ARTIGO DE REVISÃO

 

Recomendações para o preparo do paciente em pré-operatório de cirurgias cardíacas: revisão de escopo

 

Louise Constancia de Melo Alves Silva1, Alcides Viana de Lima Neto1, Kauanny Vitoria Gurgel dos Santos1, Joyce Karolayne dos Santos Dantas1, Hurana Ketile da Cunha1, Mayara Araujo Rocha1, Daniele Vieira Dantas1, Rodrigo Assis Neves Dantas1

 

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN, Brasil

 

RESUMO

Objetivo: Mapear a produção de conhecimento a respeito das recomendações para o preparo pré-operatório de qualquer tipo de cirurgia cardíaca, eletiva ou de urgência, de pacientes com idade superior a 18 anos em unidades de internação hospitalar. Método: Revisão de escopo realizada em dezembro de 2020, em 11 fontes de dados, seguindo as recomendações do Instituto Joanna Briggs, com análise de dados descritiva. Resultados: Foram selecionados e caracterizados 27 estudos, identificando-se como principais recomendações pré-operatórias de cirurgia cardíaca: a educação pré-operatória, medicações, escalas para estratificação de risco pós-operatório, treinamento muscular inspiratório e realização de exames. Conclusão: As recomendações apresentaram eficácia na estabilidade hemodinâmica, atenuação do medo e ansiedade do paciente quanto à cirurgia, de arritmias, internação hospitalar, taxa de mortalidade e complicações pós-operatórias.

 

Descritores: Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Cuidados Pré-Operatórios; Assistência Perioperatória.

 

INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte no mundo, podendo chegar a mais de 23,6 milhões de casos até o ano de 2030. No Brasil, em 2018, estimou-se 395.700 óbitos por DCV, destes, 32,2% morreram por doenças isquêmicas do coração, tendo como principal causa o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)(1-2).

A doença arterial coronariana (DAC) ocorre pela formação de depósitos de gordura nas artérias coronárias, processo conhecido como aterosclerose. A insuficiência coronariana ocasionada pela obstrução gera um quadro clínico amplo, com sintomas como a precordialgia, podendo associar-se a náuseas, vômitos, sudorese fria e lipotimia aos esforços físicos(1).

Intervenções clínicas e farmacológicas são opções de tratamento, porém quando insuficientes no controle e manutenção da saúde do cardiopata, faz-se necessário a correção cirúrgica(3). O período pré-operatório inicia-se na identificação da necessidade cirúrgica até o seu ato, sendo destinado à preparação do paciente em todos os aspectos, e neste, muitas complicações físicas e psicológicas podem ser evitadas, garantindo maior segurança na cirurgia e recuperação pós-operatória(4).

Neste sentido, reuniões, visitas pré-operatórias e avaliações cirúrgicas por uma equipe multiprofissional são essenciais para preparar o paciente cirúrgico e sistematizar os cuidados(5). Pois no período pré-operatório, objetiva-se garantir o bem-estar dos pacientes, pois estes podem desenvolver sentimentos que afetam negativamente seu estado emocional(6).

As cirurgias cardíacas apresentam-se com muita frequência. Salienta-se que a cada 1 milhão de habitantes, ocorrem cerca de 2.000 cirurgias cardíacas, anualmente, nos Estados Unidos da América e 350 no Brasil(7). As cirurgias de revascularização do miocárdio e as de implantes de valvas cardíacas, são os procedimentos cirúrgicos cardíacos mais comuns(7). Nestes tipos de cirurgias podem ser gerados ansiedade, temor, incertezas e medo(6).

É importante garantir uma assistência baseada em evidências científicas e no raciocínio clínico para os cuidados de cada paciente(6). O enfermeiro deve obter recursos humanos, materiais, conhecimentos e habilidades prévias para um preparo pré-cirúrgico de qualidade(5,7).

Este estudo justifica-se por colaborar com a comunidade científica sobre as principais recomendações multiprofissionais no preparo pré-operatório de cirurgias cardíacas para pacientes adultos em unidades de internação. Torna-se benéfico para a assistência em saúde por oferecer recomendações capazes de estruturar protocolos e/ou checklist baseados em evidências científicas, capazes de auxiliar a equipe multiprofissional no direcionamento de seus cuidados durante o preparo pré-operatório de cirurgias cardíacas.

Inicialmente, para verificar scoping review ou protocolos semelhantes ao objetivo deste estudo realizou-se uma busca nas plataformas: Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE), International Prospective Register of Ongoing Systematic Reviews (PROSPERO), JBI Clinical Online Network of Evidence for Care and Therapeutics (COnNECT+) e Open Science Framework (OSF). Os resultados apontaram inexistência de estudos com o objetivo equivalente ao desta revisão.

