Technology and nursing practice - a bibliographical research

Tecnologia e práticas de enfermagem - um estudo bibliográfico

Emeline Moura Lopes1, Ana Karina Bezerra Pinheiro1, Patrícia Neyva da Costa Pinheiro1, Neiva Francenelly Cunha Vieira1.

1. Universidade Federal do Ceará, CE, Brasil.

Abstract: The study aimed to analyze the scientific production related to the use of technology in the practices of nursing. This is a bibliographic study of quantitative approach, which used to search in the databases Scielo, LILACS, Medline and BDEnf, in which the descriptors used were technology and educational technology. Twenty-eight articles were selected. Most of the articles, 27 (96.4%), had been published in journals inside the nursing area. It was observed that the articles with the chosen thematic had been published from 2000 onwards. Among the studies, sixteen (57.1%) are related to the development, implementation experience or reports of the use of technologies. Of these, 10 (62.5%) were targeted to own professionals and five (31.2%) towards the patients. As for the type of technology, 11 (68.7%) used harsh technologies. It is perceived the greater interest of nurses in developing and using technology in their practice in the past five years. This consists as a facilitator methodology for the nursing profession and as a benefit for the nursing’s actions improvement.

Keywords: Nursing; Technology; Review literature.

Resumo: O estudo objetivou analisar a produção científica relacionada à utilização de tecnologias nas práticas da enfermagem. Estudo bibliográfico e com abordagem quantitativa realizado por meio de busca nas bases de dados Scielo, LILACS, Medline e BDEnf com os descritores tecnologia e tecnologia educacional. Foram selecionados vinte e oito trabalhos. A maioria dos estudos, 27 (96,4%), foi publicada em periódicos na área da enfermagem. Verificou-se que os artigos com esta temática foram publicados a partir de 2000. Dos estudos, 16 (57,1%) tratam-se de desenvolvimento, aplicação ou relato de experiência de uso de tecnologias. Destes, 10 (62,5%) são direcionados aos próprios profissionais e cinco (31,2%), aos pacientes. Quanto ao tipo de tecnologia, 11 (68,7%) utilizaram tecnologias duras. Percebe-se, maior interesse dos enfermeiros em desenvolver e utilizar tecnologia em sua prática nos últimos cinco anos. Estas constituem-se como uma metodologia facilitadora para a profissão e como benefício para melhoria das ações em enfermagem.

Palavras-chave: Enfermagem, Tecnologia, Revisão de literatura

Introdução

A sociedade atual vem passando por um intenso processo de transformações, dentre as quais pode ser citado o avanço tecnológico. Inúmeros recursos vêm sendo inseridos no cotidiano das pessoas, a fim de facilitar ou auxiliar as ações diárias.

Tais transformações também estão inseridas no contexto da saúde e nas práticas de enfermagem. Nesta, as tecnologias podem ser utilizadas sob vários contextos, dentre os quais são destacados o âmbito educacional e o assistencial.

No entanto, a definição de tecnologia ainda se mostra como algo incipiente de entendimento. É necessário, desta forma, ter conhecimento do que se refere à tecnologia e suas aplicações para que sua utilização, além de ter seus benefícios e suas vantagens aproveitados ao máximo.

Existem diferentes classificações para a tecnologia. Porém, estas diferenciações dizem respeito ao mesmo tipo de recursos, modificando apenas a nomenclatura. Tecnologia é definida como conhecimentos e habilidades em saúde, sendo associada ao uso e aplicação dos recursos e objetos. Sua criação vai além de recursos materiais, devendo ser entendida como a criação de um fenômeno, seja ele físico, protocolos, ou ainda recursos subjetivos. Assim, a tecnologia pode ter três significados: a de objetos físicos, que são exemplificados por instrumentos, máquinas e matérias; como forma de conhecimento, através da qual é concebido um objeto; e por fim, como um conjunto de atividades humanas em sua complexidade1.

 Há, ainda a classificação de tecnologias em tecnologia dura, que é representada por equipamentos/máquinas; leve-dura, que consistem saberes estruturados, e leve, que envolve um processo de relações e encontros de subjetividades2.

