Rede Cegonha, política pública para o cuidado da mulher: revisão integrativa
Edith Lucia Mendes Lago1, Ana Lúcia Abrahão1, Ândrea Cardoso de Souza1
1 Universidade Federal Fluminense
RESUMO
Objetivo: Analisar as produções científicas brasileiras sobre as articulações políticas voltadas ao parto e nascimento para mulheres atendidas nos serviços públicos de saúde. Método: Revisão integrativa nas bases de dados e portais: SciELO, BDENF, Lilacs e Portal Periódico Capes. Incluíram-se artigos publicados em português ou inglês entre julho de 2011 e dezembro de 2018. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram avaliados 51 artigos a partir de leitura dos títulos e resumos, destes, foram selecionados 30, que foram analisados na íntegra, permanecendo 8 artigos. Resultados: A análise permitiu inferir três categorias: atuação dos profissionais de saúde, impasses da política da Rede Cegonha e a rede e o cuidado à mulher. Discussão: Os profissionais atuam para a construção de uma rede potente e acessível às gestantes e puérperas. Conclusão: A organização da Rede Cegonha ainda possui lacunas organizacionais e estruturais em relação às boas práticas no pré-natal e parto.
Descritores: Rede Cegonha; Saúde da mulher; Assistência à saúde da mulher e da criança; Cuidados de saúde.
INTRODUÇÃO
O lançamento do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento em 2000, visando reduzir a mortalidade materna peri e neonatal, é um marco histórico nas políticas públicas no Brasil(1). Em 2011, foi instituída a Rede Cegonha, cujo objetivo principal é aperfeiçoar as ações em relação à saúde materno-infantil promovendo a assistência obstétrica e infantil2-3. Para tanto, preconiza a hierarquização em forma de rede, o estímulo às boas práticas de atenção ao parto e nascimento e, nesse caso, o desestímulo à efetivação desnecessária das cesarianas(4-6).
Este artigo buscou analisar as produções científicas brasileiras sobre as articulações das políticas voltadas ao parto e nascimento para mulheres atendidas nos serviços públicos de saúde.
MÉTODO
Estudo de revisão integrativa composto por seis etapas: identificação do tema e seleção da hipótese; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/ amostragem ou busca na literatura; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização dos estudos; análise dos dados, que deve ser minuciosa para garantir a validação da revisão; interpretação dos resultados; apresentação da revisão, síntese do conhecimento(7).
Para a coleta de dados, foi adotada a estratégia PICo(8) (População, Fenômeno de Interesse e Contexto). Desse modo, a População (P) abrangeu mulheres gestantes e puérperas; o Fenômeno de Interesse (I), articulações das políticas sobre parto e nascimento; e o Contexto (Co) referiu-se a serviços públicos de saúde. Logo na primeira etapa, a questão norteadora elaborada a partir da estratégia PICo foi: “Que implicações para o cuidado a implantação do Rede Cegonha trouxe para mulheres atendidas nos serviços públicos de saúde?” As buscas foram realizadas nos meses de janeiro a março de 2019, nas seguintes bases de dados e portais: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Portal Periódico Capes. Foram utilizados os descritores e sinônimos após consulta ao dicionário trilíngue Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Serviços de Saúde Materno-infantil”, “Rede Cegonha”, “Assistência Materno-Infantil”, “Saúde da Mulher”, “Parto humanizado”, sendo estes combinados com o operador booleano AND e, dessa forma, utilizadas as seguintes combinações de descritores: “Rede Cegonha AND Parto humanizado”, “Serviços de Saúde Materno-Infantil AND Parto Humanizado”, “Assistência Materno-Infantil AND Parto Humanizado” e “Rede cegonha AND Saúde da Mulher”.
Foram incluídos artigos publicados a partir de julho de 2011 – período subsequente à implantação da Rede Cegonha – a dezembro de 2018, disponíveis na íntegra e com acesso gratuito, nos idiomas português e inglês.
