PROTOCOLO DE REVISÃO

Proposta de mapeamento de instrumentos para o processo de Enfermagem junto aos clientes dermatológicos: protocolo de revisão de escopo

Flávia da Silva Gatto1, Euzeli da Silva Brandão1, Daniely Maillard Monteiro1

1Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

RESUMO

Objetivo: apresentar uma proposta de mapeamento dos instrumentos utilizados na operacionalização do Processo de Enfermagem junto a pessoas com doenças de pele nos serviços de saúde. Método: trata-se de um protocolo de revisão de escopo orientado pela metodologia do Instituto Joanna Briggs (JBI), tendo como pergunta de pesquisa: quais instrumentos estão disponíveis para a operacionalização do Processo de Enfermagem junto a pessoas com doenças de pele nos serviços de saúde? As bases de dados utilizadas serão: Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), CINAHL, MEDLINE, PubMed, Cochrane Library e Embase, além da literatura cinzenta. Não será aplicado recorte temporal, restrição de idiomas e de local dos estudos. A triagem dos estudos será realizada por dois revisores independentes e, em caso de divergências, estas serão resolvidas por consenso ou pela decisão de um terceiro revisor. Os dados serão extraídos por meio de um instrumento de coleta de dados desenvolvido para esse fim. Os resultados serão apresentados em quadros, tabelas ou fluxogramas, acompanhados de uma discussão narrativa e alinhados ao objetivo desta revisão de escopo.

Descritores: Processo de Enfermagem; Registros de Enfermagem; Pele.   

INTRODUÇÃO

As afecções cutâneas ou doenças de pele correspondem a uma variedade de alterações na pele e seus anexos, com diversas formas de apresentação, variados graus de complexidade e gravidade, e podem sinalizar a presença de distúrbios sistêmicos. Acometem pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais, causando desordens não somente no aspecto físico, mas também social, mental e espiritual(1).

O aumento das doenças de pele, no cenário mundial, tornou-se um problema de saúde pública com impactos econômicos relevantes tanto para o indivíduo quanto para a sociedade, além dos impactos negativos na qualidade de vida das pessoas acometidas(2). Somente nos Estados Unidos, as doenças cutâneas oneram os cofres públicos em mais de 39,3 bilhões de dólares por ano(3).

No território nacional, as doenças de pele estão entre as três principais causas de buscas aos serviços de saúde, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)(4). Para exemplificar, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil, possuindo 30% dos registros de todos os tumores malignos(5). Conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), em 2021, 18.318 casos novos de hanseníase foram diagnosticados no Brasil, levando o país a ocupar o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo(6). Em São Paulo uma pesquisa realizada no ano de 2017 em 855 prontuários de pacientes dermatológicos revelou entre os diagnósticos mais comuns, a acne e o melasma (11%), onicomicose (9,12%), dermatose papulosa nigra (6%), psoríase e vitiligo (4%) e queratose seborreica (3%)(3).

Diante desses dados, o cuidado destinado a essa clientela específica torna-se um desafio para os enfermeiros generalistas(7), tendo em vista a precariedade de enfermeiros especialistas em dermatologia no país, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE), apenas 80 enfermeiros foram titulados entre 2002 e 2018(8). A avaliação da pessoa com afecção cutânea exige conhecimentos específicos e especializados que vão além das competências desenvolvidas na graduação(4).

Logo, ao longo de sua trajetória profissional o enfermeiro enfrenta diversos desafios relacionados aos cuidados dermatológicos que englobam desde a prevenção até o restabelecimento da saúde da pele. Assim, a falta de cuidados específicos e individualizados com esta clientela pode contribuir com sua vulnerabilidade aos riscos biológicos, psicológicos e sociais(9).

Destarte, urge a necessidade de utilizar estratégias para nortear a avaliação integral, centrada na pessoa, pelo enfermeiro, visando facilitar a identificação dos diagnósticos de enfermagem comuns em pessoas com doenças de pele, as respectivas intervenções de enfermagem e reavaliações dos resultados alcançados, conforme preconizado na Lei do exercício profissional(10) e na Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 736/2024(11), de 17 de janeiro de 2024, que dispõe sobre a implementação do Processo de Enfermagem em todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de enfermagem.  

