Structure and
process of nursing care for prevention of surgical
site
infection: observational study
Estrutura
e
processo
assistencial de
enfermagem
para
a
prevenção
de
infecção
de
sítio
cirúrgico:
estudo
observacional
Lucia
Marta
Giunta da Silva1, Larissa Christiane Pawluk 1, Luis
Henrique Gebrim 1, Gil Facina 1, Maria Gaby Rivero de Gutiérrez 1
1
Universidade
Federal
de
São
Paulo, SP, Brasil,
Abstract.
High rates of infection can reflect the quality of the service. Two previous
studies in the same place reported an overall surgical
site
infection incidence of 14,1% and 22%, what motivated this research.
The
aim of this study was to
analyze
the structure and nursing process
and its possible relationship with the prevention and control of surgical
site
infection (SSI).
It is
a descriptive, observational and documentary analysis study
performed in a large
general
teaching
Hospital
in
São
Paulo
from August 2007 to March 2008.
The
data
were collected from institutional documents and trough directed observation of
the nursing practice. The results showed that the normative documents
are
in accord with the current evidence. However, the structure issues present
limitations with negative impact for the prevention of SSI. The nursing
processes accomplished partially to the recommended
standards,
the hand washing, appropriate use of antibiotics and accomplishment of
postoperative dressing’s present improvement opportunities that could positively
impact the surgical
site
infection’s rates. These results point out the need of review the nursing
process and the adequacy of some structural issues in order to achieve the
standards
for prevention and control of the surgical
site
infection.
Key words:
quality assurance, health care; surgical wound infection; breast neoplasm;
nursing care.
Resumo.
Altas
taxas
de
infecção
podem
refletir
a
qualidade
dos
serviços
de
saúde.
Em
dois
estudos
prévios
no
local
da
presente
investigação
foram encontradas
taxas
de 14,1% e 22%, o
que
motivou a
realização
desta
pesquisa
que
teve
como
objetivo
de
analisar
a
estrutura
e o
processo
de
enfermagem
e
sua
possível
relação
com
a
prevenção
e
controle
de
infecção
de
sítio
cirúrgico (ISC). Trata-se de
estudo
descritivo, observacional e de
análise
documental, realizado
em
um
hospital
geral
de
ensino
de
São
Paulo,
entre
agosto
de 2007 e
março
de 2008. Os
dados
foram coletados de
documentos
institucionais e
por
meio
da
observação
direta
da
prática
de
enfermagem.
Os
resultados
evidenciaram
que
os
documentos
normativos estão
em
consonância
com
a
literatura,
porém,
a
estrutura
física
apresenta
limitações
com
impacto
negativo
para
a
prevenção
de ISQ. Os
processos
assistenciais avaliados atendem
parcialmente
aos
padrões
recomendados,
mas
a
lavagem
das
mãos,
uso
racional
de
antimicrobianos
e
realização
de
curativos
pós-operatórios
apresentam
oportunidades
de melhoria
que
poderiam
impactar
positivamente
as
taxas
de ISC.
Estes
resultados
apontam a
necessidade
de
revisar
o
processo
de
enfermagem
e a
adequar
a
estrutura
a
fim
de
que
os
padrões
de
prevenção
e
controle
da
infecção
de
sítio
cirúrgico sejam atendidos.
Palavras-chave:
garantia da qualidade dos cuidados de saúde; infecção da ferida operatória
neoplasias da mama; cuidados de enfermagem
Introdução:
No
Brasil, o
câncer
de
mama
tem a
maior
taxa
de
mortalidade
entre
as
mulheres,
com
risco
estimado de 51
casos
a
cada
100
mil
mulheres
e 49.400
casos
novos
em
2008.
Em
São
Paulo estima-se 72,52
casos
para
cada
100.000
mulheres(1).
