática clínica
A escala utilizada no presente estudo representa uma estratégia que possibilita identificar rapidamente a auto-eficácia materna em relação a sua habilidade em amamentar. Dessa forma, os profissionais de saúde, sobretudo enfermeiros, poderão intervir de forma direcionada e, portanto, com maior efetividade, por meio de estratégias educativas que incentivem o aleitamento materno exclusivo e, consequentemente, reduzam os riscos de desmame precoce e da morbimortalidade infantil.
Agradecimentos. Agradecemos ao Prof Dr Paulo César de Almeida por suas contribuições na revisão estatística deste estudo.
REFERÊNCIAS
1. World Health Organization (WHO). Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held 6–8 November 2007 in Washington D.C., USA: World Health Organization, 2008. [Cited 2009 Apr 15]; Available from: http://whqlibdoc.who.int/publications/2008/9789241596664_eng.pdf
2. Teruya K, Coutinho SB. Sobrevivência Infantil e Aleitamento Materno. In: Rego JD. Aleitamento Materno. 2ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2006. 26p.
3. Oriá MO, Glick DF, Alves MD. Trends in breastfeeding research by Brazilian nurses. Cad Saúde Pública 2005; 21(1): 20-8.
4. Ministério da Saúde (BR). Portaria MS/GM 1016, 26 de agosto de 1993 DOU 167 de 1/9/93, seção I. Normas Básicas para Alojamento Conjunto, 1993. 16p.
5. Dodt RCM. Aplicação e Validação da Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF) em Puérperas. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de Enfermagem. Fortaleza, 2008.
6. Bandura A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev 1977; 84 (2): 1191-215.
7. Pedroso RS, Oliveira MS, Moraes JFD. Tradução, adaptação e validação da versão brasileira da escala Marijuana Expectancy Questionnaire. Cad Saúde Pública 2007; 23 (1): 63-73.
8. Salvetti MG, Pimenta CAM. Dor crônica e a crença de auto-eficácia. Rev Esc Enferm USP [serial on the Internet]. 2007; [Cited 2009 Apr 15]; 41(1): [about ## p.]. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342007000100018&lng=pt&nrm=iso>.
9. Hulley SB. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 3ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. 384p.
10. Dennis CL, Faux S. Development and psychometric testing of Breastfeeding Self-Efficacy Scale. Rev Nurs Health 1999; 22(5): 399-409.
11. Oriá MOB. Tradução e validação da Breastfeeding self-efficacy scale: aplicação em gestantes. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de Enfermagem. Fortaleza, 2008.
12. Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde. Normas para pesquisa envolvendo seres humanos (Res. CNS no. 196/96 e outras) 2ª ed ampl Brasília, 2003.
13. Oriá MOB, Ximenes LB, Almeida PC, Glick DF, Dennis CL. Psychometric Assessment of the Brazilian Version of the Breastfeeding Self-Efficacy Scale. Public Health Nursing 2009; 26(6):574–83.
14. Santos VLF, Soler ZASG, Azoulbel R. Alimentação de crianças no primeiro semestre de vida. Rev Bras Saúde Matern Infant 2005; 5(3): 283-91.
15. Franca MCT et al. Uso de mamadeira no primeiro mês de vida: determinantes e influência na técnica de amamentação. Rev Saúde Pública 2008; 42(4): 607-14.
16. Frota DAL, Marcopito LF. Amamentação entre mães adolescentes e não-adolescentes, Montes Claros, MG. Rev Saúde Pública 2004; 38(1): 85-92.
17. Damião JJ. Influência da escolaridade e do trabalho maternos no aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol 2008; 11(3): 442-52.
18. Souza EL, Silva LR, Sá ACS, Bastos CM, Diniz AB, Mendes CMC. Impacto da internação na prática do aleitamento materno em hospital pediátrico de Salvador, Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública 2008; 24(5): 1062-70.
19. Mascarenhas MLW, Albernaz EP, Silva MB, Silveira RB. Prevalência de aleitamento materno exclusivo nos 3 primeiros meses de vida e seus determinantes no Sul do Brasil. J Pediatr (Rio J.) [serial on the Internet]. 2006 Aug [cited 2010 Jan 13]; 82(4): 289-294. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572006000500011&lng=en.
20. Carrascoza KC, Costa Junior AL, Moraes ABA. Fatores que influenciam o desmame precoce e a extensão do aleitamento materno. Estud Psicol 2005; 22(4): 433-40.
21. Baptista GH, Andrade AHHKG, Giolo SR. Fatores associados à duração do aleitamento materno em crianças de famílias de baixa renda da região sul da cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. Cad Saúde Pública 2009; 25(3): 596-604.
