Objetivo: identificar as atribuições e competências dos gerentes de enfermagem de hospitais de ensino do estado do Paraná, nas dimensões do ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento. Método: pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa, realizada em 12 hospitais de ensino do Paraná, por meio de entrevistas semiestruturadas, que contemplam dados de identificação do participante e do cargo e as suas atribuições e competências, com 13 enfermeiros que exerciam o cargo máximo na área da enfermagem. Resultados: as atribuições foram: representação institucional, gerenciamento da assistência de enfermagem, gerenciamento de recursos humanos e ensino. As competências que se sobressaíram após a análise de conteúdo foram: gestão de conflitos, liderança, tomada de decisão e política. Conclusões: apesar de a pesquisa ter sido realizada em hospitais de ensino, as atribuições e competências mais frequentemente evidenciadas dos gerentes dizem respeito à dimensão gerencial em detrimento das dimensões de ensino e pesquisa.
Descritores: Enfermagem; Competência Profissional; Hospitais de Ensino; Diretores de Hospitais.
Os hospitais de ensino (HE) são instituições importantes para o país por prestarem assistência de alta complexidade, pela formação de recursos humanos na área da saúde, desenvolvimento de pesquisa clínica e avaliação de novas tecnologias. Em 2003, foi criado o Programa de Reestruturação de Hospitais de Ensino (PRHE), que teve como objetivo certificar essas instituições nas dimensões de ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento(1).
A partir de portarias específicas, foram estabelecidas, junto aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS), metas quantitativas e qualitativas(1) a serem alcançadas pelos HE, incluindo o aumento dos procedimentos de média e alta complexidade, introdução dos HE na rede de urgência e emergência e ensino e pesquisa(2).
Nesta pesquisa, destaca-se o enfermeiro, que ocupa o cargo máximo na área de enfermagem dos HE, aqui denominado de gerente de enfermagem, tendo o compromisso de desenvolver seu papel pautado nas dimensões ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento. Possui voz e assento nas instâncias superiores dos HE, opina, discute e influencia nas decisões da instituição hospitalar. Na enfermagem, delibera sobre os recursos humanos, formas de conduzir o cuidado de enfermagem e materiais utilizados pela equipe, além de atuar como mediador entre a enfermagem e as demais categorias. Todas essas atividades requerem competências específicas.
Após quase dez anos de implantação do PRHE, e diante da pouca literatura sobre esse tema, espera-se conhecer como essa mudança foi absorvida pelos gerentes de enfermagem. Ante a esse contexto, esta pesquisa objetivou identificar as atribuições e competências dos gerentes de enfermagem de HE do estado do Paraná nas dimensões do ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento.
Pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa, realizada em HE do estado do Paraná, certificados pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação e listados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) até o ano de 2013. Foram convidadas a participar da pesquisa 13 instituições, das quais 12 compuseram a amostra, já que uma recusou o convite. Das incluídas, cinco são de natureza pública e as demais privadas.
Os participantes desta pesquisa foram os que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ser enfermeiro e gerente na área da enfermagem. Os critérios de exclusão determinados foram: enfermeiros que estavam em férias e/ou licença por quaisquer motivos. Todos os enfermeiros convidados, via telefone ou e-mail, aceitaram participar da pesquisa, sendo assim, a amostra foi composta por 13 participantes. Ressalta-se que em uma das instituições a função era compartilhada entre dois enfermeiros.
Inicialmente estavam previstas duas técnicas de coleta de dados, a entrevista e a análise documental. Entretanto, a última foi descartada em função da dificuldade em se obter documentos, como o regimento interno e regulamentos institucionais. As entrevistas individuais foram realizadas entre os meses de março e maio de 2014, por meio de um roteiro semiestruturado, que contemplou dados de identificação do participante e do cargo e as atribuições e competências para exercer o cargo. Para facilitar o entendimento dos participantes, durante a entrevista foi disponibilizada uma vinheta escrita com os conceitos de atribuição e competência.