Objetiva-se mapear a produção de conhecimento a respeito das recomendações para o preparo pré-operatório de qualquer tipo de cirurgia cardíaca, eletiva ou de urgência, de pacientes com idade superior a 18 anos em unidades de internação hospitalar.

 

MÉTODO

Trata-se de uma revisão de escopo, com objetivo de mapear conceitos sobre determinado tema, identificando e analisando lacunas existentes no conhecimento(8). Seguiram-se as recomendações estabelecidas pelo Instituto Joanna Briggs (JBI)(8), pelo checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR)(9) e registrou-se o estudo na OSF (https://osf.io/sab5j/).

Para a formulação da questão de pesquisa, adotou-se a estratégia Population, Concept e Context (PCC), sendo a População (P): pacientes com idade superior a 18 anos; Conceito (C): recomendações para o preparo pré-operatório; Contexto (C): pré-operatório de cirurgia cardíaca, eletiva ou de urgência, nas unidades de internação hospitalares. Formulou-se a questão de pesquisa: “Quais as recomendações para o preparo pré-operatório de qualquer tipo de cirurgia cardíaca, eletiva ou de urgência, para pacientes com idade superior a 18 anos em unidades de internação hospitalar?”

Conforme os Descritores em Ciências da Saúde foram utilizados: “Cirurgia Torácica, “Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos, “Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares, “Cuidados Pré-operatórios, “Assistência Perioperatória e “Unidades Hospitalares”. Segundo o Medical Subject Headings: “Thoracic surgery, Cardiac Surgical Procedures, “Preoperative Care, “Perioperative Care” e “Hospital Units. Foram utilizadas as palavras-chaves: “Cirurgia Cardíaca/Cardiac Surgery, “Assistência no Período Pré-operatório/Preoperative Procedure e “Unidades de Cuidados/Care Units. Adotaram-se os operadores booleanos AND e OR.

Elaborou-se a seguinte estratégia de busca: (Thoracic Surgery OR Surgery Cardiac OR Cardiac Surgical Procedures OR Myocardial Revascularization) AND (Preoperative Care OR Preoperative Procedure OR Perioperative Care) AND (Care Units OR Hospital Units), sendo adaptada conforme cada fonte de dados.

Incluíram-se estudos publicados online na íntegra, sem restrição temporal e de idioma, que abordassem sobre recomendações para o preparo pré-operatório de cirurgias cardíacas, eletivas ou de urgência, para pacientes adultos em unidades de internação hospitalar. Excluíram-se estudos não compatíveis com a questão de pesquisa.

Realizou-se a busca em dezembro de 2020 em 11 fontes de dados: Catálogo de Teses e Dissertações (CAPES), Cochrane Library, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Gale Academic Onefile, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), ScienceDirect, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Scopus, Trove - National Library of Australia e Web of Science.

A busca foi realizada de forma independente por dois pesquisadores. Em caso de divergências na seleção dos estudos, um terceiro realizou a análise e decisão final. Em seguida, considerando os critérios de inclusão, exclusão e remoção das duplicatas, selecionaram-se 256 artigos para leitura na íntegra, dos quais 27 compuseram os resultados. Destaca-se que para a elaboração do diagrama de fluxo utilizaram-se as orientações atualizadas para o seu desenvolvimento, de acordo com o PRISMA 2020(10) em conjunto com as recomendações do JBI(8).

A síntese dos artigos incluídos na amostra foi descrita em um quadro contendo dados de: ano, país, referência e as principais recomendações para o preparo pré-operatório de cirurgia cardíaca.

RESULTADOS

A Figura 1 apresenta um diagrama de fluxo referente ao processo de identificação, triagem e inclusão dos estudos nos resultados, conforme apresentado a seguir:

 

Figura1

Figura 1 - Fluxograma (PRISMA-ScR). Natal, RN, Brasil, 2021

Fonte: Adaptado de Page et al., 2021.

 

Os anos de publicação mais prevalentes foram: 2020 com (22,22%) dos estudos e 2019 (14,81%). Os países que mais publicaram foram: Alemanha com 22,22% e Brasil (14,81%). A Figura 2 apresenta a síntese dos dados extraídos dos estudos.

 

Ano/ País/ Referência

Recomendações para o preparo pré-operatório de cirurgia cardíaca

2020/Brasil(11)

Medição da pressão inspiratória (Pimáx) e expiratória máximas, avaliando fraqueza muscular respiratória.

