PROTOCOLO DE REVISÃO

Cuidados de enfermagem ao paciente adulto com drenagem torácica: protocolo de scoping review

Elisiane Goveia da Silva1, Bárbara Rodrigues Araujo1, Tainara Wink Vieira1, Rita Catalina Aquino Caregnato1

1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil

RESUMO

Objetivo: mapear os cuidados de enfermagem empregados aos pacientes adultos com drenagem torácica internados em terapia intensiva. Métodos: scoping review a ser conduzida conforme o Joanna Briggs Institute, com a seguinte questão de pesquisa: “quais são os cuidados de enfermagem indicados aos pacientes adultos com drenagem torácica internados em terapia intensiva?”. A busca será desenvolvida em cinco bases de dados: Pubmed, Scopus, Embase, BVS e Web of Science, e os achados serão geridos com o auxílio do software Rayyan. Serão incluídos estudos quantitativos e qualitativos, artigos de revisão, dissertações, teses, diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos sobre a temática, incluindo a literatura cinzenta. Será descrito o número total de fontes de evidência encontradas e selecionadas. Através de uma narrativa, será detalhado o processo de decisão da inclusão dos estudos. Os principais achados deverão estar descritos em consonância com o objetivo e os resultados relacionados à questão de pesquisa.

Descritores: Tubos Torácicos; Cuidados de Enfermagem; Unidades de Terapia Intensiva.

INTRODUÇÃO

A drenagem torácica consiste na instalação de um dreno tubular na cavidade pleural, com finalidade de drenar o conteúdo anômalo do espaço pleural, visando a reexpansão pulmonar. Conecta-se o dreno a um frasco redutor, funcionando com um sistema de selo d’água, responsável por armazenar o conteúdo drenado, ou quando há borbulhamento, proporcionar a saída de ar do espaço pleural. Um segundo frasco poderá ser acoplado ao sistema e ligado a uma rede de aspiração contínua, buscando aspirar de modo controlado e ajudar a manter o equilíbrio da pressão negativa intratorácica(1,2).

É considerado um método seguro e eficaz, utilizado para procedimentos eletivos e/ou de emergência no tratamento de complicações pulmonares, tais como: pneumotórax, hemotórax, derrame parapneumônico complicado, empiema, quilotórax(3) e no pós-operatório de cirurgias torácicas e mediastinais.

O advento da pandemia decorrente do SARS-CoV-2 (Coronavírus-2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave), elevou o número de pacientes que necessitou de ventilação mecânica provocando, dentre tantas outras complicações, um impacto no número de pacientes que apresentaram pneumotórax(4,5) e, consequentemente, a necessidade de drenagem torácica. Embora a ventilação mecânica seja uma tecnologia fundamental para a manutenção da vida, seu uso prolongado e a necessidade de aplicação de altos valores de pressões ventilatórias pode ocasionar lesão nas estruturas pulmonares, bem como evoluir para complicações severas(3).

Dentre as principais complicações, da drenagem de tórax destacam-se: infecção, mau posicionamento do dreno, remoção acidental, obstrução, enfisema, sangramento e exteriorização, que podem levar ao aumento do tempo de internação ou dos índices de morbidade ou mortalidade(6).

Estudo descritivo(6), brasileiro, com o objetivo de identificar os fatores preditores de complicações da drenagem de tórax em pacientes vítimas de trauma apontou as principais complicações, a saber: mau posicionamento do dreno com necessidade de novo procedimento, hemotórax/pneumotórax residual, pneumonia e infecção, e permanência do orifício fora da cavidade torácica. Dados do mesmo estudo(6) apontam ainda que a taxa de complicações foi de 26,5%, com destaque para o mau posicionamento do dreno (11,77%). Outro estudo brasileiro(7), que avaliou a segurança e viabilidade de cateteres pleurais, obteve números similares, com ocorrência de complicações em 26,3% dos casos (n=19), também com destaque ao deslocamento acidental do dreno (10,5%).

Tendo em vista que a drenagem torácica é um procedimento cirúrgico, com múltiplas indicações e potenciais complicações, cabe ressaltar a necessidade de atentar para os cuidados que devem ser mantidos durante e após o procedimento de inserção do dreno(8), com vistas à eficácia do tratamento e a prevenção de complicações. A enfermagem atua em todas as etapas na assistência ao paciente com a drenagem torácica, sendo primordial a implementação de cuidados baseados em evidências que promovam a segurança do paciente em questão, bem como a segurança da equipe no exercício da prática profissional, minimizando a exposição a patógenos.