A
cirurgia,
uma das
principais
modalidades
de
tratamento,
caracteriza-se
como
limpa,
com
tempo
de
hospitalização
reduzido e
baixas
taxas
de
incidência
de
infecção
de
sítio
cirúrgico (ISC)
entre
1,74 e 3,42%, a
depender
dos
fatores
de
risco
associado(2).
Entretanto,
em
dois
estudos
prévios
no
local
pesquisado, encontrou-se
entre
14,1 a 22%(3-4). Na
literatura,
os
dados
sobre
ISC associados a procedimentos cirúrgicos em geral
são
bastante
variáveis,
com
taxas
entre
3,51 a 44,7%,
em
função
do
desenho
do
estudo,
fatores
de
risco
identificados, estadiamento da
neoplasia,
tipo
de
cirurgia
e
topografia
da
infecção(5-8).
Esta variação pode
estar
associada
à
diversidade
dos
critérios
diagnósticos
de ISC,
ausência
de avaliação do
impacto
da
quimioterapia
ou
radioterapia,
e
falhas
na
vigilância
pós-alta(9-10). A
taxa
de ISC, se monitorada, subsidiaria a
análise
da
influência
da
estrutura
e
processos
assistenciais
nos
resultados
obtidos e
conseqüentemente
a
qualidade
do
serviço(11-13).
Qualidade
é
definida
como
“o
grau
no
qual
aumentam as
chances
de
que
os
serviços
de
saúde
prestados a
indivíduos
ou
populações
atinjam os
resultados
desejados e sejam consistentes
com
o
conhecimento
profissional
corrente”(14), evitando o
uso
inadequado, desnecessário
ou
excessivo
dos
recursos
de saúde. Donabedian preconiza
que
uma avaliação sistematizada deve
englobar
três
dimensões:
estrutura,
processo
e
resultado.
Qualidade
estrutural se refere às
características
do
sistema
ou
serviço
de
saúde;
qualidade
processual avalia as
ações,
ou
como
os
serviços
são
prestados e,
qualidade
dos
resultados
refere-se à
saúde
dos
usuários
dos
serviços
ou
sistemas
de
saúde.
Embora
produzir
resultados
de
qualidade
seja a
meta
dos prestadores de
assistência,
a mensuração e avaliação do
serviço
apenas
por
meio
dos
resultados
não
é
suficiente.
É
preciso
que
se monitore e avalie o
processo,
para
que
haja
consistência
na avaliação(15).
Isto
é
importante
quando
se discute
quão
seguros
são
os
ambientes
e os
processos
empregados
na
prestação
de
cuidado
à
saúde
o
que
determina
quão
segura
é a
assistência
prestada aos
pacientes.
Diante
do
exposto
e da
ampla
variação nas
taxas
de ISC encontradas
nos
dois
estudos
prévios(3-4),
questiona-se se a
estrutura
e o
processo
assistencial de
enfermagem
estariam influenciando essas
taxas.
Objetivo:
Conhecer
as
rotinas
e procedimentos de
enfermagem
realizados no pré e
pós-operatórios,
de
pacientes
com
câncer
de
mama,
submetidas a
tratamento
cirúrgico e identificar as
conformidades
e
não
conformidades
com
o proposto
pela
literatura
como
melhores
práticas
para
a
prevenção
de
infecção
de
sítio
cirúrgico.
Método:
Estudo
descritivo, observacional,
com
análise
de
documentos
institucionais(16),
área
física
e
processos
assistenciais de
enfermagem,
relacionados à
prevenção
e
controle
de ISC de
pacientes
submetidas à
cirurgia
oncológica
de
mama.