2020/China(12)

Vídeo sobre a UTI, dispositivos invasivos no pós-operatório, manejo da dor, cirurgia, visita familiar e comunicação entre paciente, profissionais e familiares.

2020/EUA(13)

Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) 48 horas antes da cirurgia cardíaca.

2020/Suiça(14)

Carboximaltose férrica com dosagem máxima de 1000 mg; eritropoietina alfa 40.000U; 1mg de vitamina B12; 5 mg de ácido fólico na avaliação anestésica.

2020/Turquia(15)

Educação pré-operatória sobre ventilação mecânica através de livros educativos.

2020/Turquia(16)

Educação de alta hospitalar com sessões de 20 min e um livreto sobre DAC, procedimentos pré-operatórios, internação na UTI e atendimento domiciliar.

2019/EUA(17)

Orientações, material impresso ou aplicativos sobre o procedimento e seus objetivos;
Bebida com 24g de carboidrato 2h antes da cirurgia.

2019/Turquia(18)

0,04 mg/kg de lorazepam na noite anterior e 2 horas antes da operação.

2019/Irã(19)

Narrativa digital de histórias de 30 minutos com candidatos submetidos à cirurgia cardíaca sobre a recuperação e alta hospitalar.

2019/China(20)

Treinamento muscular inspiratório a 30% da Pimáx por 20 minutos, duas vezes ao dia, nos últimos cinco dias, com supervisão de fisioterapeuta.

2018/Alemanha(21)

Associação das escalas: Risk Screening 2002 (NRS-2002) e Malnutrition Universal Screening Tool (MUST), Subjective Global Assessment (SGA), Mini Nutritional Assessment (MNA), e Short Nutritional Assessment Questionnaire (SNAQ) e EuroSCORE e Duration of Cardiopulmonary Bypass (CPB).

2018/Irã(22)

Criação de confiabilidade entre paciente e enfermeiro; Cuidados habituais pré-operatórios e conversa sobre estresse, métodos de treinamento ou relaxamento.

2017/Brasil(23)

Vídeo educativo para orientação sobre a cirurgia de revascularização do miocárdio (RM), cuidados pré-operatórios, transoperatórios e pós-operatórios.

2017/Brasil(24)

Treinamento muscular inspiratório, realizado diariamente, com uma Pimáx com carga de 15% a 60% e duração de 20 a 30 minutos.

2017/Espanha(25)

Escalas Society of Thoracic Surgeons (STS) Score e o EuroSCORE II para cálculo de risco cirúrgico, considerando a fragilidade e capacidade funcional.

2016/Alemanha(26)

Tomografia computadorizada (TC) do tórax para auxiliar na estratégia cirúrgica e prever a mortalidade e de acidente vascular encefálico (AVE) no pós-operatório.

2016/Brasil(27)

Vídeo sobre a cirurgia de RM e apresentação em PowerPoint de informações complementares.

2015/Itália(28)

8.000 UI de eritropoietina, dois dias antes da cirurgia. Todos os pacientes receberam 15ml/dia (40mg/dia) de suplemento de ferro desde a admissão.

2014/Irã(29)

Amostra sanguínea 48h antes da cirurgia para a contagem total de linfócitos.

2012/China(30)

Exercício dividido em: fase de aquecimento, treinamento e resfriamento, com um consumo máximo de 50 a 60% de O2. Realizado até duas vezes por semana, com duração de 40 a 60 minutos, duas semanas antes da cirurgia.

2010/Alemanha(31)

Terapia combinada: clopidogrel (75mg/dia) e aspirina (100mg/dia) durante sete dias antes da cirurgia.

2008/Alemanha(32)

Estatinas em todos os pacientes hiperlipidêmicos com múltiplos riscos cardíacos e doença coronariana.

2008/Itália(33)

Rosuvastatina (20mg/dia), sete dias antes da operação.

2007/Suécia(34)

Folheto contendo: higiene; doenças cardíacas e abordagens cirúrgicas; medicações; infecções da ferida e complicações cirúrgicas; possíveis reações psicológicas; estilo de vida pós-operatório.

2006/Holanda(35)

Gluconato de clorexidina 0,12% desde a admissão para enxague bucal (10 ml) e aplicar nas superfícies gengival e dentária; pomada nasal de clorexidina, 4 vezes ao dia nas narinas.

2006/Líbano(36)

Educação sobre equipamentos da UTI, visita, explicação e demonstração de exercícios respiratórios, de perna, possíveis complicações, manejo da dor e deambulação precoce.

