NOTAS PRÉVIAS

 

Humanização do parto e nascimento: política para redução da morbimortalidade materna e neonatal

 

Sonia Mara Faria Simões1, Deborah Valadão de Jesus1, Juliana Siqueira Boechat1


1Universidade Federal Fluminense


Keywords: Humanizing delivery; maternal mortality; infant mortality.

 


SITUAÇÃO PROBLEMA E SUA SIGNIFICÂNCIA

Segundo a Organização Mundial de Saúde(1)(OMS) a saúde materno-infantil deixou de ser uma preocupação técnica para converter-se em um imperativo moral e ético uma vez que a cada ano cerca de 530.000 mulheres morrem durante a gravidez e o parto; mais de 03 milhões de crianças nascem mortas e mais de 04 milhões de recém-natos morrem durante as primeiras semanas de vida. Isto poderia ser reduzido de modo intenso se fossem utilizadas intervenções básicas e a assistência de saúde tivesse continuidade para a mãe e a criança, começando antes da gravidez, seguindo no parto e ao longo do puerpério e infância do bebê. Nessa perspectiva, novas estratégias de assistência obstétrica surgem considerando a humanização, porém ressalta o Ministério da Saúde(2) (MS) a Política de Humanização no campo da saúde deve ser considerada como um direito. Sua normatização no atendimento à mulher na situação de gravidez, parto e nascimento segundo Simões e Conceição3 tem perspectiva vertical, ou seja, é diretriz para órgãos e instituições federais, estaduais e municipais. Mas ao entender que humanização se mede pela assistência prestada, é oportuno em nível horizontal refletir sobre modelos e métodos assistenciais que considerem além do biológico, a empatia, respeito, troca de conhecimento, segurança, a escolha e participação ativa da mulher e família, promovendo assim, uma assistência cidadã.


OBJETIVO

A pesquisa tem como objetivo geral analisar se a assistência prestada no parto e nascimento contribui para a redução da morbimortalidade materna e neonatal.


METODOLOGIA

A pesquisa de natureza quanti-qualitativa terá como cenários a Maternidade Federal, Municipal e Estadual localizadas em Niterói. Os sujeitos serão mulheres atendidas nas instituições respectivas, tendo como critério de inclusão a vivência de pelo menos um parto eutócico. Os dados serão coletados através da observação de campo para sistematizar a assistência obstétrica prestada e a entrevista semi-estruturada, a fim de levantar situações vivenciadas pelas puérperas que possam levar a riscos ou problemas  de saúde materna e neonatal.


REFERÊNCIAS

1. Organização Mundial da Saúde. O WHO relata chamadas para a aproximação nova exceto às vidas das mães e das crianças. Available from www.who.int/mediacentre/news/rele...  20/4/2005.

2. Brasil.Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília, 2004.

3. Simões, SMF; Conceição, RMO. A perspectiva da humanização na gravidez, parto e nascimento no Brasil: algumas reflexões. In: A República no Brasil 1889-2003. Ideário e realizações. Rio de Janeiro: Papel Virtual, v. 3, p. 280-290, dez, 2003.

 


Recebido: 22/08/2005 
Aprovado: 22/08/2005