As entrevistas foram realizadas em sala privativa, no próprio local de trabalho dos participantes, com horário previamente agendado. Foram gravadas em dispositivo de áudio e, posteriormente, transcritas na íntegra. Os dados foram tratados pela técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin(3). Primeiramente, o material transcrito foi lido exaustivamente e categorizado conforme sua similaridade. A categorização seguiu o procedimento por “caixas”, em que categorias já são estabelecidas e os achados da pesquisa são encaixados conforme essa divisão(3). As categorias já instituídas correspondem ao ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento(1).
Para se obter maior confiança na categorização das competências foi utilizada a análise de dados por pares, assim, os discursos foram analisados por três pessoas de maneira independente e, posteriormente, comparados, enfatizando os pontos convergentes e divergentes. Após a categorização consensual dos dados, foi realizado o tratamento dos resultados obtidos e sua interpretação com base na literatura disponível.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (CEP-SCS/UFPR) sob o nº 21728613.0.3005.0020. Depois de explicado os objetivos, o caráter voluntário e as etapas da pesquisa aos participantes que aceitaram participar do estudo, eles assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para preservar suas identidades, os participantes foram identificados pela letra G, seguida de um numeral arábico.
Os resultados estão apresentados em três etapas. A primeira delas traz a caracterização dos enfermeiros e do cargo de gerente de enfermagem. A segunda etapa apresenta as atribuições do gerente de enfermagem e a terceira apresenta as competências necessárias para o exercício da função de gerente de enfermagem.
Primeira etapa: Caracterização do enfermeiro e do cargo de gerente de enfermagem
Tabela 1 - Caracterização do enfermeiro e do cargo de gerente de enfermagem em hospitais de ensino do Paraná. Curitiba, 2015
*O percentual foi calculado pela razão entre o número de trabalhadores na enfermagem dividido pelo total de trabalhadores no HE
Segunda etapa: Atribuições dos gerentes de enfermagem
As atribuições dos gerentes de enfermagem foram categorizadas de acordo com as dimensões preconizadas para os HE: ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento, apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 - Atribuições dos gerentes de enfermagem de hospitais de ensino no Paraná. Curitiba, 2015
Terceira etapa: Competências necessárias para o exercício do cargo de gerente de enfermagem
As competências para o exercício do cargo de gerente de enfermagem foram identificadas e distribuídas conforme as dimensões preconizadas para os HE: ensino, pesquisa, assistência e gerenciamento, apresentadas no Quadro 2.
Quadro 2 - Competências dos gerentes de enfermagem de hospitais de ensino no Paraná. Curitiba, 2015
Dentre os gerentes de enfermagem dos HE, verifica-se o predomínio do sexo feminino no cargo, o que corresponde à característica da feminilização inerente à profissão da enfermagem(4). A idade e o tempo de formação dos enfermeiros demonstram a preferência dos HE do Paraná por gerentes de enfermagem com maior vivência e experiência profissional. Isso corrobora com outro estudo, o qual relata que 72,7% dos gestores sinalizaram que eram necessários de 5 a 10 anos de formação para se assumir o cargo de gerência e 27,3% apontaram ser necessário mais de 10 anos de formação(5), visto que tal cargo requer diversas competências que são adquiridas e desenvolvidas ao longo da trajetória profissional do enfermeiro.
O cargo máximo ocupado pelos enfermeiros teve distintas denominações, dentre as quais se destacaram: diretora de enfermagem e gerente de enfermagem. Aparentemente, a denominação utilizada não exerceu influência sobre as atribuições exercidas pelos enfermeiros, tampouco sobre as respectivas competências essenciais para o desenvolvimento das atividades. Nesse caso, não se tem elementos para afirmar que os nomes influenciam a descrição das atividades e responsabilidades inerentes a cada um, já que este estudo não se debruçou sobre a relação dessas com o modelo gerencial do hospital. Cargos e nomes advindos da adoção de modelos gerenciais podem ter diferenças na sua concepção, podendo se refletir nas atribuições, competências requeridas, no grau de detalhamento das atividades e representatividade da categoria perante a instituição(6).