O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todo contexto socioambiental em que ocorre o cuidado de enfermagem, estando fundamentado em suporte teórico, que pode estar associado entre si, como teorias e modelos de cuidado, sistemas de linguagens padronizadas, instrumentos de avaliação de predição de risco validados, protocolos baseados em evidências e outros conhecimentos correlatos, como estruturas teóricas conceituais e operacionais que fornecem propriedades descritivas, explicativas, preditivas e prescritivas que lhe servem de base. Conforme destaca a Resolução nº. 736, de 17 de janeiro de 2024(11), o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes, recorrentes e cíclicas: Avaliação de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação de Enfermagem; Evolução de Enfermagem. Destas etapas, cabe privativamente ao Enfermeiro o Diagnóstico de Enfermagem e a Prescrição de Enfermagem. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem participam do Processo de Enfermagem com anotações de enfermagem, bem como na implementação dos cuidados prescritos e sua checagem, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.

Em termos legais, como disposto nas Resoluções COFEN nº 736/2024(11) e COFEN nº 429/2012(12), uma das responsabilidades e deveres dos membros da equipe de enfermagem é o registro das suas ações profissionais no prontuário ou em documentos próprios da área contribuindo assim, com a continuidade e a qualidade da assistência prestada.

A realização dos registros com riqueza de informações, então, se faz importante, pois impacta diretamente na qualidade e na continuidade da assistência prestada, na comunicação efetiva entre a enfermagem e a equipe multiprofissional e, torna-se um instrumento seguro para clientes e profissionais(13). Nesse contexto, cabe ao Enfermeiro o registro de todas as etapas do Processo de Enfermagem, e aos membros da equipe de enfermagem a anotação de enfermagem, a checagem da prescrição e a documentação de outros registros próprios da enfermagem(11), além de, contribuir fortemente para ampliar a visibilidade, o reconhecimento profissional e, a possibilidade de avaliar a prática assistencial(14-15).

Diante do exposto, realizou-se uma busca preliminar em 31 de agosto de 2023 nos bancos de dados da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), SCOPUS, Joanna Briggs Institute (JBI) Evidence Synthesis, Open Science Framework (OSF) e Cochrane Library e, não se identificou estudos de revisão, finalizados ou em andamento, sobre Processo de Enfermagem com foco no cliente dermatológico.

Considerando as repercussões do adoecimento da pele, em que o atendimento à pessoa com afecção cutânea requer uma avaliação integral e individualizada e, que as falhas na operacionalização do Processo de Enfermagem, em qualquer etapa, impactam diretamente na qualidade da assistência prestada, surge então a seguinte questão de pesquisa: quais instrumentos estão disponíveis para operacionalização do Processo de Enfermagem junto a pessoas com doenças de pele nos serviços de saúde?

Assim, o objetivo dessa revisão de escopo é apresentar uma proposta de mapeamento de instrumentos utilizados na operacionalização do Processo de Enfermagem junto a pessoas com doenças de pele nos serviços de saúde.

MÉTODO

Trata-se de um protocolo de revisão de escopo (Scoping Review), com registro na OSF sob identificação: DOI 10.17605/OSF.IO/KN6VW, orientado pela metodologia do JBI(16) e conduzido pelo checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR)(17). Esse modelo, de acordo com o manual do JBI(15), é utilizado quando se tem a intenção de explorar a amplitude da literatura, mapear e resumir as evidências e informar pesquisas futuras(16).  

Questão de pesquisa

Para elaboração da questão de pesquisa foi utilizado o mnemônico PCC, onde P significa População: pessoas com doenças de pele; C significa Conceito: instrumentos para operacionalizar o Processo de Enfermagem; e C significa Contexto: serviços de saúde.