Como critérios de exclusão, optou-se por publicações que não respondessem à pergunta norteadora. Os artigos foram selecionados de acordo com a proposta de nível das evidências: 1- revisões sistemáticas; 2- evidências obtidas em estudos individuais com delineamento experimental; 3- evidências de estudos quase experimentais; 4- evidências de estudos descritivos ou com abordagem qualitativa; 5- evidências provenientes de relatos de caso ou de experiência; 6- evidências baseadas em opiniões de especialistas(9).
Para a análise, os artigos foram organizados em quadros e foram agrupados por níveis deevidência, a partir das metodologias, assim como amostras e técnicas de coletas de dados. A busca inicial foi realizada por dois revisores independentes, com protocolo padronizado para utilização e combinação dos descritores. Inicialmente, conforme a Figura 1, foram encontrados 256 estudos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram avaliados 51 artigos a partir de leitura dos títulos e resumos; destes, foram selecionados 30, que foram analisados na íntegra, permanecendo 8 artigos.
Figura1. Etapas da revisão integrativa, 2019, Niterói
Fonte: Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement, Niterói, 2019.
A caracterização da bibliografia selecionada para a revisão está apresentada no Quadro 1.
Quadro 1. Caracterização da bibliografia selecionada para a revisão, 2019, Niterói
ID |
Título do Estudo |
Autoria |
País |
Ano de Publicação |
Nível Evidência |
Idioma |
A1 |
A reestruturação produtiva na saúde: os efeitos da flexibilização nas maternidades do Programa Rede Cegonha Carioca |
Progianti JM, et al.(10) |
Brasil |
2015 |
4 |
Português |
A2 |
Análise dos partos vaginais e cesarianas no município de Goiânia-Goiás: antes e após a Rede Cegonha |
Rêgo MBC, et al.(11)
|
Brasil |
2016 |
4 |
Português |
A3 |
Violência obstétrica no processo de parturição em maternidades vinculadas à Rede Cegonha |
Rodrigues FA, et al.(12)
|
Brasil |
2017 |
4 |
Português |
A4 |
Vulnerabilidade de mulheres negras na atenção ao pré-natal e ao parto no SUS – análise da pesquisa da Ouvidoria Ativa |
Theophilo RL, et al.(13)
|
Brasil |
2018 |
4 |
Português |
A5 |
Acolhimento do usuário e classificação de risco em emergência obstétrica: avaliação da operacionalização em maternidade-escola |
Figueiroa MN, et al.(14)
|
Brasil |
2017 |
4 |
Português |
A6 |
Prática docente do enfermeiro na Rede Cegonha, à luz da teoria histórico-estrutural |
Alves GA, et al.(15)
|
Brasil |
2017 |
4 |
Português |
A7 |
Evaluation of process indicators of the prenatal and birth humanization program and stork network |
Maia VKV, et al.(16) |
Brasil |
2017 |
4 |
Inglês |
A8 |
Articulando gênero e saúde: formação de profissionais no âmbito da Rede Cegonha. |
Sally EOF, et al.(17)
|
Brasil |
2017 |
4 |
Português |
Fonte: Elaborado pelos autores, Niterói, 2019
RESULTADOS
Integraram esta revisão oito artigos: sete deles (87,5%) publicados em língua portuguesa e um (12,5%), em língua inglesa. Quanto ao ano de publicação, um artigo (12,5%) foi publicado no ano de 2015, um (12,5%), em 2016, cinco (62,5%), em 2017 e um (12,5%), em 2018. Três (37,5%) eram de natureza qualitativa, sendo uma pesquisa documental, um estudo exploratório-descritivo e um estudo de reflexão; e cinco (62,5%) eram de natureza quantitativa, sendo três (37,5%) descritivos, com utilização de banco de dados secundários, um (12,5%) descritivo prospectivo e um (12,5%) transversal, como descrito nos Quadros 2 e 3.