Logo, pode-se inferir que a enfermagem trata-se de uma profissão que tem na essência de sua prática a incorporação da tecnologia, ao construir e desenvolver métodos e produtos que facilitam a prática da profissão.

Dessa forma, a enfermagem utiliza diversas formas de tecnologia, utilizando subsídios em várias práticas assistenciais e de ensino.

Dentre os recursos tecnológicos utilizados ou desenvolvidos por enfermeiros, podem ser citados a informática, a internet, o desenvolvimento de programas auxiliares à educação acadêmica, a criação de instrumentos voltados para a aplicação em clientes, bem como o próprio cuidado em enfermagem.

No contexto do processo ensino-aprendizagem, a utilização de tecnologias voltadas para a realização das práticas de educação contribui ao se considerar que estas devem ser facilitadoras no processo de construção do conhecimento e devem fazer parte de um processo pedagógico inclusivo baseado na relação entre pessoas3.

Na informação, a tecnologia consiste em um instrumento eficaz utilizada para o avanço e a difusão do conhecimento4. Além desse, vários são os campos nos quais podem ser efetivadas ações de enfermagem com uso de recursos tecnológicos.

No ambiente assistencial, o enfermeiro pode além de realizar atividades curativas e de reabilitação, desenvolver práticas de educação em saúde com a aplicação destes recursos, fazendo um bom uso e aproveitando suas vantagens.

Em decorrência das mudanças e avanços no contexto tecnológico e educacional, é necessário que os enfermeiros busquem atualizar-se nas questões relacionadas à tecnologia e seu uso nas práticas de enfermagem e de saúde, bem como, nas práticas de educação, fazendo articulação entre estas.

Sob esse aspecto, destaca-se que a construção do conhecimento está em contínua alteração, na qual as mudanças são cada vez mais rápidas e com estas há modificações dos aspectos metodológicos que são utilizados, norteando-se, porém, pelo método educacional que refere que o processo educativo é horizontal e não apenas repasse de conteúdo5.

Diante do exposto, sentiu-se a necessidade de realizar o presente estudo com o objetivo de analisar a produção científica relacionada às praticas de enfermagem que fazem uso de tecnologias.  

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo e bibliográfico. O estudo descritivo é aquele que apresenta informações, dados relacionados ao objeto, com suas características, localização e período, fazendo mensurações e classificações. O estudo bibliográfico é aquele que se limita à realização de buscas em livros ou outros meios de publicação, dispensando a busca em fontes primárias6.

Foi realizada busca nas bases de dados Scientific Electronic Library On-line (SciELO), Medical Literature Analysis and retrieval System On-line (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).  Nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO foram utilizados os descritores: “tecnologia e enfermagem” e “tecnologia educacional e enfermagem”. Na base de dados BDENF foram utilizados os mesmos descritores, retirando o termo enfermagem, por ser esta uma base de dados específica da área.

Foram encontrados 122 trabalhos, que foram submetidos aos seguintes critérios de inclusão: ser artigo científico; ter sua publicação completa disponível em meio eletrônico; artigos que tenham pelo menos um autor enfermeiro, artigos publicados e/ou realizados no Brasil e artigos publicados no intervalo de 1998 a 2008.

O ano de 2008 foi incluído por ser considerado como um possível ano em que há muitas publicações. A seleção foi restrita a artigos brasileiros devido ao objetivo de pesquisar a produção realizada por enfermeiros no Brasil, a fim de estudar essa realidade específica. Foram excluídos aqueles trabalhos que estavam repetidos em uma ou mais base de dados, que não versavam sobre a temática pesquisada ou que não obedecessem aos critérios de inclusão pré-estabelecidos.

Após leitura e análise de critérios para inclusão de artigos, foi selecionado o total de 28 artigos científicos.

O período de coleta de dados compreendeu o mês de maio. Este foi o intervalo de tempo foi utilizado em decorrência de estar inserido no período da disciplina “Metodologia da Pesquisa” do curso de Pós-Graduação- Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, para a qual está sendo desenvolvido o estudo.