Realizado
em
um
ambulatório
de oncomastologia e uma
unidade
de
internação
de
ginecologia
de
um
hospital
universitário
de
São
Paulo,
após
aprovação
do
Comitê
de
Ética
em
Pesquisa
(CEP/UNIFESP-HSP No.1486/07). Os
dados
foram coletados
por
meio
de
observações
sistematizadas,
com
6
instrumentos
construídos
para
este
estudo,
tendo
por
referenciais
documentos
normativos(17) e publicações de
recomendações
para
prevenção
de ISC(18-20). Os
instrumentos
foram submetidos à avaliação de
sua
coerência
e
consistência
de
face
por
um
painel
de juízes
composto
por
uma
Enfermeira
Pesquisadora
em
Avaliação de
Serviços
de
Saúde
e
três
Enfermeiras
especialistas
e
atuantes
na
área
de
Auditorias
de
Qualidade
e
Padrões
de
Prática
em
Enfermagem,
sendo considerados adequados à
proposta
do
estudo.
Na
orientação
da
aplicação
dos
instrumentos
foram
feitas
leituras
conjuntas e
discussões
de
artigos
sobre
prevenção
de ISC,
coordenadas
pelo
pesquisador,
com
pré-teste realizado
com
duas avaliações
independentes,
em
uma
unidade
de
clínica
médica
feminina,
do
mesmo
hospital
onde
as
pacientes
de
cirurgia
oncológica
de
mama
eram internadas na
falta
de
vagas
na
unidade
cirúrgica. Os avaliadores consideraram os
instrumentos
de
fácil
aplicação,
compreensão
e preenchimento.
Instrumentos:
a)
Documentos:
o
instrumento
continha
seis
grandes
categorias
com
recomendações
para
prevenção
de ISC encontradas na
literatura(18-20)
(Pré-operatório;
Intra-operatório,
Pós-operatório;
Limpeza
e
Desinfecção
de
Superfícies;
Higienização das
Mãos
e
Documentos
Administrativos).
Cada
categoria
subdividia-se
em
itens
com
o
detalhamento
das
recomendações,
perfazendo 142
itens,
que
foram comparados aos
documentos
institucionais(21,22)
para
verificar
se estavam
presentes
e
em
consonância
com
a
literatura.
Esta
etapa
foi realizada,
pois
esses
documentos
são
norteadores de
programas
de
capacitação
permanente
e de
ações
dos
profissionais
de
saúde.
b)
Área
Física,
Recursos
Humanos
e
Condições
Organizacionais: realizada
por
meio
da
observação
direta.
Os
instrumentos
abrangiam
categorias
e
itens
estruturais (área
física,
materiais,
equipamentos,
recursos
humanos
e
condições
organizacionais dos
locais
de
estudo)
preconizados
como
necessários
para
o
funcionamento
de
unidades
ambulatoriais e de
internação
e
para
prevenção
de ISC(17,23), num
total
de quinze
categorias
e 146
itens
para
o
Setor
de Oncomastologia; treze
categorias
e 126
itens
para
a
Unidade
de
Internação.
c)
Processo
Assistencial de
Enfermagem:
observação
direta
dos
profissionais
de enfermagem,
durante
a
realização
dos procedimentos
nos
períodos
pré e
pós-operatório.
Os
instrumentos
se subdividiam
em
onze
categorias
e 103
itens
para
o
ambulatório
de oncomastologia, e
catorze
categorias
e 108
itens
para
a
unidade
de
internação
(preparo
e
educação
do
paciente;
uso
de
roupas
e paramentação cirúrgica;
limpeza
e
desinfecção
de
ambientes
e
superfícies;
esterilização do instrumental cirúrgico;
cuidados
com
a
ferida
cirúrgica e
drenos;
higienização e degermação das
mãos;
condições
organizacionais; preenchimento e
organização
do
prontuário).