Pesquisadores do Nursing Department, National University Hospital, de Singapore, evidenciaram que, embora os profissionais de enfermagem acreditem na importância do treinamento sobre dreno torácico, a maioria (66,7%) não recebeu treinamento para se atualizar sobre o assunto. Além disso, cerca de 45% dos enfermeiros não sabiam ou não tinham certeza que o nível de fluido flutuante na tubulação de drenagem era indicativo de bom funcionamento do dispositivo(9).

Estudos(2,3) apontam para a falta de uniformidade das ações ou de evidência comprovada sobre as formas de manipulação dos drenos, sugerindo o desenvolvimento de pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto e a criação de instrumentos que auxiliem na prática assistencial.

Frente a essa problemática definiu-se o problema de pesquisa norteado pelo acrômio PCC, sendo: P (população) pacientes adultos com drenagem torácica; C (conceito) cuidados de enfermagem; C (contexto) terapia intensiva. Dessa forma, a pergunta formulada que irá nortear a pesquisa é: quais são os cuidados de enfermagem indicados aos pacientes adultos com drenagem torácica internados em terapia intensiva? Portanto, o objetivo desta scoping review é mapear os cuidados de enfermagem empregados aos pacientes adultos com drenagem torácica internados em terapia intensiva. Estando esse alinhado aos elementos chave que foram formulados para contextualizar a questão de pesquisa(10). A fim de evitar duplicidades de revisões para responder a uma mesma questão de pesquisa, foi realizada uma busca nas plataformas International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), Open Science Framework (OSF) e Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE), constatando-se a inexistência de protocolos ou revisões semelhantes a questão de pesquisa deste estudo, tornando ainda mais explícita a necessidade de exploração do tema(10).

MÉTODO

Trata-se de uma scoping review, a ser conduzida segundo a sistematização da Joanna Briggs Institute (JBI)(11). Considerando que as revisões sistemáticas são usadas para abordar questões mais específicas, em contraponto, as scoping review são indicadas para mapear conceitos e apresentar uma ampla visão das evidências pertencentes acerca de um determinado tópico, portanto, estratégia essa de pesquisa que demonstra afinidade com o objetivo do estudo a ser desenvolvido(12).

Com o intuito de garantir a qualidade e transparência da redação, será utilizado o guia para relatório de revisão: Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) Checklist(10). O checklist PRISMA-ScR foi publicado em 2018. A lista de verificação contém 20 itens de relatório essenciais e 2 itens opcionais para incluir em uma scoping review.

Protocolo e registro

O protocolo desta revisão foi registrado na plataforma Open Science Framework (OSF) sob o DOI: https://doi.org/10.17605/osf.io/T8RW9.

Critérios de elegibilidade

A pesquisa incluirá publicações disponíveis online, na íntegra, em português, inglês e espanhol, com recorte temporal dos últimos 10 anos. Serão incluídos estudos quantitativos, artigos de revisão, dissertações, teses, diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos sobre a temática. A literatura cinzenta também será considerada, sendo selecionados materiais, tais como: listas de referências a partir dos estudos encontrados, órgãos e instituições nacionais e internacionais que tenham desenvolvido protocolos e diretrizes, como, por exemplo, materiais disponibilizados em sites de organizações governamentais (Ministério da Saúde, Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e de Organizações Não-Governamentais (ONGs): Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Society of Thoracic Surgeons (STS), American Thoracic Society (ATS) e artigos encontrados na ferramenta Google Scholar(10). A estratégia de busca para esta pesquisa permanecerá aberta, desta forma, poderá ser adaptada no desenvolvimento da pesquisa, à medida que as listas de referência de todas as fontes de evidência incluídas forem analisadas para uma possível inclusão de estudos adicionais.

A estrutura Participantes, Conceito e Contexto - PCC será considerada e está descrita a seguir:

Participantes

Adultos em uso de drenagem torácica em ambiente de terapia intensiva.

Conceito

Cuidados de enfermagem a serem empregados aos pacientes adultos com drenagem torácica, com ênfase nas seguintes categorias: montagem e manutenção dos diferentes sistemas de drenagem torácica; ordenha do dreno e extensores; avaliação, transporte e mobilização do paciente com drenagem torácica; prevenção de infecções e manutenção do sistema nos casos de pacientes em precauções respiratórias e/ou de contato; registro das informações em prontuário; diagnósticos, intervenções e todos os resultados relacionados ao paciente com drenagem torácica.