Os estudos foram analisados meio da leitura exploratória, analítica e intertextual6, tendo como premissas o uso de tecnologias na enfermagem. Os artigos foram descritos de acordo com o tema abordado, com a utilização de um roteiro semi-estruturado contendo as variáveis: periódico, ano de publicação, tipo de estudo, público alvo dos estudos e tipo de tecnologia utilizada no estudo. 

Apresentação e discussão dos resultados

Após leitura e análise dos artigos, estes foram organizados e categorizados de acordo com suas características metodológicas.

De acordo com o tipo de periódico que os artigos foram publicados, encontrou-se predominância de publicação em periódicos da área de enfermagem (Tabela 1). 

Tabela 1-Distribuição dos artigos de acordo com o periódico e ano de publicação. Fortaleza, 2008.

Variáveis (n=28)

N

%

Periódico

 

 

Revista Latino-Americana de Enfermagem

12

42,8

Texto e contexto enfermagem

6

21,4

Revista da Escola de Enfermagem- USP

4

14,3

Revista Brasileira de Enfermagem

4

14,3

Acta Paulista de Enfermagem.

1

3,6

Ciência Saúde Coletiva

1

3,6

Ano de publicação

 

 

2006-2008

19

67,8

2003-2005

5

17,8

2000-2002

4

14,3

1998 e 1999

-

-

 Os artigos foram publicados em sua grande maioria, 27 (96,4%), em periódicos da área de concentração da enfermagem. Apenas um (3,6%) artigo foi publicado em um periódico multidisciplinar.

O periódico no qual houve maior número de publicações foi a Revista Latino-Americana de Enfermagem, com 12 (42,8%) do total de artigos científicos. Este fato pode ser explicado por ser a Revista Latino-Americana de Enfermagem um periódico que tem todos os seus artigos completos disponíveis em suporte eletrônico, o que foi utilizado como um dos critérios para inclusão do artigo no estudo. Ressalta-se ainda que é este um periódico da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo/Ribeirão Preto, na qual há uma linha de pesquisa, “Ciência e tecnologia em Enfermagem”, que desenvolve importantes trabalhos nesta área .

Caracteriza-se como periódico de circulação internacional, abrangendo predominantemente os países da América Latina e Caribe, embora seja também divulgado para assinantes dos Estados Unidos, Portugal e Espanha.

O periódico com o segundo maior número de artigos foi a revista Texto e Contexto de Enfermagem, com seis (21,4%) publicações. As revistas da Escola de enfermagem da USP e Brasileira de Enfermagem tinham quatro (14,3%) artigos publicados cada uma. O periódico Acta Paulista de Enfermagem e o Caderno de Saúde Pública tinham um (3,6%) artigo publicado em cada.

Dentre os 28 artigos utilizados no estudo, a maioria, 19 (67,8%) foi publicada no intervalo dos anos de 2006 a 2007, seguido por aqueles publicados entre 2003 e 2005, 5 (17,8%). Os artigos encontrados e selecionados têm suas publicações no intervalo de tempo de 2000 a 2008, mesmo tendo sido a busca estendia a partir de 1998 em diante.

Percebe-se aumento significativo de publicações de artigos que envolvem ações de enfermagem com uso de tecnologias, significando o reconhecimento destes profissionais à necessidade de utilização destes recursos e aos benefícios destes para a prática da enfermagem.

A tecnologia está inserida no processo de trabalho em saúde, sendo visualizada na construção do saber, nas relações entre as pessoas e o modo como ocorre o trabalho em saúde. Assim, favorece o aprimoramento do cuidado7.

Dos artigos pesquisados, encontram-se aqueles que se referem teoricamente às ações de enfermagem envolvendo tecnologia e aqueles que estão relacionados ao desenvolvimento ou aplicação de alguma tecnologia, aqui inseridos também aqueles que discorrem de forma esclarecedora sobre a execução destas atividades de criação e implementação. Assim, obtiveram-se estudos de desenvolvimento, de campo, básicas (ou teóricas) e descritivas, segundo classificação anteriormente selecionada6 (Tabela 2). 

Tabela 2-Distribuição dos artigos segundo o tipo de estudo. Fortaleza, 2008.