Quanto à forma de escolha dos enfermeiros que ocupavam o cargo máximo na área da enfermagem, constatou-se que na maior parte dos casos se deu por promoção. O processo por promoção se dá em razão do tempo e do desempenho do enfermeiro na instituição que, gradativamente, assume cargos de coordenação até alcançar o cargo máximo no campo da enfermagem. A experiência assistencial na instituição colabora para que esse profissional seja capaz de gerenciar conforme as necessidades emergidas da prática e da organização(5).
Nas instituições públicas, a admissão de servidores também pode ser realizada por concurso público ou pela nomeação para o cargo em comissão, declarado de livre nomeação e exoneração. Para a indicação do cargo há uma relação entre a autoridade superior e o designado, pautada na confiança, no comprometimento pessoal e na orientação política da administração(7). Além disso, também se visualiza o processo eleitoral, sendo o gerente de enfermagem escolhido pelos trabalhadores do hospital. Nos hospitais pesquisados, os gerentes de enfermagem eram responsáveis por 27% a 60% do total de trabalhadores de enfermagem, demonstrando grande variação entre hospitais com características similares e localizados no mesmo estado. Essa variação pode ocorrer por inúmeras causas, dentre elas o modelo de assistência adotado pelo hospital e a adoção de metas voltadas para a produtividade(8).
Em relação às atribuições dos gerentes de enfermagem, verifica-se, na dimensão gerenciamento, a representação institucional, o gerenciamento da assistência de enfermagem e o gerenciamento de recursos (materiais, humanos e financeiros). A representação institucional acontece nos âmbitos interno e externo dos HE e, em geral, é decorrente da natural posição ocupada pelo enfermeiro. Ela reflete qual é a amplitude de sua atuação no sentido da liderança, de não ser apenas uma formalidade, mas de exercer a liderança no sentido do apoiar e viabilizar junto aos enfermeiros projetos e políticas institucionais, mas também em representar e defender demandas profissionais da categoria, sobretudo, questões mais nevrálgicas, como o processo de cuidado e as condições de trabalho.
Neste estudo, observou-se preocupação com a conciliação dos objetivos do hospital com a coordenação do cuidado; com a responsabilidade de responder também pelo trabalho da equipe; e com a educação permanente como opção para o desenvolvimento profissional e para respaldar as decisões relativas ao cuidado. Toda essa preocupação é pertinente pois, em tese, uma das atribuições do enfermeiro no processo gerencial é a organização do trabalho e dos recursos necessários à sua operacionalização(9).
A gerência do cuidado caracteriza-se como uma atribuição do enfermeiro e está diretamente associada à busca pela qualidade da assistência ao paciente e por melhores condições de trabalho para os profissionais da enfermagem. Para isto, o enfermeiro desempenha atividades de assistência, liderança, gerência de recursos humanos e materiais, planejamento do cuidado, educação da equipe de enfermagem, coordenação da produção do cuidado e avaliação das atividades desenvolvidas pela enfermagem(10).
Uma forma de garantir a qualidade do cuidado se faz por meio de ações de educação em serviço, pois é um mecanismo que articula as necessidades de aprendizagem com as necessidades do trabalho(11). Este tipo de educação é intrínseco à prática do profissional da saúde. Repensar o modo de agir e procurar novas maneiras de realizar o trabalho, com foco na excelência do cuidado se configuram como atividades diferenciadas, nas quais o gerente de enfermagem se ampara para assistir o paciente de forma integral.
O gerenciamento de recursos materiais também foi identificado como uma atribuição dos gerentes de enfermagem, já que ele participa de quase todas as etapas do processo de gerenciamento de materiais - programação, compra, recebimento, armazenamento, distribuição e controle -, e que isto se deve a sua capacitação para as atividades administrativas, aliada ao conhecimento derivado das atividades assistenciais(12). Assim, reflete diretamente na qualidade da assistência prestada ao usuário.
Outra atribuição do gerente de enfermagem identificada foi o gerenciamento dos recursos humanos. Estudo nessa área demonstra a dificuldade em dimensionar o pessoal de enfermagem, apontando que o número de profissionais de enfermagem fica aquém do necessário, o que é preocupante, uma vez que a falta de profissionais está associada à insatisfação no trabalho e ao cuidado de baixa qualidade(13).