2005/Alemanha(37)

Medição dos níveis de troponina I 24h antes da cirurgia.

2004/Turquia(38)

Livreto sobre: coração e suas funções; DAC e doença valvar; cirurgia cardíaca; exercícios pré-operatórios; exames laboratoriais e de imagem, preparativos na manhã da cirurgia e cuidados na UTI.

Figura 2 - Principais recomendações pré-operatórias. Natal, RN, Brasil, 2020

Fonte: Elaborado pelos autores, 2020.

 

DISCUSSÃO

A proximidade da cirurgia traz temor e incertezas quanto aos resultados da intervenção. Esses sentimentos podem associar-se tanto à falta de informação quanto ao procedimento cirúrgico, anestesia, cuidados realizados, deficiências no preparo físico, psicológico e espiritual nos pacientes em pré-operatório(39).

A educação pré-operatória confere maior estabilidade hemodinâmica e satisfação aos pacientes, atenua o medo, a ansiedade e a estadia na UTI, gerando menores custos hospitalares. Os pacientes eram estimulados a expor seus pensamentos e sentimentos sobre a cirurgia para que os profissionais pudessem intervir, utilizando-se uma linguagem compreensível ao orientá-los(12,15-17,19,23,27,34,36,38). Nesse viés, estudo demonstrou que a presença de um enfermeiro holístico no pré-operatório de cirurgias de revascularização do miocárdio permitiu a redução do estresse, ansiedade e depressão nos pacientes(22).

No processo educacional utilizou-se, principalmente, vídeos e folhetos, aumentando a memória de curto prazo, permitindo uma aprendizagem mais ativa(27,34,38).

As estatinas apresentam benefícios para pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) e para os submetidos a intervenções coronárias percutâneas. Evidencia-se redução da fibrilação atrial em pacientes que utilizaram estatinas no pré-operatório(33), da mortalidade em curto prazo(32,33) e no surgimento do AVE(33), mas seu uso em pacientes de cirurgia cardíaca ainda necessita de maior evidência(32,33).

A anemia é associada ao aumento de eventos adversos em cirurgia cardíaca, incluindo a mortalidade(40). Ensaios clínicos randomizados(14,28) utilizaram eritropoietina no pré-operatório de pacientes anêmicos, sendo efetivo na redução da transfusão alogênica de hemácias(40). Quando combinada com o ferro, ácido fólico e vitamina B12, auxiliou na recuperação perioperatória(14).

A ansiedade pode ocasionar um intervalo QT longo, contribuindo para o aumento de arritmias ventriculares e risco de morte. O lorazepam apresenta eficácia na redução da ansiedade em cirurgia cardíaca(18). Embora o uso de benzodiazepínicos possa alterar os parâmetros eletrocardiográficos(41), este medicamento não os afeta diretamente, sendo recomendado na redução da ansiedade(18).

Demonstra-se, ainda, a utilização do IECA. Estes fármacos permitiram a redução das taxas de insuficiência renal pós-operatória(13). Estudo utilizou a terapia combinada de clopidogrel e aspirina por sete dias antes do procedimento cirúrgico, revelando que o grupo que fez uso da terapia necessitou de mais unidades de sangue e de plasma, não indicando a terapia para pacientes em pré-operatório de revascularização do miocárdio(31).

A infecção do sítio cirúrgico ocupa o 3º lugar entre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)(42), prolongando a estadia hospitalar e a morbimortalidade(43). Estudo indicou redução de IRAS em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, principalmente do sítio cirúrgico, através da clorexidina 0,12% como enxaguante bucal, aplicação nasal quatro vezes/dia desde a admissão até a cirurgia e dois banhos com antisséptico de gluconato de clorexidina (40 mg/mL) na véspera da cirurgia(35).

O treinamento muscular inspiratório, realizado no pré-operatório de cirurgia cardíaca, promove menor utilização do ventilador não invasivo(11,30), tempo de internação hospitalar(20,24), complicações pulmonares pós-operatórias(11,20,24), melhora na força do volume expiratório(24) e na qualidade de vida do paciente(30).

Pesquisa descreveu o treinamento dos músculos respiratórios no pré-operatório de cirurgias torácicas e abdominais. Revela que esse tipo de treinamento, quando realizado no pré-operatório, é capaz de prevenir complicações pulmonares após a cirurgia por aumentar a força dos músculos respiratórios, além de descrever melhorias na resistência pulmonar e no tempo de internação pós-operatório(44).