Critérios de inclusão

Participantes

Serão considerados estudos com pessoas adultas, de ambos os sexos, com diagnóstico médico de doença dermatológica.

Conceito

Serão incluídos os estudos que abordem os instrumentos utilizados para operacionalização das etapas do Processo de Enfermagem, sejam físicos ou eletrônicos, validados ou não por especialistas.

Contexto

Serão considerados os estudos realizados nos diversos cenários e níveis de atenção à saúde, desde cuidados ambulatoriais a níveis complexos de cuidados.

Tipos de fonte

Serão consideradas, para esta revisão de escopo, as revisões sistemáticas, metanálises, ensaios clínicos randomizados e não randomizados, estudos quase-experimentais, estudos observacionais (estudos de coorte, estudos caso-controle e estudos transversais). Também serão consideradas as dissertações e teses, manuais, guideline e recomendações das sociedades de especialistas. E como fontes adicionais poderão ser acrescidos os artigos das referências dos estudos selecionados.

Não será aplicado recorte temporal, restrição de idiomas e de local dos estudos.

Critérios de exclusão

Serão excluídas as publicações não disponíveis na íntegra e/ou que não disponibilizarem o instrumento na íntegra ou sua descrição detalhada.

Estratégia de pesquisa

A estratégia de busca será realizada em três etapas, conforme preconizado pelo JBI(16) e, contará com a ajuda de uma bibliotecária. Visando a construção de uma estratégia de busca ampla, na primeira etapa foi realizada uma busca inicial em duas bases de dados on-line: MEDLINE e CINAHL, utilizando os seguintes descritores: “dermatology” AND “nursing” AND “nursing process” OR “nursing records”. Com essa busca preliminar foi possível explorar o título e o resumo de todos os artigos resgatados.

Assim durante a revisão de escopo, ou seja, na segunda etapa será utilizada pesquisa nas bases de dados: Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), CINAHL, MEDLINE, PubMed, Cochrane Library e Embase, utilizando todas as palavras-chave e termos de índice identificados na primeira etapa. Também será realizada busca na literatura cinzenta através do Google Scholar, Scientific Electronic Library Online (SCIELO), La Referencia e Oasis.br. As bases de dados e as estratégias de busca a serem utilizadas estão descritas na Figura 1.

Figura 1 – Estratégias de busca nas bases de dados. Niterói, RJ, Brasil, 2024

E, na terceira etapa, será pesquisada a lista de referências das publicações identificadas e incluídas na revisão. Caso seja necessário, os revisores poderão contatar os autores de fontes primárias ou revisões para obter mais informações.

Seleção da fonte de evidência

Os estudos resgatados nas estratégias de busca serão organizados e importados para o gerenciador de referências Endnote Web para remoção dos estudos duplicados. Em seguida serão exportados para o software Rayyan para triagem dos títulos e resumos. Os estudos elegíveis serão organizados para busca daqueles que apresentam texto completo.

A triagem desses estudos será realizada por dois revisores independentes e, em caso de divergências, serão resolvidas por consenso ou por decisão de um terceiro revisor. E estará baseada nos critérios de inclusão e de exclusão propostos nessa pesquisa.

Todo processo de revisão será acompanhado do fluxograma PRISMA-SCR, detalhando o fluxo da pesquisa.

Extração dos dados

Os dados serão extraídos dos estudos incluídos na revisão de escopo através de um instrumento de coleta de dados desenvolvido pelos autores, contendo informações consideradas relevantes: título, autores, país, idioma e ano de publicação, tipo de estudo, objetivos, contexto, participantes e tipo de instrumento utilizado para operacionalizar o Processo de Enfermagem (Figura 2).

Figura 2 – Instrumento de coleta de dados. Niterói, RJ, Brasil, 2024

Será realizado um teste piloto com 3 estudos visando garantir que todos os resultados relevantes sejam extraídos pelos revisores no preenchimento do instrumento. Caso seja necessário, os ajustes serão realizados e relatados na versão final da revisão.