Tipo de pesquisa (n=28)

N

%

Pesquisa de desenvolvimento

16

57,1

Pesquisa teórica ou básica

8

28,6

Pesquisa de campo

3

10,7

Pesquisa descritiva

1

3,6

 A maioria dos trabalhos, 16 (57,1%), possui dados relacionados à construção e desenvolvimento de softwares e outras estratégias tecnológicas que são implementadas no ambiente educacional ou assistencial, o que os classificam como pesquisas de desenvolvimento, ou seja, tem como objetivo a criação de produtos ou serviços ou seu aperfeiçoamento6. Aqui, incluem-se os trabalhos que fazem relatos destas implementações.

Dos trabalhos, oito (28,6%) são estudos teóricos com a abordagem temática sobre tecnologia. Estudos teóricos são aqueles que visam o entendimento da realidade. Observa-se ainda que três (10,7%) estudos têm em seu desenvolvimento o objetivo verificar ou identificar a percepção de profissionais e suas práticas em relação às tecnologias utilizadas tanto no âmbito discente ou educacional, quanto no âmbito da prática assistencial, podendo ser definidos como pesquisa de campo, ou seja, aquela na qual há busca de fontes primárias, no ambientes onde as coisas ocorrem. Apenas um (3,6%) estudo trata-se de um estudo descritivo, ou seja, aquele que apresenta informações acerca do objeto do estudo, fazendo descrições deste6.

Os estudos, 16 (57,1%), que possuíam dados relacionados à construção e desenvolvimento de softwares e outras estratégias tecnológicas aplicadas e implementadas no ambiente educacional ou assistencial, ou se referem a relatos de aplicações anteriores das tecnologias, foram identificados quanto ao público-alvo e o tipo de tecnologia utilizada (Tabela 3).

Tabela 3 - Distribuição dos artigos segundo o público alvo e tipo de tecnologia. Fortaleza, 2008.

Variáveis (n=16)

N

%

Público alvo

 

 

Acadêmicos de enfermagem ou enfermeiros

10

62,5

Clientes (pacientes)

5

31,2

Alunos de curso técnico em enfermagem

1

6,2

Tipo de tecnologia

 

 

Dura/ Objeto

11

68,7

Leve-dura/ Conhecimento

3

18,7

Leve/ Atividades humanas

2

12,5

 A maior parte 10 (62,5 %) dos artigos que desenvolvem ou aplicam alguma tecnologia destina-se aos acadêmicos de enfermagem e/ou enfermeiros, abrangendo a docência e a assistência; cinco (31,2%) têm seu desenvolvimento voltado para pacientes e um (6,2%) foi voltado para e técnicos de enfermagem.

Percebe-se que o desenvolvimento de recursos tecnológicos voltados para atuação da enfermagem ainda estão muito concentrados no ambiente acadêmico. Poucos são os trabalhos que fazem referência à aplicação de tecnologias voltadas para a prática assistencial na comunidade, na unidade de saúde ou em outro ambiente da assistência, mesmo sendo várias as possibilidades de uso de tecnologias neste ambiente do cuidar em enfermagem.

A enfermagem deve atentar para aplicação de recursos tecnológicos como forma de trazer vantagens na sua atuação1. Esta deve ser uma postura assumida por enfermeiros como forma de agregar e analisar informações relevantes na tomada de decisão e no desempenho de suas funções8.

Na saúde, a tecnologia tem possibilidade de inúmeras utilizações, porém é preciso atitude reflexiva ao incorporar e perceber a sua influência no nosso “bem-viver”. É necessário adequação da tecnologia à prática para o atendimento das necessidades sociais9.

Ainda nesse contexto, é imprescindível lembrar a mudança do modelo de atenção à saúde, que parte do modelo biomédico para o modelo holístico. Os profissionais devem abrir dos os recursos tecnológicos, principalmente das tecnologias de relacionamento para efetivar esse processo.

O tipo de tecnologia utilizada foi identificado sob duas classificações distintas, mas que têm correspondência entre si 1,2.