Quadro 2. Síntese dos estudos de metodologia qualitativa selecionados na revisão, 2019, Niterói
ID |
Autoria |
Objetivo |
Resultados |
Conclusão |
A1 |
Progianti JM, et al.(10) |
Discutir os efeitos da reestruturação produtiva nas maternidades municipais do Programa Cegonha Carioca e seus nexos com a enfermagem. |
Como efeito desse processo, a flexibilização na gestão dos serviços resultou no aumento da rede de estabelecimentos de atenção ao parto a partir de parcerias e contratos de gestão. |
Apesar de o Programa representar uma importante expansão do mercado de trabalho, reafirma a flexibilização no setor público ao adotar relações laborais frágeis, contribuindo para a precarização do trabalho. Nesse cenário, a gestão desses profissionais, no plano da regulação e da qualificação, se configura como um desafio para a implementação e continuidade das políticas públicas de atenção ao parto. |
A6 |
Alves GA, et al.(15)
|
Analisar a prática pedagógica do docente enfermeiro articulada às ações de atenção à mulher na Rede Cegonha. |
Os dados evidenciaram a “Prática docente do enfermeiro na Rede Cegonha”, que reflete discussões não apenas de nível acadêmico, mas também das inquietações dos serviços e até da comunidade, evidenciando que o aspecto educativo da enfermagem não está dissociado da prática assistencial. |
As estratégias voltadas ao ensino clínico apresentam um processo pedagógico que promove a aprendizagem crítico-reflexiva do aluno. |
A8 |
Sally EOF, et al.(17)
|
Colaborar para melhoria do cuidado integral. |
Em graus variados, foram observados e problematizados atravessamentos de gêneros nas vidas pessoais e profissionais das participantes, em sua maioria mulheres, como restrições para estudarem e escolherem carreiras, chegando aos dias atuais em que elas são chefes de família e vivenciam desigualdades na divisão sexual do trabalho. Nas rotinas praticadas com as gestantes, puérperas, parceiros e crianças, percebeu-se a permanência de práticas potencialmente discriminatórias; inexperiência/embaraço para lidar com novos arranjos conjugais; mitos na alimentação; obstáculos para a presença e participação dos pais. A autonomia e o direito da mulher a escolhas e informações - desde a sua admissão, em que estar em jejum é regra, até cesariana induzida- foram recorrentemente negligenciados. |
Conclui-se pela pertinência de inclusão do tema gênero na formação profissional em saúde. |
Fonte: Elaborado pelos autores, Niterói, 2019
Quadro 3. Síntese dos estudos de metodologia quantitativa selecionados na revisão, 2019, Niterói
ID |
Autoria |
Objetivo |
Resultados |
Conclusão |
A2 |
Rêgo MBC, et al.(11)
|
Comparar as variáveis que envolvem o parto vaginal e o parto cesáreo no período que precede e no que sucede a instituição da Rede Cegonha no município de Goiânia, GO. |
Os dados mostraram que não houve mudanças significativas no perfil sociodemográfico das parturientes, nas características referentes ao local do parto, duração da gestação, número de consultas e perfil dos recém-nascidos, tanto nas mães que realizaram parto vaginal quanto nas que realizaram parto cesáreo. |
No início do Programa, houve redução dos partos cesáreos, em razão, principalmente, do incentivo financeiro da Secretaria Municipal de Goiânia aos hospitais. Porém, esse fato se inverteu um ano após a implantação da Rede Cegonha. |
A3 |
Rodrigues FA, et al.(12)
|
Analisar a violência institucional contra as mulheres no processo de parturição em maternidades vinculadas à Rede Cegonha de Fortaleza/Cascavel. |
Sobre as características sociodemográficas das participantes da pesquisa: tinham entre 20 e 34 anos (62,1%). Tratando-se do suporte emocional que deve ser oferecido durante o parto, as participantes relataram que tiveram a presença de visitas (82,9%). Em relação às atitudes que ocasionaram sentimentos de hesitação, as participantes afirmaram que sentiam segurança (89,4%). |
A pesquisa demonstra a importância de um atendimento humanizado adequado por meio da estruturação e organização da atenção materno-infantil proposta pela Rede Cegonha. |
A4 |
Theophilo RL, et al.(13)
|
Analisar diferenças na atenção ao pré-natal e ao parto no SUS, segundo raça/cor, a partir de dados da Pesquisa da Ouvidoria Ativa da Rede Cegonha, em 2012. |
As mulheres de raça/cor preta/parda aparecem em piores condições nas características socioeconômicas, na assistência ao pré-natal e ao parto, em todas as variáveis estudadas, menos para agressão no parto e pagamento suplementar. |
As iniquidades e vulnerabilidades devem servir como diretriz para elaboração de políticas e ações destinadas a reduzir desigualdades em saúde. |
A5 |
Figueiroa MN, et al.(14)
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Avaliar o funcionamento de um serviço de acolhimento e a classificação de risco em uma maternidade –escola em Recife-PE. |
O tempo de espera pela classificação de risco foi de 21,2 min., o tempo de duração foi de 5 min., o tempo de espera, segundo prioridade vermelha, foi de 3,5 min. A demanda espontânea demonstrou que 56% das usuárias foram classificadas como prioridade verde, 60% das usuárias relataram insatisfação e 33% dos enfermeiros receberam treinamento. |
A avaliação dos atendimentos nos serviços de saúde deve balizar o planejamento das ações e do treinamento das equipes.