Coleta
de
Dados:
Todos
os
dados
foram coletados
por
dois
observadores
independentes,
no
período
de
agosto/2007
a
março/2008,
sob
supervisão
da Orientadora e da
Doutoranda,
após
a
obtenção
da
aprovação
do
Comitê
de
Ética
em
Pesquisa. Cabe destacar a Chefia de Enfermagem do local do estudo, bem como
todos os profissionais da equipe de enfermagem, tomaram ciência dos objetivos do
estudo e concordaram com sua realização. Adicionalmente foi solicitado um Termo
de Autorização para Pesquisa, assinado somente pelas enfermeiras do
ambulatório
de oncomastologia e
unidade
de internação, formalizando o início da coleta de dados. As
categorias
e
itens
referentes
aos
documentos,
estrutura
e
processo
foram avaliados e
nos
instrumentos
foi
assinalado
um
”C”
quando
em
conformidade,
“NC”
quando
não
conforme,
“CP” se
conformidade
parcial,
e “NA”
quando
não
avaliado. Os
documentos
administrativos
foram
assinalados
com
“SIM”
quando
disponíveis
e “NÃO”
quando
ausentes,
tendo
ainda
a possibilidade de se
assinalar
“NA”
quando
não
encontrados e,
portanto,
não
avaliados. A
análise
das
observações
realizadas evidenciou
que
os
dois
observadores
foram consistentes e concordantes
entre
si
e os
resultados
são
apresentados
em
conjunto
de
forma
descritiva.
Resultados:
Avaliação estrutural –
documentos:
o
documento
que
contém as
recomendações
para
a
prevenção
e o
controle
de
infecções
(MCEH)(21) está
em
consonância
com
as
evidências
da
literatura
no
que
se refere às
recomendações
de
práticas
para
prevenção
de ISC,
com
destaque
para
a
organização
e
detalhamento
de
suas
recomendações,
oferecendo uma
excelente
base
de consulta
para
a
elaboração
de
documentos
complementares.
Com
relação
ao
documento
que
descreve os procedimentos
que
padroniza as
rotinas
assistenciais e administrativas de
enfermagem
(MPE)(22),
disponível
na
Intranet
institucional,
embora
oriente
a
prática
de
enfermagem,
não
atende todas as
recomendações
referentes
à
prevenção
de ISC. Do
total
das
recomendações
preconizadas, o MCEH abrange 84% de
todos
os
itens
avaliados,
mas
somente
27%
são
encontradas no MPE. Excluindo-se os
documentos
administrativos
o MCEH atinge 96% de
concordância
com
a
literatura.
Inversamente,
somente
31% das
recomendações
estão explicitadas no MPE e 11
itens
(8%),
diretamente
relacionados à
prevenção
de
infecções,
não
foram encontrados e
portanto
não
avaliados (procedimentos
sobre
limpeza
e
desinfecção
de
superfícies
e
sobre
guarda,
armazenamento e acondicionamento de
materiais
e instrumental estéreis). O
fato
de
não
encontrá-los no MEP
não
significa necessariamente
sua
inexistência,
entretanto,
é
relevante
por
ser
esta a
base
de
informações
que
deveria
reunir
os
documentos
que
direcionam a
prática
e
atividades
de
enfermagem.
Das
recomendações
avaliadas
para
prevenção
de ISC
nos
períodos
pré, e
pós-operatório
50%;(n=71/142) e 52 (37%)
respectivamente
estavam
somente
no MCEH, 18 (13%)
em
ambos,
e 1 (1%)
somente
no MPE e se referia ao procedimento de
enfermagem
sobre
cuidados
com
drenos
de
sucção
a
vácuo
(manuseio
com
técnica
asséptica;
curativos).
As
recomendações
sobre
a higienização das
mãos
estão
presentes
em
34 (24%)
nos
documentos
pesquisados, perfazendo 11% dos
itens
nas duas
bases
consultadas e
em
7%
exclusivamente
no MCEH. A
recomendação
sobre
educar
paciente
e
família
sobre
os
cuidados
apropriados
com
a
incisão
cirúrgica e
drenos,
sobre
sintomas
de ISC e da
necessidade
de relatá-los ao
médico
foi encontrada
exclusivamente
no MCEH e algumas
medidas
de
prevenção
de ISC do MPE constam
apenas
como
recomendações
ao
final
do
documento
e
não
como
etapas
do procedimento.
