Análise espacial dos casos notificados de sífilis em gestantes e congênita: estudo ecológico

 

 

Dhyanine Morais de Lima1, Nanete Caroline da Costa Prado1, Wenysson Noleto dos Santos1, Rebecca Stefany da Costa Santos1, Mariana Melo Da Cruz Domingos Góis1, Richardson Augusto Rosendo da Silva1

 

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte

 

 

RESUMO

objetivo: Realizar a análise espacial dos casos notificados de SG e SC no RN. Método: estudo ecológico e de abordagem quantitativa através de dados secundários, que destacam os resultados relacionados à Sífilis gestacional e congênita no Rio Grande do Norte, RN. A coleta se dará de forma retrospectiva, dos casos notificados de SG e SC no RN de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2017. Os dados coletados serão relacionados aos dados gerais, a notificação individual e os dados da residência de acordo com o SINAN. Todos os dados coletados serão organizados no programa Microsoft Excel para Office 365 para tabulação, e posteriormente será utilizado o SPSS 20.0 para obtenção do número de casos de SG e SC em cada município, além do número de nascidos vivos, ou seja, análise estatística.

Descritores: Sífilis; Análise Espacial; Sistemas de Informação Geográfica.

 

 

CONTEXTUALIZAÇÃO DA TEMÁTICA E PROBLEMA DE PESQUISA

 

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), de caráter sistêmico e exclusiva do ser humano. Além da transmissão por via sexual, a chamada sífilis adquirida, que por sinal é a mais comum, a transmissão vertical para o feto durante o período de gestação de uma mãe com Sífilis Gestacional (SG), não tratada ou tratada inadequadamente, chamada de infecção congênita ou Sífilis Congênita (SC), também tem sido recorrente. Além dessas vias, a sífilis pode ser transmitida por transfusão sanguínea e contato direto com objetos infectados, embora menos recorrentes (1).

No último Boletim Epidemiológico da Sífilis, foi observado um aumento constante no número de casos em gestantes, congênita e adquirida, nos últimos cinco anos. Essa situação epidemiológica no país, é atribuída a diversos fatores como o aumento da cobertura de testagem, com a ampliação do uso de testes rápidos, em contrapartida a redução do uso de preservativo, resistência dos profissionais de saúde à administração da penicilina na Atenção Básica e o desabastecimento mundial de penicilina (2).

A utilização da análise espacial como ferramenta de vigilância em saúde, por exemplo, o Sistema de Informação Geográfico (SIG), pode ser utilizada para obter informações que ajudam no controle da sífilis. O SIG pode proporcionar uma descrição da situação de saúde em um determinado espaço geográfico, como também a observação da concentração de casos, por meio de mapas. Através deste método é possível a alocação adequada de recursos para as regiões em situações de risco apontadas por este método (3).

 

OBJETIVOS

Geral

 

Específicos

 

 

MÉTODO

 

Trata-se de um estudo do tipo ecológico e de abordagem quantitativa através de dados secundários, que destacam os resultados relacionados à Sífilis gestacional e congênita no Rio Grande do Norte, RN. O estudo será desenvolvido no estado do Rio Grande do Norte/RN, já que este apresentou uma considerável taxa de notificação de casos de SG e SC a nível nacional. Só na capital a taxa de notificação foi 35,58% no período de junho de 2011 a setembro de 2015, segundo o DATASUS. Como o objetivo deste trabalho é realizar a análise espacial dos casos notificados de SG e SC no estado do Rio Grande do Norte, optamos por estudar toda a população, uma vez que esta será composta pelos casos de SG e SC no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2017 com o propósito de observar a tendência temporal e distribuição espacial da sífilis congênita no estado do Rio Grande do Norte nos últimos 10 anos.

A coleta se dará de forma retrospectiva, dos casos notificados de SG e SC no RN de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2017. Os dados coletados serão relacionados aos dados gerais, a notificação individual e os dados da residência de acordo com o SINAN.

Todos os dados coletados serão organizados no programa Microsoft Excel para Office 365 para tabulação, e posteriormente será utilizado o SPSS 20.0 para obtenção do número de casos de SG e SC em cada município, além do número de nascidos vivos, ou seja, análise estatística. Posteriormente, esse banco de dados criado será incluído no programa Terra View 4.2.0 juntamente com a malha digital compatível ao programa. O instrumento de coleta de dados será a ficha de notificação compulsória do SINAN que é composta além de outras informações, pelos dados gerais, onde usaremos como variáveis para o estudo a data da notificação e agravo ou doença, além dos dados da residência como, município de residência, distrito e zona. A pesquisa será conduzida de acordo com a Resolução nº466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que aborda as diretrizes e normas regulamentadora de pesquisas envolvendo seres humanos. A pesquisa será enviada para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

 

REFERÊNCIAS

 

  1. 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [Internet]. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [cited 2019 jun 29]. Available from:http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/outubro/06/Volume-Unico-2017.pdf.

 

  1. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico: SÍFILIS [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [cited 2019 jun 29]. Available from:

http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/13/BE-2017-038-Boletim-Sifilis-11-2017-publicacao-.pdf.

 

  1. 3. Soares KKS. Análise espacial dos casos notificados de sífilis em gestantes e sifilis congênita no estado do Espírito Santo. Vitória. Dissertação [Mestrado] – Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Espírito Santo; 2017. [cited 2019 jun 29]. Available from: http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/10119/1/tese_11290_2015_Karllian%20Kerlen%20Simonelli.pdf

 

 

PARTICIPAÇÃO DOS AUTORES NA PESQUISA:

 

DE LIMA DM e SILVA RAR contribuíram com a concepção, construção do projeto e redação do artigo; PRADO NCC, DOS SANTOS WN, SANTOS RSC, GÓIS MMCD colaboraram na redação do artigo.

 

 

 

 

Recebido: 08/07/2019

Revisado: 24/02/2020

Aprovado: 27/03/2020