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A7 |
Maia VKV, et al.(16) |
To analyze the process indicators of the Prenatal and Birth Humanization Program (PHPN) and the Stork Network from the prenatal information system. |
The quality of prenatal care classification was unsatisfactory for all levels. |
Constant interventions for the management are needed in order to improve the quality of prenatal care. |
Fonte: Elaborado pelos autores, Niterói, 2019
Após a análise, foram elencadas três categorias: atuação dos profissionais de saúde, impasses da política da Rede Cegonha e a rede e o atendimento à mulher.
DISCUSSÃO
Atuação dos profissionais de saúde
A implantação da Rede Cegonha proporcionou a expansão da assistência à parturiente e ao bebê, seja de caráter público ou privado(10), com aumento no quadro de profissionais especializados, por meio de modelos diversos de contratação, e incremento nos cursos de qualificação(15).
O progressivo aumento do número de capacitações em serviço e a estimulação das tecnologias leves(18) no ensino são fatores determinantes para a excelência da Rede Cegonha. Apesar do fomento à educação permanente no campo da saúde da mulher, constataram-se problemas(16), como violência institucional e falta de orientação sobre as práticas durante o trabalho de parto(17,12,13).
Faz-se necessário mudança da cultura institucional(19). Ações autoritárias e desrespeitosas, como ordens para a paciente parar de gritar, apelidos ou comentários indecorosos(12) que afetam a integridade e o respeito à usuária, são hábitos ainda comuns nos serviços de saúde e que se contrapõem aos pressupostos do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento(1).
A educação permanente em saúde(20) visa à qualificação em serviço e favorece a adoção de boas práticas à mulher e seu bebê.
Impasses da política da Rede Cegonha
A implementação da política da Rede Cegonha(11) encontra desafios como o sub-registro dos dados do pré-natal, a falta de acesso ao pré-natal, a falta de referência e contrarreferência, o que acarreta peregrinação das mulheres em busca de atendimento(13).
O direito de a mulher ser assistida por um acompanhante de sua escolha durante o parto e nascimento é assegurado por lei, desde o ano de 2005(14). No entanto, este é desconsiderado sob alegação de desconhecimento.
Outro desafio constitui-se em diminuir a realização de parto cesariano e estimular o aumento do parto normal(18). Entretanto, essa é uma árdua tarefa para os profissionais da saúde. Trabalhar a educação em saúde, ampliar o escopo da atenção primária à saúde, tecer um debate aberto que inclua profissionais de saúde e usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), trazendo para o centro das discussões as evidências científicas sobre o parto natural, possibilitará às mulheres refletirem e terem mais autonomia sobre sua vida reprodutiva. Esse é o caminho necessário para o enfrentamento dos altos índices de cesarianas desnecessárias no Brasil.
Outra questão apontada está relacionada com a dificuldade de acesso ao primeiro atendimento das mulheres negras, o que subverte o pressuposto da universalidade, penalizando a usuária de várias formas: pelo seu gênero, pela sua raça (ou cor) e por sua vulnerabilidade, seja por sua condição de pobreza, seja por sua condição de gestante (13).