Análise e apresentação dos resultados

Os dados coletados serão apresentados em quadros, tabelas ou fluxogramas acompanhados de uma discussão narrativa e alinhada ao objetivo e questão de pesquisa proposta nesta revisão de escopo.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e à Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES).

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

FINANCIAMENTO

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES). Código de Financiamento 001.

REFERÊNCIAS

1. Brandão ES, Mandelbaum MHS, organizadores. Enfermagem em dermatologia nos ciclos da vida. Curitiba: Editora CRV; 2022.

2. Svensson A, Ofenloch RF, Bruze M, Naldi L, Cazzaniga S, Elsner P, et al. Prevalence of skin disease in a population-based sample of adults from five European countries. Br J Dermatol. 2018; 178(5):1111-1118. https://doi.org/10.1111/bjd.16248

3. Sena NV, Alves AFV, Pontes LM, Silva PRS e, Amarante MS de LD, Souza MLP de, et al. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no serviço de dermatologia da BWS, São Paulo - SP. BWSJ [Internet]. 2020 [citado 2023 jul 05]. Disponível em: https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/view/74

4. Brandão ES, Urasaki MBM, Lanzillotti RS, Santo FHE, Azevedo BGB. Panorama dos cursos de especialização em enfermagem dermatológica no Brasil. Rev Enferm UERJ. 2023;31. https://doi.org/10.12957/reuerj.2023.73492

5. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019 [citado 2023 jul 04]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf

6. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de Hanseníase [Internet]. Brasília: Ministério da saúde; 2023 [citado 2023 jul 04]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim_hanseniase-2023_internet_completo.pdf

7. Brandão ES, Dos Santos I, Lanzillotti RS. Nursing care to comfort people with immunobullous dermatoses: evaluation by fuzzy logic. Rev Enferm UERJ. 2018;26:1-7. https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.32877

8. Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia. Titulados [Internet]. São Paulo: SOBENDE; 2023 [citado 2023 jul 10]. Disponível em: http://sobende.org.br/titulados

9. Brandão ES, Urasaki MBM, Tonole R. Reflexões sobre competências do enfermeiro especialista em dermatologia. RSD. 2020;9(11):e63591110439. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10439

10. Brasil. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Diário Oficial da União [Internet]. 1986 [citado 2022 jan 03]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7498.htm

11. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº. 736, de 17 de janeiro de 2024. Dispõe sobre a implementação do Processo de Enfermagem em todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de enfermagem [Internet]. Brasília: Cofen; 2024 [citado 2024 abr 02]. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/

12. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº. 429, de 30 de maio de 2012. Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico [Internet]. Brasília: Cofen; 2012 [citado 2022 nov 04]. Disponível em: https://cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4292012_9263.html

13. Silva VA, Mota RS, Oliveira LS, Carvalho CM, Magalhaes LGS. Auditoria da qualidade dos registros de enfermagem em prontuários em um hospital universitário. Enferm foco [internet]. 2019; 10 (3): 28-33. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2019.v10.n3.2064

14. Nascimento ACG. Registros de enfermagem como subsídio para auditoria assistencial [trabalho de conclusão de curso na internet]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2020 [citado 2023 nov 30]. 81 p. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/218608

15. Silva AM, Colaço AD, Vicente C, Bertoncello KCG, Amante LN, Demetrio MV. Perceptions of nurses about the implementation of the nursing process in an intensive unit. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42:e20200126. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200126

16. Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Munn Z, Tricco AC, Khalil, H. Chapter 11: Scoping Reviews (2020 version). In: Aromataris E, Munn Z, editores. JBI Manual for Evidence Synthesis [Internet]. Adelaide: JBI; 2020 [citado 2023 nov 30].  Disponível em: https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL/355863557/Previous+versions. https://doi.org/10.46658/JBIMES-20-12

17. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O'Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): Checklist and Explanation. Ann Intern Med. 2018. https://doi.org/10.7326/M18-0850

Submissão: 02-Nov-2023

Aprovado: 04-Maio-2024