Avaliação estrutural –
área
física
do
ambulatório
de oncomastologia e
unidade
de
internação:
O
ambulatório
de oncomastologia localiza-se
em
duas
casas
conjugadas, cujas
dependências
foram adaptadas
para
o atendimento das
pacientes.
Estão
disponíveis
recursos
para
investigação
e procedimentos,
com
finalidade
diagnóstica
e
terapêutica,
além
de serem realizados os encaminhamentos, agendamentos cirúrgicos e
seguimento
pós-operatório.
Este
setor
conta,
ainda,
com
a
estrutura
e as
instalações
do
centro
cirúrgico do
hospital
universitário
ao
qual
está vinculado,
local
onde
são
realizados os procedimentos cirúrgicos de
maior
porte
(setorectomia, quadrantectomia,
mastectomias
e outras). O
setor
conta
com
um
enfermeiro
e
dois
auxiliares
de
enfermagem,
em
regime
de
seis
horas
de
trabalho
diárias;
dois
técnicos
de Raio-X;
dois
assistentes
administrativos
e
um
funcionário
de
limpeza.
A
equipe
médica
conta
com
vinte
médicos
assistentes
e
oito
residentes
que
também
atuam na
Unidade
de
Internação,
mediante
escala
de
revezamento.
A
área
física
dispõe de
quatro
consultórios
médicos;
uma
sala
de procedimentos;
dois
mamógrafos e
dois
aparelhos
de
ultra-som,
não
há
consultório
de
enfermagem.
Os resultados evidenciaram que a estrutura estava em conformidade em 53,4% dos
146 itens avaliados. Dentre as principais categorias que não estavam em
conformidade (37%), destacam-se as condições de conservação do ambiente e
segurança (6,2%) e condições para lavagem das mãos nos consultórios, salas de
procedimento e exames (8,9%).
Na
unidade
de
internação
de
ginecologia,
que
possui
enfermarias
de
dois
a
quatro
leitos,
estão alocados
quatro
enfermeiros
e quinze
técnicos/auxiliares
de
enfermagem
divididos
em
quatro
turnos
mediante
escala,
além
de
um
funcionário
de
limpeza.
Da
mesma
forma,
a
estrutura
física
não
possuía
instalações
completamente
adequadas, determinando não conformidades nos mesmos quesitos da unidade
ambulatorial, sendo 7,2% e 11,1% nos itens ambiente e segurança e higienização
das mãos, respectivamente, perfazendo um total de 45,2% de não conformidades nos
126 itens avaliados. Entretanto, foi executada uma reforma
completa
nesta unidade de
modo
a adequar-se aos
padrões
exigidos
por
lei.
Diante
do preconizado
para
garantir
a
segurança
do
paciente,
a
qualidade
no atendimento e
dar
condições
para
o
profissional
realizar
suas
atividades
e
com
base
nos
achados
durante
as
observações,
foi
possível
constatar
que
existem
oportunidades
de melhoria na
estrutura
dos
locais
pesquisados,
particularmente
no
que
se refere: a higienização das
mãos
(número
e
distribuição
das
pias
e
área
para
degermação das
mãos,
indisponibilidade de
álcool
gel;
lixeiras
e
torneiras
de
comandos
manuais),
conservação
do
ambiente
e
segurança
(condições
inadequadas
para
acesso
de
portadores
de
deficiência
física,
guarda
de
peças
e
fragmentos
para
anátomo-patológico,
expurgo,
lixo,
material
de
limpeza,
estoque
de
material
estéril,
impressos,
equipamentos
e
material
de
consumo).