Contexto

Terapia intensiva, sem restrições relacionadas ao país de condução do estudo.

Serão excluídos estudos do tipo editorial, carta ao editor, artigos de opinião e estudos duplicados nas fontes de dados. Os artigos que não respondem à questão de pesquisa ou que tenham foco em pediatria ou em animais serão, da mesma forma, excluídos.

Fontes de informações

A busca será desenvolvida nos meses de setembro a dezembro de 2022, nas bases de dados Pubmed, Scopus, Embase, BVS e Web of Science.

Estratégia de busca

Inicialmente realizou-se uma busca no Google Acadêmico sobre o tema de pesquisa para o registro das palavras relevantes contidas nos títulos e resumos de artigos, posteriormente usadas para definição dos descritores. Por conseguinte, foram selecionados os descritores controlados existentes nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), juntamente com descritores não controlados relacionados à temática (Figura 1).

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

Figura 1 – Descritores controlados e não-controlados para estratégia de busca. Porto Alegre, RS, Brasil, 2022

A fim de proporcionar a replicabilidade da pesquisa foi definida a estratégia de busca(10). Essa foi desenvolvida por uma das pesquisadoras e revisada por um bibliotecário, com a combinação dos descritores definidos anteriormente, utilizando os operadores booleanos AND e OR. Além disso, a estratégia foi adaptada de acordo com as particularidades de cada fonte de dados e/ou fonte de informação incluída (Figura 2).  

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

Figura 2 – Estratégia de busca conforme base de dados. Porto Alegre, RS, Brasil, 2022

Seleção dos Estudos

Após a pesquisa, todos os registros identificados serão transportados e agrupados no software Rayyan(13). Nesta ferramenta é possível estratificar os itens de acordo com cada etapa da ordem de seleção, cumprindo com as recomendações metodológicas deste protocolo.

Processo de mapeamento dos dados

Inicialmente, os pesquisadores realizarão um teste em dois ou três artigos para garantir a confiabilidade dos dados(10). A busca será realizada por pares, mantendo o rigor metodológico, com estratégia blindada. Nas situações em que ocorram divergências entre os dois pesquisadores, será realizada reunião entre os colaboradores para estabelecer o consenso, caso não haja consenso um terceiro revisor será incluído. Em relação aos materiais disponíveis na literatura cinzenta, será realizada a leitura dos títulos, objetivos e resumo/apresentação. Contudo, a leitura na íntegra destes estudos poderá ser determinada pelos colaboradores envolvidos.

Itens de dados

Os dados extraídos incluirão detalhes sobre o autor, ano, país de origem, objetivo do estudo, desenho, cenário, população e tamanho da amostra, cuidados com drenagem torácica e principais descobertas relevantes para o objetivo da revisão. Quaisquer divergências que surjam entre os revisores serão resolvidas por meio de discussão ou com um terceiro revisor, se apropriado. Os autores dos artigos serão contatados para solicitar dados ausentes ou adicionais, quando necessário. As modificações serão detalhadas na scoping review completa(10).

Avaliação crítica de fontes individuais de evidência

Conforme o PRISMA-ScR as revisões de escopo geralmente são conduzidas para fornecer uma visão geral das evidências existentes, independentemente da qualidade metodológica ou do risco de viés(14,15).

Análises adicionais de avaliação da qualidade das evidências, incluindo análises de sensibilidade ou de subgrupo e meta-regressão, são dispensadas neste tipo de estudo(10). Dessa forma, será apresentado um mapeamento das evidências identificadas para responder à questão da revisão ou atender aos objetivos pré-definidos. Caso os pesquisadores identifiquem a necessidade de avaliação quanto à qualidade metodológica ou risco de viés durante o desenvolvimento da pesquisa, será fornecida uma justificativa clara, alinhada aos objetivos da revisão, juntamente com uma descrição da abordagem metodológica.

Síntese dos resultados

Será descrito o número total de fontes de evidência encontradas e selecionadas. Através de uma narrativa, será detalhado o processo de decisão da inclusão dos estudos, identificando a fonte de evidências. Os principais achados deverão estar descritos em consonância com os objetivos adotados e resultados relacionados à questão de pesquisa.

Caso haja um número muito elevado de fontes de evidências para inclusão no manuscrito, os resultados poderão ser apresentados em um anexo ou arquivo complementar.

