Validate an educative video for the promotion of the attachment between puerperal HIV-infected and their children.

Validação de um vídeo educativo para a promoção do apego seguro entre mãe soropositiva para o HIV e seu filho.

Régia Christina Moura Barbosa* ;  Dra. Ana Karina Bezerra Pinheiro**

* Doutoranda em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil.** Orientadora. Professora Doutora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil.

Situação problema e sua significância

A puérpera soropositva para o vírus da imunudeficiência humana (HIV) necessita além de se adaptar ao papel de mãe, lidar com questões delicadas como a não amamentação, o isolamento, a discriminação e o estigma que sofre tanto por si mesma, pelos familiares como pela equipe de saúde que presta cuidados.

Essas mulheres precisam de uma assistência que garanta meios de superação dos problemas vivenciados e desenvolva estratégias de enfrentamento1. Ela precisa ser orientada quanto ao preparo; a oferta do leite; cuidados que ela deverá ter com suas mamas para prevenir complicações; além de um apoio direcionado a estar mais próxima de seu filho, contribuindo para o desenvolvimento de sua sensibilidade enquanto mãe, garantindo a relação de apego com seu filho.

O apego é um mecanismo básico dos seres humanos2. Ou seja, é um comportamento biologicamente programado, como o mecanismo de alimentação e da sexualidade. O papel do apego na vida dos seres humanos envolve o conhecimento de que uma figura de apego disponível vai oferecer respostas, proporcionando um sentimento de segurança que é fortificador da relação.

No que diz rspeito as interações adversas da mãe soropositiva e o desenvolvimento precoce de seus bebês, as mães soropositivas têm a sensibilidade materna prejudicada, o que é ocasionado principalmente pelo fato dessas mulheres não poder amamentar. As reações dessas mães são desfavoráveis à interação com os seus bebês, dificultando o estabelecimento de um apego seguro.

O simples fato da criança está sob algum risco de vida ou diante de uma doença incurável, podemos dar ênfase ao vírus HIV, pode despertar na mãe sentimentos de intensa culpa e profunda tristeza, prejudicando o surgimento da sensibilidade materna e, conseqüentemente, de apego3.

Verificamos a importância da educação em saúde como instrumento para mudança de atitude e consequentemente para a promoção da saúde mãe soropositiva para o HIV e criança exposta.

A educação em saúde pode ocorrer a partir de várias estratégias, sendo uma delas a utilização de vídeos educativos que têm como objetivo principal passar uma mensagem que estimule o desenvolvimento do conteúdo abordado e a atenção das participantes, tendo em vista que imagem e som são recursos bastante eficientes que ajudam a captar a informação.

Questão norteadora

Considerando os benefícios da educação em saúde, questionou-se: qual a influência da utilização de vídeo educativo associado à experiência prática durante o puerpério imediato para a promoção do apego seguro entre puérpera HIV positiva e seu filho?

Objetivos

GERAL: Validar um vídeo educativo para a promoção do apego entre puérperas soropositivas para o HIV e seus filhos.

ESPECÍFICOS: Construir um vídeo educativo para a promoção do apego entre puérperas soropositivas para o HIV e seus filhos; Avaliar o conteúdo e características técnicas do vídeo educativo; Verificar os efeitos da utilização do vídeo educativo para o apego entre puérpera soropositiva para o HIV e seus filhos.

Metodologia

Este estudo será experimental, do tipo ensaio clínico randomizado. Será realizado em um hospital público, referência em obstetrícia, no Estado do Ceará. A pesquisa será desnvolvida em quatro fases: desenvolvimento do roteiro do vídeo educativo; Avaliação do roteiro do vídeo; Gravação do vídeo; Intervenção de Enfermagem à puérpera soropositiva para o HIV por meio do vídeo educativo e experiência prática; Avaliação quantitativa e qualitativa da interação mãe-bebê. Serão estabelecidos critérios para a seleção dos especialistas técnicos e de conteúdo que avaliarão o roteiro. Nas fases de intervenção e avaliação participarão mulheres puérperas soropositivas para o HIV que tenham tido seus filhos  na instituição escolhida para desenvolvimento do estudo no período da coleta de dados estabelecido entre abril e setembro de 2008 as quais serão selecionadas randomicamente para o grupo controle e o grupo de intervenção. Para a avaliação da interação, adotaremos o Protocolo de Observação da Interação Mãe-bebê de 0 a 6 meses, proposto por Schermann (2007).

Bibliografia de Referência

1. Vasconcelos, SG et al  The perception of pregnant women dealing with HIV infection - an exploratory study. Online Brazilian Journal of Nursing. [ISSN 1676-4285];[cited 2006]; 5(1).  Available from: http://www.uff.br/objnursing/index.php/nursing/article/view/61/19

2. Bowlby, J. Uma base segura. Porto Alegre, Ed: Artes Médicas, 1989.

3 Schermann, L et al. Sensibilidade e Aleitamento Materno em díades com recém-nascidos de risco. Estudos de psicologia, 10 (2), 270 -285p, 2005.

4.  Schermann, L. Avaliação quantitativa e qualitativa da interação mãe-bebê. In: PICCINI, C. A (ORG). Observando a interação pais-bebê-criança. São Paulo: casa do psicólogo, 2007.

DADOS DO PROJETO Projeto de tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará aprovado em 30/10/2007 pela banca composta por Prof. Dra. Ana Karina Bezerra Pinheiro (Orientadora), Prof. Dra. Thelma Leite de Araújo (1° membro), Prof. Dra. Patrícia Neyva da Costa Pinheiro (2° membro).

Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará - (UFC) com número de protocolo 21/08

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