Avaliação do
Processo
Assistencial –
ambulatório
de oncomastologia e
unidade
de
internação
de
ginecologia:
no
ambulatório
de oncomastologia 30,1% dos itens estavam em conformidade. Entretanto, foram
observados 31% de conformidade parcial e 23% de não conformidades, dentre as
quais destacaram-se a higienização das mãos, degermação pré-cirúrgica;
descarte
de
resíduos
sólidos;
fluxo
cruzado
entre
material
contaminado e
estéril;
utilização
insegura
de
materiais
elétricos
com
risco
de
fogo
cirúrgico (bisturi
elétrico);
não
conformidade
na
técnica
asséptica
para
realização
de
punções
e
curativos;
ao
processo
educacional
e de
orientações
da
paciente
e
família;
na sistematização da
assistência
de
enfermagem,
realização
de
curativos
e outras
intervenções
de
enfermagem,
com
prejuízo
ao
processo
educacional
e
seguimento
de
eventuais
complicações; no
processo
de
desinfecção
e encaminhamento de instrumentais
para
esterilização; na continuidade do
fluxo
de
comunicação
entre
profissionais
de
enfermagem
do
ambulatório
com
a
unidade
de
internação,
ocasionando
falhas
no
seguimento
de
enfermagem;
ausência
de avaliação sistematizada da
ferida
cirúrgica e
critérios
para
ISC
não
são
conhecidos
por
toda
a
equipe;
no
processo
de
identificação,
guarda,
armazenamento e acondicionamento de
peças
para
exames
anatomopatológicos
sujeito
a
riscos
de
perda
ou
erros
de
identificação.
Na
Unidade
de
Internação,
57,4% dos
itens
avaliados estavam
em
conformidade
com
as recomendações. Porém, encontrou-se 14,8% de
conformidades
parciais e 11,1% de não conformidades em
importantes
etapas do processo assistencial,
tais
como:
higienização das
mãos;
utilização
de
adornos
(ex. anéis);
manutenção
da
técnica
asséptica
durante
a
realização
de
curativos
no
pós-operatório;
retirada
do
curativo
(enfaixamento)
em
tempo
menor
que
24h
após
a
cirurgia;
processo
não
sistematizado de
educação
do
paciente
família
sobre
os
cuidados
com
drenos
após
a
alta,
avaliação da
ferida
operatória
e
identificação
de
sinais
de ISC;
desconhecimento
ou
baixa
procura
pelo
MPE e MCEH
como
fonte
de
referência
para
a
prática;
ausência
de
restrição
à
circulação
e
número
de
pessoas
durante
a
realização
de
intervenções
de
enfermagem;
antibioticoterapia mantida
até
o
retorno
no ambulatório
em
sete
dias;
não
há sistematização dos
registros
de
enfermagem
nos
atendimentos e
retornos,
o
prontuário
traz poucas
informações
para
o
seguimento
das
pacientes
e
são
de
difícil
legibilidade.
Discussão:
A
ISC
ainda
se constitui uma das
principais
causas
de morbidade
em
pacientes
cirúrgicos e estima-se o
custo
com
a
assistência
hospitalar
em
U$2.500.000(24-26). Os
índices
prévios
nos
locais
da
pesquisa,
(14,1 a 22%)(3-4) apontaram a
necessidade
de se
avaliar
as
condições
estruturais e processuais
em
que
as
cirurgias
oncológicas de
mama
são
realizadas.
Recentes
publicações(13,25) evidenciam
que
os
resultados
obtidos neste
estudo
têm
impacto
na
prevenção
e
controle
da ISS. A
Organização
Mundial de
Saúde
(OMS) recomenda a higienização e degermação das
mãos,
o
uso
judicioso
de
antimicrobianos,
a
preparação
da
pele
no
pré-operatório,
a
desinfecção
e esterilização de instrumentais, os
cuidados
com
a
ferida
operatória,
além
da monitoração das
taxas
de ISS e
adoção
de
práticas
de avaliação e melhoria contínuas de
qualidade,
como
fundamentais
para
prevenir
as ISS(13).
Embora
seja
possível
compreender
as
limitações
de
ordem
econômica
para
resolução
completa
de todas as
não
conformidades
apontadas, a
análise
dos
resultados
demonstra
que
ajustes
devem
ser
realizados na
estrutura
e no
processo
assistencial,
particularmente
no
que
se refere à higienização das
mãos,
fluxo
de reprocessamento de instrumentais,
cuidados
com
a
ferida
cirúrgica e
educação
do
paciente.
