Cultura de segurança em serviços de hemodiálise: protocolo de
revisão de escopo
Marília Alves Hoffmann1, Tatiana Aparecida Rodrigues3, Cissa Azevedo2, Fabrícia
Moreira Amorim Amaral3, Samanta Luíza da Silva Oliveira1, Helen Cristiny
Teodoro Couto Ribeiro3, Luciana Regina Ferreira da Mata1
1 Federal University of Minas Gerais, MG, Brazil
2 Federal University of Viçosa, MG, Brazil
3 Federal University of São João del Rei, MG, Brazil
RESUMO
Objetivo: mapear as evidências disponíveis sobre avaliação da cultura de segurança do
paciente na perspectiva da equipe multidisciplinar em serviços de hemodiálise. Método:
revisão de escopo da literatura desenvolvida de acordo com a metodologia proposta pelo
manual do Instituto Joanna Briggs, nas fontes de informação: LILACS, BDENF, IBECS e
ColecionaSUS (via Biblioteca Virtual em Saúde), MEDLINE via PubMed, COCHRANE,
CINAHL, SCOPUS, Web of Science, EMBASE, Banco de teses e dissertações da CAPES e
repositórios institucionais. Serão considerados elegíveis estudos que atendam à pergunta
de pesquisa, e disponíveis na íntegra. Não have restrição de idiomas. A seleção dos
estudos ocorrerá de forma independente por dois revisores e as divergências serão
discutidas com um terceiro revisor. A ntese e extração dos dados será executada por
meio de uma planilha construída no programa Microsoft Office Excel Online. Os resultados
finais sintetizados serão compilados e apresentados por meio de tabelas ou quadros,
fluxograma e discussão narrativa. Número de registro da revisão: https://osf.io/7ug86.
Descritores: Diálise Renal; Diálise; Unidades Hospitalares de Hemodiálise; Segurança do
Paciente; Cultura Organizacional; Gestão da Segurança.
INTRODUÇÃO
A doença renal crônica (DRC) pode ser caracterizada como a perda gradual da função dos
néfrons, o que tem como consequência o prejuízo da capacidade de filtração renal e da
homeostase(1). Nos casos em que a DRC evolui para o estágio terminal, há a necessidade
de iniciar tratamento dialítico ou realização de transplante renal. Estima-se que mais de
2,5 milhões de pessoas recebem terapia de substituição renal atualmente(2). Apesar da
existência de recursos terapêuticos, a mortalidade pela DRC ainda é preocupante. Entre
1990 e 2017, houve um aumento de 41,5% na taxa de mortalidade global ocasionada por
DRC em diferentes faixas etárias(3).
Dentre essas terapias, a hemodiálise destaca-se como a modalidade mais prevalente,
sendo utilizada por cerca de 89% da população mundial submetida a esses tratamentos,
realidade que acomete cada vez mais pessoas(4). Esta consiste na filtração do sangue por
uma máquina, nos casos em que a função renal do paciente está severamente
comprometida(5). Por ser um tratamento oferecido em organizações de alta complexidade
e atender pacientes considerados graves, é imprescindível identificar os possíveis riscos à
segurança do paciente(4).
Ademais, a saúde do paciente submetido à hemodiálise encontra-se, geralmente,
fragilizada. As alterações fisiológicas provocadas pela insuficiência renal tornam os
pacientes submetidos à terapia dialítica mais susceptíveis a complicações clínicas
decorrentes de eventos adversos em saúde(6). Nota-se, portanto, a importância de serviços
de hemodiálises seguros, nos quais a ocorrência dos eventos adversos evitáveis seja
diminuída e a qualidade da assistência possa ser assegurada aos pacientes. Para isso,
medidas devem ser adotadas para promover a segurança do paciente como, por exemplo,
aquelas propostas no plano de ação global para a segurança do paciente 2021-2030(7).
A cultura de segurança pode ser definida como um conjunto de valores, atitudes e
competências grupais e individuais que determinam um padrão de comportamento e
comprometimento de segurança da instituição. Dessa forma, o alcance de uma cultura de
segurança envolve também o clima de segurança, o qual abrange a percepção dos
profissionais sobre o ambiente e as relações desenvolvidas no processo de trabalho(8).
Embora cultura de segurança e clima de segurança tenham definições diferentes, esses
termos o encontrados na literatura na maioria das vezes como sinônimos, visto que
possuem desfechos semelhantes e que se intersectam.
Nesse cenário, a cultura e o clima de segurança destacam-se ao permitir a avaliação da
qualidade dos serviços de saúde e a definição de intervenções direcionadas por meio da
identificação das fragilidades de cada setor. Assim, os esforços para o desenvolvimento e
consolidação de um estado de cultura de segurança do paciente forte nos serviços de saúde
resultam na possibilidade de oferecer um cuidado eficaz, com menos risco de infecção
relacionada à saúde e outras complicações passíveis de serem evitadas.