Consistente com a declaração original do PRISMA, para tornar claro o processo de seleção dos estudos e facilitar uma possível reprodução desta revisão, será desenvolvido um fluxograma detalhando das etapas de decisão de inclusão, os resultados da busca, exclusão das duplicatas, seleção das fontes, leitura dos textos na íntegra, indicação da necessidade de uma nova busca e apresentação do resumo final(10). Esta revisão alicerçará a elaboração de um protocolo assistencial de cuidados de enfermagem ao paciente adulto com drenagem torácica, que será apresentado como produto no desenvolvimento de uma dissertação de mestrado profissional.

*Artigo extraído da dissertação de mestrado “Elaboração de protocolo assistencial sobre cuidados de Enfermagem com drenagem de tórax”, apresentada à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

REFERÊNCIAS

1. Martins GS, Turrissi L, Spaziani AO, Chalub LR, Abílio C, Barbosa TC, et al. Pneumotórax espontâneo em paciente jovem: relato de caso. Rev Med Minas Gerais [Internet]. 2020 [citado 2022 Maio 20];30(esp):6. Disponível em: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2687

2. Silva LDC, Brito LL. Manipulação de drenos mediastinais e pleurais: existe evidência científica? J Manag Prim Health Care. 2016;6(1):86-102. https://doi.org/10.14295/jmphc.v6i1.236

3. Reinaldo LGC, Alencar AS, Leite CBC, Silva IM, Martins TBP, Lima MFBCN, et al. Drenagem de tórax em pacientes com COVID-19. J Cienc Saude HU-UFPI. 2021;4(1):14-23. https://doi.org/10.26694/jcshuufpi.v4i1.844

4. Ministério da Saúde (BR). Orientações sobre a intubação orotraqueal em pacientes com COVID-19 [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2021 [citado 2022 Maio 20]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/publicacoes-tecnicas/recomendacoes/orientacoes-sobre-intubacao-orotraqueal-em-pacientes-com-covid-19

5. Carvalho EA, Oliveira MVB. Safety model for chest drainage in pandemic by COVID-19. Rev Col Bras Cir. 2020;47:e20202568. https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20202568

6. Mendes CA, Hirano ES. Predictors of chest drainage complications in trauma patients. Rev Col Bras Cir. 2018;45(2):e1543. https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20181543

7. Abrão FC, Abreu IR, Cavalcanti MG, Pompa-Filho JF. Use of indwelling pleural catheters for the definitive treatment of malignant pleural effusion. J Bras Pneumol. 2017;43(1):14-7. https://doi.org/10.1590/S1806-37562016000000021

8. Anderson D, Chen SA, Godoy LA, Brown LM, Cooke DT. Comprehensive Review of chest tube management: a review. JAMA Surg Intern. 2022;157(3):269–74. https://dx.doi.org/10.1001/jamasurg.2021.7050

9. Hasselmann BNO, Ranção CS, Tavares GS, Almeida LF, Camerini FG, Paula VG. Good practices in nursing in the use of chest tubes: an integrative review. Glob Acad Nurs. 2021;2(2):e173. https://dx.doi.org/10.5935/2675-5602.20200173

10. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467-73. http://dx.doi.org/10.7326/M18-0850

11. Aromataris E, Munn Z, editors. JBI manual for evidence synthesis [Internet]. Adelaide: JBI; 2020 [citado 2022 Maio 23] Disponível em: https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL

12. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien K, Colquhoun H, Kastner M, et al. A scoping review on the conduct and reporting of scoping reviews. BMC Med Res Methodol. 2016;16(15). https://doi.org/10.1186/s12874-016-0116-4

13. Intelligent Systematic Review. Rayyan for organizations [Internet]. C2022 [citado 2022 mai 23]. Disponível em: https://www.rayyan.ai/

14. Peters MDJ, Godfrey CM, Khalil H, McInerney P, Parker D, Soares CB. Guidance for conducting systematic scoping reviews. Int J Evid Based Healthc. 2015;13:141-6. https://doi.org/10.1097/XEB.0000000000000050

15. Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Baldini C, Khalil H, Parker D. Scoping reviews. In: Aromataris E, Munn Z, editors. Joanna Briggs Institute Reviewer’s Manual [Internet]. Australia: JBI; 2017 [citado 2022 Maio 20]. Disponível em: https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL/4687342/Chapter+11%3A+Scoping+reviews

Submissão: 24/06/2022

Aprovado: 14/11/2022