Isabel Cruz, RN, PhD. OBJN Editor

picture by Paulinho Ganaê


To be SEER 1.0 or not to be SEER 2.0? That is one of a few questions

SEER 1.0 ou SEER 2.0? Eis uma das questões.

 Profª Drª Isabel C.F. da Cruz*

*Editora do Online braz j of nurs; Coordenadora do Programa de Mestrado Profissional Enfermagem Assistencial, UFF, RJ, Brasil.

Abstract:  The intent of this editorial is to share the fears related to the migration to a new version of the OJS/PKP and to highlight the strengths of the OBJN with the use of the OJS. The editorial also poits out many questions related to the contribuition of the OBJN to the scholars as well as quastions that includ the critical issues of time, costs, and planning.

Keywords: peer-review, research; publishing; journalism

Resumo: O editorial compartilha os medos relacionados a migração para uma nova versão do softwares de gerência editorial. Assim como as questões relacionadas aos custos monetários e valores do periódico.

Palavras-chave: revisão por pares; publicação; jornalismo

 

Um pouco antes deste número ser publicado, você viveu comigo um período de testagem de um novo sistema. Voltamos a istema antigo enquanto nos preparamos para retomar o novo. Gostaria que você me acompanhasse neste pensar alto sobre a trajetória e o valor (afetivo, monetário e científico do OBJN).

O Online Brazilian Journal of Nursing nasceu no século XXI, eletrônico, baseado na web. Quando ainda surfava nas primeiras ondas do correio eletrônico e de publicação web, num surto de crescimento, tornou-se online ao fazer uso da mega-multi-vitamina SEER/OJS (Open Journal System) 1.0!

Mais do que uma publicação online, ou seja, na web, o OBJN migrou do ambiente eletrônico, gerenciado pelos emails e pelos programas FTP, e mudou-se de mala, cuia e laptop para  a galáxia web (Serei sempre grata a Prof. Dr. Marcondes/UFF não só pela sugestão valiosíssima, mas, principalmente, pelo incentivo para seguir adiante e superar o medo de os profissionais não me acompanharem neste novo ambiente!).

O que a mudança afinal representou? De dezembro de 2005  a dezembro de 2006 publicamos 113 artigos que passaram pelo Conselho Editorial. Enquanto que de abril de 2002 a agosto de 2005 , publicamos apenas 97 artigos. Uau!

Esta diferençasó não foi mais marcante porque o OBJN era recém criado e estava em construção a confiança do meio acadêmico no periódico. Mas, na qualidade de editora, posso atestar que a facilidade e a agilidade adquiridas para o processo editorial foram determinantes neste salto.

O processo editorial eletrônico sempre foi rápido, mas com o sistema online e seu dispostivo estatístico hoje sabemos que no processo editorial online o tempo médio de um manuscrito da submissão até a publicação é de 77 dias.

E aí, quando aparentemente estávamos todos (e todas) satisfeitos, ou adapatados ao SEER 1.0, eu sou apresentada ao SEER 2.0.

Criar um periódico totalmente eletrônico já foi uma ousadia. Mudar de eletrônico para online foi abrir, de forma traumática, uma fronteira. O que pode significar então migrar do SEER 1.0 para o 2.0?

Não sei. E justamente por isso migraremos. Se soubesse, talvez migrasse ou não. Se alguém soubesse,  talvez migrasse, ou não. O que temos a perder? Nada. E a ganhar?

O que poderemos ganhar com a nova versão?

1 – compartilhar o conhecimento de nações em desenvolvimento com nações desenvolvidas. Vantagem antiga que permanece.

2- é grátis. Vantagem antiga que permanece.

3- uso intuitivo. Não chega a ser uma vantagem. Mas, na versão nova o que sofremos (editora, autores e pareceristas) com a primeira não se repetirá com a nova versão. Provavelmente, teremos novos sofrimentos e angústias!