Uma pesquisa preliminar dos estudos sobre a cultura de segurança do paciente na
perspectiva dos profissionais atuantes em serviços de hemodiálise foi realizada nas
seguintes bases de dados: LILACS, BDENF, IBECS e ColecionaSUS (via Biblioteca Virtual
em Saúde), COCHRANE, CINAHL, EMBASE, SCOPUS, Web of Science, MEDLINE via
PubMed. A finalização dessa pesquisa ocorreu em nove de fevereiro de 2021 e os
resultados evidenciaram que não havia nenhuma revisão de escopo ou revisão sistemática
em andamento ou finalizada no tema de interesse.
Justifica-se, então, a necessidade de conduzir uma revisão de escopo cujo objetivo será
mapear as evidências disponíveis sobre avaliação da cultura de segurança do paciente na
perspectiva da equipe multidisciplinar em serviços de hemodiálise. Espera-se que os
resultados obtidos possam favorecer o desenvolvimento de futuras investigações que
avaliem o efeito de intervenções ou programas para fortalecimento destes componentes
estruturais dos serviços de saúde, caso a necessidade seja constatada.
Pergunta de revisão
Para a formulação da questão norteadora deste estudo, será utilizada a estratégia PCC, na
qual a letra “P” representa a população; “C” o conceito; e “C” o contexto. Assim, a questão
norteadora deste estudo será: “Quais os estudos disponíveis na literatura nacional e
internacional que avaliam a cultura de segurança do paciente na perspectiva da equipe
multidisciplinar em serviços de hemodiálise?”.
Critérios de inclusão
Participantes
O escopo dessa revisão incluirá estudos com profissionais da equipe multidisciplinar que
atuam na assistência a pacientes portadores de insuficiência renal em tratamento dialítico.
Serão considerados trabalhadores assistenciais de todos os níveis técnicos e cursos de
graduação, bem como gestores dos serviços.
Conceito
Esta revisão considerará estudos que avaliem a cultura de segurança do paciente, bem
como os que demonstram as percepções sobre os valores, o ambiente e as relações
desenvolvidas no processo de trabalho. O conceito de cultura de segurança adotado nesta
revisão é: conjunto de valores, atitudes, competências grupais e individuais que
determinam um padrão de comportamento e comprometimento com a segurança da
instituição(8). Para mensuração da cultura de segurança serão considerados instrumentos
validados e não validados que tenham como objetivo a avaliação deste construto.
Contexto
O contexto desta revisão consistirá em serviços de hemodiálise sem distinção quanto à
natureza administrativa (serviços blicos ou privados), porte (grande, médio e alto) e
tipo de serviço (hospitalar ou ambulatorial). Os estudos elegíveis não serão limitados a
nenhuma localização geográfica.
Tipos de fontes de evidência
Serão considerados estudos disponíveis na íntegra, que atendam à pergunta de pesquisa
e sem restrição quanto ao delineamento metodológico. Também não haverá restrição de
idiomas. Serão considerados artigos publicados em periódicos e publicações não
convencionais, como trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações, uma vez que
a avaliação metodológica dos estudos incluídos não é um requisito para o desenvolvimento
das revisões de escopo. Além disso, um dos objetivos desse tipo de revisão é mapear as
evidências disponíveis em uma determinada área(9).
MÉTODO
Trata-se de uma revisão de escopo da literatura, a ser desenvolvida de acordo com a
metodologia proposta pelo Manual do Instituto Joanna Briggs(9). Os achados desta revisão
serão reportados por meio do PRISMA extension for scoping reviews(10). O protocolo de
pesquisa foi registrado na plataforma Open Science Framework (https://osf.io/7ug86).
Estratégia de pesquisa
A estratégia de busca tem como objetivo encontrar literatura disponível nas 10 bases de
dados. Para ampliar os achados, a estratégia foi definida pelos revisores com auxílio de
um bibliotecário (Figura 1).