A rede e o atendimento à mulher
As orientações, os esclarecimentos de dúvidas da parturiente e as orientações para um parto seguro devem ser o eixo norteador para o atendimento à mulher(4).
Para adoção de um trabalho articulado e em rede, é preciso que profissionais e serviços adotem estratégias para reduzir o tempo de espera para o primeiro atendimento e reduzir o espaçamento entre as consultas. Estas qualificam o serviço e beneficiam o atendimento à mulher, correspondendo aos pressupostos das boas práticas de atenção.
No entanto, ainda existem desafios que precisam ser superados para a atenção integral à mulher. Estes passam pela formação, regulação e prática de enfermagem que garantam um processo qualificado e seguro. Tomar como base a evidência científica é um caminho necessário para a efetivação do cuidado à gestante, bem como um trabalho interprofissional em saúde que garanta centralidade de cuidados às necessidades das mulheres na fase reprodutiva.
CONCLUSÃO
Foi evidenciado que a política da Rede Cegonha é benéfica à população feminina em idade reprodutiva, uma vez que propõe reduzir a mortalidade materna e infantil, ainda que apresentando hiatos na sua incorporação estrutural.
A incorporação de uma nova metodologia e a mudança de hábitos em relação às boas práticas no pré-natal e parto exigem compromisso de todas as instâncias da Rede.
Apesar das dificuldades econômicas, da insuficiência de recursos humanos, materiais, organizacionais e estruturais que suscitam alta rotatividade e dificuldade, interferindo na efetiva implementação da Rede Cegonha, constatou-se o avanço e a expansão da Rede Cegonha nas diferentes regiões do país.
Para a efetiva adoção da Rede Cegonha, arranjos organizacionais que visem diminuir as iniquidades precisam ser adotados no sentido de assegurar o atendimento pré-natal às mulheres em situação de rua, em cárcere, refugiadas e às que fazem uso problemático das drogas. Desse modo, ressaltamos a necessidade de estudos que contribuam para a reorganização da rede de serviços, no intuito de promover melhorias no acolhimento às gestantes.
Como a intenção da Rede Cegonha é reduzir os indicadores de mortalidade materna, ainda muito elevados em todo o território brasileiro, sua avaliação constante e o cumprimento de seus objetivos validam, também, o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável até 2030 propostas pela Organização das Nações Unidas.
Limitações do estudo
Este estudo encontra limitação no que concerne à inclusão apenas de artigos, excluindo-se teses e dissertações. É importante considerar que estes estudos traduzem realidades particulares de diferentes regiões do Brasil e respeitam a autoria das ideias. Logo, prescinde de generalizações.
Contribuições para a Prática
Os resultados deste estudo contribuem para o desenvolvimento de estratégias de redução de morbimortalidade materna, como políticas e programas, como exemplo, a Rede Cegonha. Com a adoção da Rede Cegonha, pretende-se qualificar a atenção à gestante no SUS.
Contribuição dos Autores
Lago ELM contribuiu para a concepção, o planejamento, a análise e a interpretação dos dados e a redação do texto.
Abrahão AL contribuiu para a concepção, o planejamento, a análise e aprovação da versão final do manuscrito.
Souza ÂC contribuiu para o planejamento, a análise e a interpretação dos dados.
Alves VH contribuiu para a revisão crítica do conteúdo e a redação do texto da versão final do manuscrito.
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2000.
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3. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha [Internet]. Diário Oficial da União. 27 Jun 2011 [cited 2019 Dez 14]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html
4. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Implementação da Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
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10. Progianti JM, Prata JA, Barbosa PM. A reestruturação produtiva na saúde: os efeitos da flexibilização nas maternidades do Programa Cegonha Carioca. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2015 [cited 2019 Dez 14];23(2):164-71. Available from: http://www.facenf.uerj.br/v23n2/v23n2a04.pdf
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Recebido: 29/09/2020
Revisado: 23/11/2020
Aprovado: 16/12/2020