Escalas também são usadas durante o pré-operatório de cirurgias cardíacas(21,25), apresentando eficácia na previsão do tempo de permanência na UTI quando associadas ao EuroSCORE e CPB(21). Estudo evidenciou a capacidade da NYHA para prever o estado funcional do paciente no período perioperatório e sua mortalidade. Também descreve a EuroSCORE, Cleveland Clinic Score (CCS), Magovern Score (MS) e STS como as melhores para prever a mortalidade em 30 dias e 1 ano, sendo a EuroSCORE mais utilizada para pacientes de baixo risco e a STS, alto risco(45).

Quanto aos exames pré-operatórios, destacam-se: medição dos níveis séricos de troponina I(37) e TC de tórax(26). O primeiro possui eficácia na estratificação de risco pré-operatório. Assim, níveis séricos elevados (1,5 ng/ml) associam-se à maior mortalidade, síndrome de baixo débito cardíaco e IAM(37). Pacientes com IAM e altos níveis de troponina I, possuem menor taxa de sucesso em ICP e maior risco para mortalidade cardíaca à longo prazo(37).

Quanto à contagem total de linfócitos, associou-se níveis elevados (1500 células/µL) ao aumento da necessidade de suporte inotrópico, complicações infecciosas e insuficiência renal aguda(29). Baixos níveis (≤ 1000 células/µL) associaram-se à diabetes e comprometimento da microcirculação(29).

A TC de tórax no pré-operatório de cirurgia cardíaca pode ser utilizada para estratificar o risco de DCV e planejamento de intervenções para melhoria da assistência(46). Este exame no pré-operatório permitiu a redução da mortalidade, incidência de AVE pós-operatório e otimização da abordagem cirúrgica(26).

Esta revisão teve como limitações a falta de detalhamento das recomendações pré-operatórias por alguns estudos, além da pequena quantidade de informações na literatura sobre a assistência pré-operatória na prevenção de IRAS. Outra limitação desta revisão foi a não inclusão de estudos com pacientes pediátricos, os quais talvez poderiam apresentar algumas recomendações pré-operatórias diferentes das encontradas no público adulto.

 

CONCLUSÃO

As recomendações pré-operatórias de cirurgia cardíaca relacionam-se à educação, medicações, treinamento muscular inspiratório, escalas e realização de exames. Na educação pré-operatória forneceram-se orientações quanto ao procedimento cirúrgico, manejo da dor e pós-operatório através de vídeos e panfletos ilustrativos. As medicações mais prevalentes foram as estatinas, eritropoetina e o lorazepam. Observou-se, ainda, o treinamento inspiratório e expiratório, respiração diafragmática, além do uso de escalas como EuroSCORE e NYHA. Descreve-se também a realização de exames como níveis séricos de troponina I, contagem total de linfócitos e TC de tórax.

Estas recomendações foram eficazes para a estabilidade hemodinâmica, redução do medo, ansiedade, arritmias, internação hospitalar, mortalidade e complicações pós-operatórias.

Este estudo fornece evidências científicas para um maior embasamento teórico sobre as principais recomendações para o manejo pré-operatório de cirurgia cardíaca para a equipe multiprofissional, auxiliando profissionais de várias áreas na realização da prática baseada em evidências, o que irá atenuar sentimentos negativos pré-cirurgia cardíaca, reduzir a falta de informação do paciente sobre o procedimento cirúrgico, bem como auxiliar no preparo físico e psicológico do cliente.

 

CONFLITO DE INTERESSE

Os autores declararam que não há conflito de interesse.

 

SUPORTE FINANCEIRO

Sem financiamento.

 

REFERÊNCIAS

 

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Submissão: 24/09/2021

Aprovado: 01/02/2022

 

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA

Concepção do projeto: Silva LCMA, Lima Neto AV, Santos KVG, Dantas JKS, Cunha HK, Rocha MA, Dantas DV, Dantas RAN

Obtenção de dados: Silva LCMA, Lima Neto AV, Santos KVG, Dantas JKS, Cunha HK, Rocha MA

Análise e interpretação dos dados: Silva LCMA, Santos KVG, Dantas JKS, Cunha HK, Rocha MA, Dantas DV, Dantas RAN

Redação textual e/ou revisão crítica do conteúdo intelectual: Silva LCMA, Santos KVG, Dantas JKS, Cunha HK, Rocha MA

Aprovação final do texto a ser publicada: Lima Neto AV, Dantas DV, Dantas RAN

Responsabilidade pelo texto na garantia da exatidão e integridade de qualquer parte da obra: Silva LCMA, Lima Neto AV, Santos KVG, Dantas JKS, Cunha HK, Rocha MA, Dantas DV, Dantas RAN

 

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