A maioria dos estudos 11 (68,7%) tem em seu desenvolvimento a construção ou aplicação de softwares ou programas, sendo classificados como objetos físicos1. Sob outra classificação, estes são considerados tecnologia dura, ou seja, quando há utilização de instrumentos e equipamentos2. Aqui estas classificações são exemplificadas com os estudos de desenvolvimento, elaboração ou avaliação de softwares ou uso da internet. Dos artigos, três (18,7%) são classificados como conhecimento a partir do qual se concebe um objeto1. Estes são identificados ainda como tecnologia leve-dura2. Apenas dois (2,5%) estudos utilizam tecnologias definidas como atividades humanas1. Estes podem ser classificados também como tecnologia leve2.

Nesta última classificação estão as tecnologias de relação, acesso, acolhimento, vínculo e encontros. No caso, o acolhimento e a dança.

Para o uso de tecnologias na enfermagem, é preciso estimular o desejo, a motivação e a intencionalidade de criação, visando facilitar e agilizar o trabalho, com a produção do conhecimento advindo da prática10. Pois o desenvolvimento de programas tem um efeito multiplicador e seu uso pode oferecer impactos positivos de eficiência e eficácia4.  

Considerações Finais

Percebeu-se crescimento da utilização de tecnologias como subsídios para as ações de enfermagem nos últimos dez anos, ocorrendo um avanço, principalmente a partir dos últimos dois anos. Estes estudos, em sua maioria, foram divulgados em periódicos específicos da área da enfermagem.

Os enfermeiros têm buscado a utilização dos recursos tecnológicos e o aproveitamento que estes podem trazer às práticas da profissão, ocasionando na aplicação prática que estes suportes podem trazer, ou seja, seus benefícios e suas vantagens. Tais recursos consistem, em sua maioria, em tecnologia duras, as quais são voltadas para os próprios profissionais.

Este fato aponta a necessidade de aplicação de tecnologias nos cenários assistenciais, pois, a partir dos estudos aqui utilizados, ainda mostram-se em número reduzido. A construção conjunta do conhecimento propiciando a autonomia e o empoderamento dos clientes quanto a sua saúde pode ser auxiliada e efetivada com a utilização de práticas que façam uso de tecnologias, pois estas são direcionadas pela inclusão de todos os sujeitos nela envolvidos.

O uso de tecnologias, sejam estas leves, duras ou leve-duras, nas práticas da enfermagem constitui-se como uma metodologia facilitadora para a profissão.

Porém, percebe-se ainda reduzida quantidade de trabalhos que mencionam ou utilizam as tecnologias de relacionamento ou tecnologias leves. Tal fato se deva à dificuldade dos profissionais em definir o que são tais tecnologias e reconhecê-las como recursos tecnológicos.

A enfermagem, por sua essência, utiliza-se destes recursos diariamente para realização do cuidar. Dessa forma, isto pode significar o problema destes profissionais em classificar sua prática como tecnologia.

Inúmeras são as vantagens do uso de recursos e aplicações tecnológicas na prática de enfermagem. Ressalta-se, porém, que a ação do enfermeiro não deve ser substituída por qualquer sistema11.

 Referências

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Contribuição dos autores: - Concepção e desenho: Emeline Moura Lopes; - Análise e interpretação: Emeline Moura Lopes; - Escrita do artigo: Emeline Moura Lopes, Ana Karina Bezerra Pinheiro, Patrícia Neyva da Costa Pinheiro, Neiva Francenelly Cunha Vieira; - Revisão crítica do artigo: Emeline Moura Lopes, Ana Karina Bezerra Pinheiro, Patrícia Neyva da Costa Pinheiro, Neiva Francenelly Cunha Vieira; - Colheita dos dados: Emeline Moura Lopes; -Aprovação final do artigo: Emeline Moura Lopes, Ana Karina Bezerra Pinheiro, Patrícia Neyva da Costa Pinheiro, Neiva Francenelly Cunha Vieira; - Pesquisa bibliográfica: Emeline Moura Lopes;

Endereço para correspondência: Emeline Moura Lopes. Rua Licurgo Montenegro, 634. Parque Rio Branco. Fortaleza-CE. CEP: 30.356-200. emelinepet@yahoo.com.br