Atualmente
a higienização das
mãos
é considerada a
mais
importante
medida
para
prevenção
da
disseminação
de patógenos
nos
serviços
de
saúde(27),
assim,
face
os
resultados
obtidos no
ambulatório
de oncomastologia e
com
base
na
literatura
consultada recomenda-se(2,13,19,25-29)
revisar
e
adequar
a
estrutura
física
para
realização
adequada da higienização das
mãos,
considerar
a
oferta
de dispensadores de
álcool
gel
nos
consultórios,
salas
de procedimentos,
com
cartazes
e
folhetos
afixados
para
alertar
os
profissionais
de
saúde,
assim
como
lixeiras
com
tampa
acionada
por
pedal;
definir
local
exclusivo
para
degermação das
mãos
da
equipe;
revisar
a
forma
de
identificação
e
armazenar
amostras
de anatomopatológico
em
local
exclusivo;
fluxos
de
circulação
de instrumentais estéreis e
sujos;
instituir
avaliação sistematizada da
ferida
cirúrgica,
com
critérios
definidos
para
caracterização
de ISC(2) e
treinar
toda
a
equipe(28-29);
estabelecer
um
espaço
físico
para
consultas de
enfermagem
e
agenda
que
permita a avaliação de todas as
pacientes,
particularmente
por
se
tratar
de
um
serviço
em
que
as
ações
de
educação
e
orientação
das
pacientes
e
familiares,
feitas
pelas enfermeiras,
são
de
grande
importância,
pois
além
de tratar-se de
um
diagnóstico
de
grande
impacto,
a
dinâmica
de
alta
precoce
demanda
maior
investimento
nos
aspectos
educacionais
das
pacientes.
Na
unidade
de
internação,
recomenda-se a
criação
de
áreas
exclusivas
para
expurgo
e
depósito
de
material
de
limpeza;
sistematizar
a
realização
dos
curativos
com
pelo
menos
24h de
pós-operatório;
revisar
os
cuidados
com
o
dreno
com
enfoque
na
manutenção
do
sistema
fechado de
drenagem;
sistematizar
o
processo
educacional
das
pacientes
e
familiares,
com
definição
do
conteúdo
mínimo,
forma
e
momento
em
que
as
intervenções
educacionais
serão
realizadas;
disponibilizar
material
educacional
de
apoio,
sobre
cuidados
com
a
ferida
cirúrgica
após
alta,
com
informações
relevantes
e
em
linguagem
adequada ao
grau
de
compreensão,
para
ser
entregue
às
pacientes.
Para
melhoria da
comunicação
e
integração
dos
profissionais
que
atendem estas
pacientes,
recomendada
pela
OMS(13)
para
tornar
as
cirurgias
mais
seguras, recomenda-se
revisar
o
processo
de
referência
e contra-referência
entre
o
ambulatório
de oncomastologia e a
unidade
de
internação;
implantar
impresso
de
enfermagem
que
permita o
registro
das
informações
importantes
para
o
cuidado
em
todas as
etapas
(pré, trans e
pós-operatório)
a
fim
de
facilitar
a
análise
e
seguimento
das
pacientes;
estabelecer
fóruns
de
discussão
interdisciplinar, envolvendo as duas
áreas,
para
discussão
dos
casos
complexos
e
com
diagnóstico
de ISC e,
por
fim,
instituir
a notificação dos
casos
de ISC
como
evento
adverso
ao
paciente,
seguido de
auditoria
com
coleta
de
dados
para
melhor
compreensão
dos
pontos
frágeis do
processo
e monitoração dos
casos.