22. Alves CRL, Goulart EMA, Colosimo EA, Goulart LMHF. Fatores de risco para o desmame entre usuárias de uma unidade básica de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre 1980 e 2004. Cad Saúde Pública 2008; 24(6): 1355-1367.
23. Franca GVA, Brunken GS, Silva SM, Escuder MM, Venancio SI. Determinantes da amamentação no primeiro ano de vida em Cuiabá, Mato Grosso. Rev Saúde Pública 2007; 41(5): 711-718.
24. Faleiros FTV, Trezza EMC, Carandina L. Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão e duração. Rev Nutricional 2006; 19(5): 623-30.
25. O'Brien M, Buikstra E, Fallon T, Hegney D. Exploring the influence of psychological factors on breastfeeding duration, phase 1: perceptions of mothers and clinicians. J Hum Lact 2009; 25(1): 55-63.
26. Pamplona V. Aspectos psicológicos na lactação. In: Carvalho MR, Tamez RN. Amamentação: bases científicas. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 430p.
27. Pajares F, Olaz F. Teoria Social cognitiva e auto-eficácia: uma visão geral. In: Bandura A, Azzi RG, Polyodro S, organizadores. Teoria Social Cognitiva – conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed; 2008. p. 96-114.
28. Chaves RG, Lamounier JA, Cesar CC. Fatores associados com a duração do aleitamento materno. J Pediatr (Rio J) [serial on the Internet] 2007 [cited 2009 May26]; 83(3):241-6. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000400009&lng=pt&nrm=iso.
29. Almeida GG, Spiri WC, Juliani CMCM, Paiva BSR. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em um hospital universitário. Ciênc Saúde Coletiva 2008; 13(2): 487-94.
30. Blyth RJ et al. Breastfeeding duration in an Australian population: The influence of modifiable antenatal factors. Journal of Human Lactation 2004; 20(1): 30-8.
31. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.163 p.
32. Boccolini CS, Carvalho ML, Oliveira MIC, Leal MC, Carvalho MS. Fatores que interferem no tempo entre o nascimento e a primeira mamada. Cad Saúde Pública 2008; 24(11): 2681-94.
33. King FS. Como ajudar as mães a amamentar. 4ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
34. Cordeiro MT. Postura, Posição e Pega Adequadas: Um bom início para a Amamentação. In: Rego JD. Aleitamento Materno. 2ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2006. p. 159-81.
35. Silva R.Marcolino C. The experience of the breastfeeding/early weaning process by women orientated to breastfeeding: a qualitative study Online Brazilian Journal of Nursing [serial on the Internet]. 2009 March 2; [Cited 2010 April 4]; 8(1):[about ## p.]. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/2019
36. Sanches MTC. Manejo clínico das disfunções orais na amamentação. J Pediatr (Rio J.) [serial on the Internet]. 2004 Nov [cited 2010 Jan 13]; 80(5): s155-s162. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000700007&lng=pt.
37. Kenner C. Enfermagem neonatal. 2ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Editores, 2001.
38. Araújo OD, Cunha AL, Lustosa LR, Nery IS, Mendonça RCM, Campelo SMA. Aleitamento materno: fatores que levam ao desmame precoce. Rev Bras Enferm 2008; 61(4): 488-92.
39. Rezende MA, Sigaud CHS, Veríssimo MDLÓR, Chiesa AM, Bertolozzi MR. O processo de comunicação na promoção do aleitamento materno. Rev Latinoam Enf 2002; 10(2): 234-8.
40. Barreira SMC, Machado MFAS. Amamentação: compreendendo a influencia do familiar. Acta Scientiarum. Health Sciences 2004; 26(1): 11-20.
41. Machado MMT, Bosi MLM. Compreendendo a prática do aleitamento exclusivo: um estudo junto a lactantes usuárias da Rede de Serviços em Fortaleza, Ceará, Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant 2008; 8(2): 187-96.
Contribuição dos autores - Concepção e desenho: MC Tavares, RCM Dodt, LB Ximenes
- Análise e interpretação: MC Tavares, MOB Oriá, LB Ximenes - Redação do artigo: JS Aires, ES Joventino, MOB Oriá, LB Ximenes.
- Revisão crítica do artigo: MOB Oriá, ES Joventino, RCM Dodt, LB Ximenes - Aprovação final do artigo: MC Tavares, JS Aires, RCM Dodt, ES Joventino, MOB Oriá, LB Ximenes.
- Obtenção de suporte financeiro: PIBIC/CNPq
- Endereço para correspondência: Lorena B. Ximenes, Rua Gothardo Moraes, 1001, apt.410. Bairro: Dunas. Fortaleza-Ce. lbximenes@yahoo.com.br