Fontes de Informação
Estratégia de Busca
LILACS, BDENF, IBECS e ColecionaSUS
("Renal Dialysis" OR "Diálisis Renal" OR "Diálise
Renal" OR "Diálise Extracorpórea" OR
"Hemodiálise" OR "Dialysis" OR "Diálisis" OR
"Diálise" OR "Hemodialysis Units Hospital" OR
"Unidades de Hemodiálisis en Hospital " OR
"Unidades Hospitalares de Hemodiálise" OR
"Unidades Hospitalares de Diálise Renal") AND
("Patient Safety" OR "Seguridad del Paciente" OR
"Segurança do Paciente" OR "Organizational
Culture" OR "Cultura Organizacional" OR "Cultura
Organizacional" OR "Cultura Corporativa" OR
"Safety Management" OR "Administración de la
Seguridad" OR "Gestão da Segurança") AND (
db:("LILACS" OR "IBECS" OR "BDENF" OR
"colecionaSUS") AND la:("en" OR "es" OR "pt"))
COCHRANE, CINAHL, SCOPUS,
Web of Science
("Renal Dialysis" OR "Dialysis" OR "Hemodialysis
Units Hospital") AND ("Patient Safety" OR
"Organizational Culture" OR "Safety Management")
EMBASE
hemodialysis or dialysis and 'patient safety’
MEDLINE via PubMed
("Renal Dialysis" OR "Dialysis" OR "Hemodialysis
Units Hospital") AND ("Patient Safety" OR
"Organizational Culture" OR "Safety Management")
Figura 1 - Estratégia de Pesquisa. Belo Horizonte, MG, Brasil, 2021
Fonte: Elaborado pelos autores, 2021.
Primeiramente, realizou-se uma busca nos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Saúde
e MEDLINE e foram definidos os seguintes descritores: diálise renal, diálise, unidades
hospitalares de hemodiálise, segurança do paciente, cultura organizacional e gestão de
segurança. Esta busca preliminar permitiu o levantamento dos principais termos e
palavras-chaves utilizadas para mapear a estratégia de busca completa.
A partir dessa definição, iniciou-se a segunda etapa na qual as estratégias de busca foram
estruturadas para as fontes de informação utilizadas na revisão: LILACS, BDENF, IBECS e
ColecionaSUS (via Biblioteca Virtual em Saúde), MEDLINE via PubMed, COCHRANE,
CINAHL, SCOPUS, Web of Science e EMBASE.
A lista de referência de todos os estudos selecionados para avaliação crítica será analisada
como estratégia de inclusão de estudos adicionais.
A literatura cinzenta será considerada a partir da busca no banco de teses e dissertações
da CAPES, além de repositórios institucionais (Repositório Institucional da Universidade
Federal do Ceará, Repositório Comum da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa,
Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas, Repositório Institucional da
Universidade Federal de Minas Gerais, Repositório da Produção Intelectual da Universidade
de São Paulo e Repositório Institucional da Universidade de Brasília). Buscas adicionais a
partir das listas de referências dos artigos da amostra da revisão serão realizadas.
Referente à busca na literatura cinzenta, também não haverá recorte temporal.
Seleção de estudos
Toda a literatura identificada será transportada para o gerenciador EndNote Web (Clarivate
Analytics, PA, EUA) e as duplicatas serão removidas. As referências serão então carregadas
para software Rayyan(11). Quaisquer outras duplicatas resultantes serão excluídas. Inicia-
se, então, a fase de triagem das referências, na qual dois revisores independentes
procederão à leitura dos tulos e resumos, confrontando-as quanto aos critérios de
inclusão e exclusão. Quaisquer discordâncias na triagem serão resolvidas por um terceiro
revisor.
A próxima etapa consiste na leitura na íntegra de todos os estudos selecionados e avaliação
quanto aos critérios de inclusão estabelecidos. Os estudos que não atenderem aos
critérios de inclusão serão desconsiderados e justificados. Os resultados deste processo
serão apresentados por meio do fluxograma PRISMA-ScR(10).
Extração de dados
Os dados serão extraídos dos estudos incluídos na revisão por meio de um quadro
desenvolvido em planilha do programa Microsoft Office Excel Online pelos revisores
conforme a Figura 2.
Identificação do estudo
Autor
Título
Ano
País
Tipo de
estudo
Objetivo
Instrumento
de avaliação
Participantes
Tamanho da amostra/Taxa de adesão
Local do estudo/profissionais
Principais resultados
Nível de cultura de
segurança
Fortalezas da cultura de
segurança
Fragilidades da cultura de
segurança
Conclusões
Figura 2 Instrumento de extração dos dados. Belo Horizonte, MG, Brasil, 2021
Fonte: Elaborado pelos autores, 2021.
De maneira independente, dois revisores farão o mapeamento e a tabulação dos dados.
As discordâncias serão resolvidas por meio de discussão com um terceiro revisor, a fim de
eliminar equívocos.
Apresentação dos resultados
Os dados extraídos serão apresentados em forma de tabelas ou quadros, fluxograma e
discussão narrativa considerando o objetivo desta revisão de escopo. Por meio de um
quadro comparativo, uma síntese dos estudos será apresentada a partir da descrição de
informações como instrumento de mensuração utilizado, vel de cultura de segurança,
principais fortalezas e fragilidades da cultura de segurança do paciente. Um resumo
narrativo acompanhará os resultados tabulados e mapeados a fim de descrever como os
resultados se relacionam com o objetivo e a questão de pesquisa da revisão.
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Submission: 03/30/2021
Approved: 09/13/2021