O gerenciamento financeiro, apontado como mais uma atribuição do enfermeiro, é de extrema relevância para a saúde econômica da instituição em virtude dos custos crescentes no setor de saúde. Nesse contexto, os hospitais públicos são obrigados a lançar mão de todos os instrumentos gerenciais e administrativos, a fim de alcançar harmonia econômica e a manutenção dos serviços de saúde em prol da população. Rentabilizar recursos significa rever práticas e processos de trabalho, de modo a assegurar a assistência contínua e de qualidade, a um menor preço, para que os profissionais executem suas ações sem prejuízos para si e para os pacientes que atendem(14).
O ensino também apareceu como uma atribuição dos gerentes de enfermagem. Os HE têm um compromisso indissociável em ofertar serviços de saúde e, ao mesmo tempo, agirem como um prolongamento do ambiente universitário para a formação de profissionais(15). Todavia, os relatos apresentados não são claros em relação à preocupação com o processo formativo dos acadêmicos e seu desenvolvimento pessoal, nem com a criação de ambientes de aprendizagem. Nota-se, apenas, a busca de parcerias com as instituições de ensino e a adaptação dos acadêmicos à rotina já instaurada no hospital.
Considerando que o gerente de enfermagem não presta cuidados diretos aos usuários e suas atividades são realizadas em nível estratégico, não foram referidas atribuições pertinentes à dimensão assistência, pois o enfermeiro trabalha a partir da organização do cuidado e do processo de trabalho da equipe de enfermagem.
Em relação às competências para atuar como gerente de enfermagem nos HE pesquisados, foram identificadas: gestão de conflitos, liderança, tomada de decisão e competência política. Acredita-se que o apontamento dessas competências se relaciona à política de reestruturação dos HE, que sofreram mudanças no âmbito da gerência e na missão institucional, ocupando posição estratégica nos serviços de saúde e redefinindo o papel do gerente de enfermagem, bem como o papel da assistência hospitalar.
Diante da diversidade de competências atribuídas ao gerente de enfermagem, mediar conflitos é uma prática inerente ao seu processo de trabalho, os quais podem decorrer de pessoas que possuem valores, crenças, formação e objetivos desiguais, valores econômicos e profissionais distintos e, ainda, expectativas profissionais mal definidas(16). Conflitos oriundos dos relacionamentos interpessoais predominam nos hospitais e são vivenciados por diferentes categorias profissionais e entre os próprios profissionais da enfermagem, o que interfere diretamente no andamento do trabalho, no desempenho e na motivação. Nesse sentido, os conflitos podem gerar insatisfação da equipe, pois implicam na desorganização de todos os integrantes, sejam eles da mesma categoria ou não(17).
Estratégias utilizadas por gerentes de enfermagem para a mediação dos conflitos no âmbito do trabalho abarcam a coparticipação da equipe na tomada de decisão; demostrar resolutividade no enfrentamento dos conflitos; conversar com a equipe; ser imparcial e privilegiar a qualidade do serviço; ter postura profissional; e manejar as situações de modo individual(16).
Já o exercício da liderança é vital em qualquer contexto, sobretudo no hospitalar de ensino, cujas diversidades de interesses e atores dificultam o papel do líder. Promover transformações no trabalho, por meio da conciliação entre as metas da organização e as prioridades da equipe de enfermagem com vistas à qualidade do cuidado prestado ao usuário(17), é atividade do gerente de enfermagem. Assim, é essencial a criação de estratégias capazes de despertar no enfermeiro gerente a busca por conhecimentos na área da liderança, assim como ampliar a formação específica para a área da gerência(18).
A competência política se refere à capacidade para influenciar as decisões e assuntos relacionados à saúde e à organização por intermédio do conhecimento, da comunicação eficaz e da colaboração com outros membros da equipe de saúde(19). Deste modo, é imperativo adquirir e desenvolver essa competência, pois o gerente de enfermagem precisa utilizá-la, a todo o momento, a fim de defender os interesses da equipe de enfermagem, articular a participação dos trabalhadores nas diretrizes propostas pela direção, mediar conflitos entre a enfermagem e demais categorias e atuar como elo entre os profissionais da enfermagem e a alta direção do hospital.