3- aceita várias formas de submissão (áudio e talvez vídeo), de revisão por pares e até de publicação. Esta vantagem é realmente nova e, por ela já vale a pena migrar. Imagine que o sistema permite que o editor, por exemplo, avalie a performance do parecerista. É possível também publicar o áudio de um manuscrito e, conforme o investimento, até um streaming!

4- Forte articulação com dispositivos de buscas na web (Google Scholar).

5- desenvolvido por universidades e pesquisadores reconhecidos na área de Ciência da Informação, tanto no Brasil quanto no exterior.

6- o custo da hospedagem e do suporte técnico é pago pela Universidade Federal Fluminense (segundo Shapiro[1], aproximadamente US$ 750,00/ano) uma vez que o OBJN nasceu como um projeto dos Núcleos de Pesquisa NEPAE-NESEN e depois foi doado ao Programa de Mestrado Enfermagem Assistencial (MPEA).

7- aceita a figura do Managing Editor. O problema é ainda a falta de intimidade dos profissionais com o sistema online e com correio eletrônico.

Ainda segundo Shapiro, a previsão de custos de um periódico online é, no mínimo, da ordem de 140 dólares por artigo (layout e revisão) mais 1.300 dólares para copidescagem e layout de um único número. Para incluir o trabalho de Editor (geralmente um professor-doutor vinculado a instituição de pesquisa), Shapiro sugere que o se considere a carga horária de uma disciplina/período letivo para cálculo da horas trabalho dispensadas na edição do periódico.

Ainda com base nas previsões de Shapiro quanto ao custo mínimo de um número de periódico online, posso afirmar que o só o volume 6, número 1, de abril de 2007, quando o OBJN completa 05 anos de existência, representa uma doação da Universidade Federal Fluminense, do PKP (Public Knowledge Project)/IBICT, do NEPAE-NESEN, do MPEA e dos pareceristas do OBJN da ordem de US$ 4.520,00. Não está incluída nesta doação o valor da hora-trabalho da Editora/Gerente, Isabel Cruz.

Mas será que um número do OBJN vale aproximadamente 5.000 dólares, apenas? 

Quanto vale para um autor ter seu relatório de pesquisa  publicado em menos de 3 meses em um periódico de circulação internacional, indexado nas mais importantes bases de dados e favoritos de instituições de pesquisa[2]?

Quanto vale para os cursos de pós-graduação em enfermagem dar visibilidade de suas produções científicas em âmbito internacional?

Quanto vale para um aluno de inciação científica vivenciar um processo editorial e publicar seu relatório em um periódico internacional?

Quanto vale para a enfermeira ou a estudante de enfermagem ter acesso fácil, rápido e gratuito a fontes de conhecimento confiáveis e válidas?

Quanto vale para um mestrando ou doutorando vivenciar o processo editorial como parecerista e, assim, desenvolver mais uma habilidade de pesquisa?

Quanto vale para o CNPq e a CAPES ter um periódico da área de enfermagem que possibilita a visibilidade da produção científica brasileira na comunidade internacional?

Sem dúvida nenhuma, assim como o trabalho desta editora, nada disso pode receber preço.

Mas, ainda que não ousemos fixar uma etiqueta, o OBJN tem custo, preço e valor. E é um presente para você.

Usufrua!

 

 


 

[1] Shapiro, L Establishing and publishing an online peer-reviewed journal: action plan, resourcing, and costs. [monograph on the Internet]. PKP, Canadá, 2005 [cited 2007 Apr 13]. Available from http://pkp.sfu.ca.

 

 

[2] Cruz, ICF da A scientific evidence: the OBJN has more quantitative and qualitative links. Online braz j nurs 2004 Ago [cited 2007 Apr 21]; 3(2). Available from: http://www.uff.br/nepae/editorialv3n2.htm

Ogum protects the roads and the internet is a virtual road. Ogum is also the god of technology.
He used the iron to create the instruments that help people to work for a better life and to build a better world. He is with us since the beginning.I pray to him to be with us always. Ogunhê!
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