Conclusões:
Esta
pesquisa
possibilitou a
identificação
de
importantes
fatores
de
estrutura
e
processo
assistencial de
enfermagem
que
impactam
negativamente
a
prevenção
e o
controle
das
infecções
de
sítio
cirúrgico de
pacientes
submetidas à
cirurgia
oncológica
de
mama.
Embora
a
documentação
normativa institucional esteja
em
consonância
com
o preconizado
pela
literatura,
os
processos
assistenciais avaliados atendem
parcialmente
aos
padrões
recomendados, destacando-se a
lavagem
das
mãos,
o
uso
racional
de
antimicrobianos,
a sistematização da
realização
de
curativos
pós-operatórios
e a
educação
de
pacientes
como
processos
que
apresentam
oportunidades
de melhoria.
Estes
resultados
apontam a
necessidade
de
revisar
o
processo
de
enfermagem
e a
adequar
a
estrutura
a
fim
de
que
os
padrões
de
prevenção
e
controle
da
infecção
de
sítio
cirúrgico sejam atendidos. É
importante
destacar
que
as
informações
obtidas subsidiarão
um
projeto
de
intervenção
educativa,
a
ser
desenvolvido
em
parceria
com
a
Diretoria
Médica
do
ambulatório
de oncomastologia e
Diretoria
de
Enfermagem
do
hospital,
com
a
proposta
de
revisar
o
processo
assistencial e
sistematizar
as
intervenções
de
enfermagem
para
prevenção
e
controle
de ISC
nos
setores
envolvidos na
pesquisa.
Esta
etapa
encontra-se
em
fase
de modelagem.
Considerações
Finais:
Uma
das
limitações
para
realização
do
estudo
foi a
observação
direta
dos procedimentos relacionados ao
processo
assistencial e de
enfermagem,
em
função
do
potencial
viés
pela
presença
dos
observadores,
aspecto
contornado
pela
sua
inserção
nas
atividades
cotidianas da
unidade
e
pela
realização
de
mais
de uma
observação,
da
mesma
equipe
da
enfermagem,
em
períodos
diferentes.
Considerou-se,
ainda,
que
por
ser
um
campo
de
pesquisa
ligado a
um
hospital
universitário
a
presença
de
alunos,
seja de
graduação
ou
pós-graduação,
é uma
situação
comum
que
não
comprometeria
coleta
dos
dados.
Além
disso,
face
aos
resultados
obtidos é
possível
supor
que
prolongar
o
tempo
e,
conseqüentemente
o
número
de
observações,
não
necessariamente influenciaria os
resultados.
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Acesso
em:
20 out.2008
Contribuição
dos
autores:
Concepção
e
desenho:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Maria Gaby Rivero de Gutiérrez;
Análise
e
interpretação:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Maria Gaby Rivero de Gutiérrez;
Escrita
do
artigo:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Larissa Christiane Pawluk;
Revisão
crítica
do
artigo:
Maria Gaby Rivero de Gutiérrez; Luis Henrique Gebrim e Gil Facina; Coleta dos
dados:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Larissa Christiane Pawluk;
Aprovação
final
do
artigo:
Maria Gaby Rivero de Gutiérrez, Luis Henrique Gebrim e Gil Facina;
Provisão
de
pacientes,
materiais
ou
recursos:
Luis Henrique Gebrim, Gil Facina e Maria Gaby Rivero de Gutiérrez; Expertise
em
estatística:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Maria Gaby Rivero de Gutiérrez;
Obtenção
de
suporte
financeiro:
Maria Gaby Rivero de Gutiérrez e Lucia
Marta
Giunta da Silva;
Pesquisa
bibliográfica: Lucia
Marta
Giunta da Silva;
Suporte
administrativo,
logístico e
técnico:
Lucia
Marta
Giunta da Silva e Maria Gaby Rivero de Gutiérrez.
Endereço
para
correspondência:
Lucia
Marta
Giunta da Silva.
Rua
Deputado
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no. 625/92-B. Morumbi –
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Paulo – SP. CEP: 05706-290.
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