Competências das dimensões de ensino e pesquisa não foram referenciadas pelos participantes desta pesquisa como necessárias para o exercício do trabalho, apesar de eles terem mencionado algumas atribuições relacionadas ao ensino.
Na estrutura do serviço de enfermagem, os enfermeiros têm a possibilidade de ocupar o cargo de gerente. Todavia, salvo alguns casos em que o processo se dá via eleição, a escolha parece ser de pouco controle da equipe de enfermagem, ela é atribuída ao grupo diretivo do hospital. Tal constatação reafirma a tese de que, embora a enfermagem tenha papel imprescindível no hospital e correspondem a um quantitativo significativo de recursos humanos, isso não chega a ser suficiente para decidir seus próprios caminhos e ter autonomia para escolher suas lideranças.
Ressalta-se que, embora os hospitais estudados sejam todos de ensino e se localizem no mesmo estado, o número de profissionais de enfermagem sob a mesma direção é muito destoante entre eles. As atribuições do gerente, no entanto, se assemelham, destacando-se a participação dele na representação da enfermagem. Nessa atividade, o enfermeiro representa a categoria na direção geral do HE e, ao mesmo tempo, representa a direção perante os trabalhadores de enfermagem para atingir as metas contratualizadas, alterar o modelo de cuidado e garantir o cumprimento das normas e a legislação.
A competência política foi ressaltada pelos participantes da pesquisa, uma vez que sem ela não é possível se posicionar nem influenciar pessoas e, por conseguinte, não se consegue articular o processo de trabalho da enfermagem com os demais setores. É notável que tanto as atribuições quanto as competências dos gerentes contemplam, na sua maioria, apenas a dimensão de gerenciamento.
A falta de acesso a documentos causou estranheza aos pesquisadores, especialmente pelos motivos alegados: estavam em construção ou não se encontravam. Essa foi uma limitação do estudo, pois alguns questionamentos poderiam ter sido elucidados, por exemplo, a participação do gerente nas dimensões ensino e pesquisa. Considerando que o HE é essencial para a formação de recursos humanos em saúde, a pouca referência às atribuições e competências relacionadas a essas duas dimensões preocupam, pois dificultam o estabelecimento de parcerias que possam impactar na formação. Ratifica-se, aqui, a necessidade de se avançar nesta discussão.
Não obstante às limitações, considera-se que, dada à escassez de artigos nesta área, o estudo permitiu um panorama dos HE do Paraná e a participação da enfermagem nas dimensões de gerência, ensino, pesquisa e assistência.
Todos os autores participaram das fases dessa publicação em uma ou mais etapas a seguir, de acordo com as recomendações do International Committe of Medical Journal Editors (ICMJE, 2013): (a) participação substancial na concepção ou confecção do manuscrito ou da coleta, análise ou interpretação dos dados; (b) elaboração do trabalho ou realização de revisão crítica do conteúdo intelectual; (c) aprovação da versão submetida. Todos os autores declaram para os devidos fins que são de suas responsabilidades o conteúdo relacionado a todos os aspectos do manuscrito submetido ao OBJN. Garantem que as questões relacionadas com a exatidão ou integridade de qualquer parte do artigo foram devidamente investigadas e resolvidas. Eximindo, portanto o OBJN de qualquer participação solidária em eventuais imbróglios sobre a matéria em apreço. Todos os autores declaram que não possuem conflito de interesses, seja de ordem financeira ou de relacionamento, que influencie a redação e/ou interpretação dos achados. Essa declaração foi assinada digitalmente por todos os autores conforme recomendação do ICMJE, cujo modelo está disponível em http://www.objnursing.uff.br/normas/DUDE_final_13-06-2013.pdf
Recebido: 28/06/2016
Revisado: 05/06/2017
Aprovado: 05/06/2017