NOTAS PRÉVIAS

 

 

Gerenciamento de caso: a participação do enfermeiro no primeiro atendimento na emergência

 


Marcia Rejane da Silva Valentim1

1Hospital de Clínicas Niterói


Keywords: Emergency Nurse; Case management.

 


SITUAÇÃO PROBLEMA

Chefiando um serviço privado de emergência voltado para o atendimento a clientes de alta complexidade, vivencio cotidianamente várias condições que afetam a assistência e o gerenciamento no serviço de emergência, uma delas é o tempo de espera do cliente de emergência que aguarda em média 40 minutos pelo atendimento médico. Encontram-se na recepção da emergência clientes de baixa complexidade categorizados de tipo I e II sem risco de vida, com sinais vitais estáveis e de alta complexidade categorizados de tipo III e IV, com sinais vitais instáveis e instabilidade hemodinâmica(1). Considerando que as principais situações patológicas atendidas na emergência, o limite entre a demanda e o tempo de atendimento significa aumento de agravos como: seqüelas e risco de vida, principalmente tratando-se das emergências cardiológicas e neurológicas e com o objetivo de diminuir o impacto desta problemática, inserimos enfermeiros plantonistas da unidade de emergência para o controle da porta de entrada dos clientes adultos de clínica médica, iniciando o atendimento da demanda no primeiro atendimento, identificando, priorizando e agilizando condutas prioritárias de emergência para os clientes de complexidade clínica I, II e III. Com base nesta experiência prática, sinto a necessidade de aprofundá-la e validá-la criando dados e informações para que se substancialize o processo de trabalho do enfermeiro no primeiro atendimento, segundo o modelo de Gerenciamento de Caso, definido como: "uma modalidade muito utilizada pela atenção gerenciada americana podendo ser considerada como uma forma particular de revisão prospectiva e concorrente. Pode ser definido como uma equipe de saúde (em algumas organizações um único profissional) que se responsabiliza pela atenção do paciente durante todo o processo clínico e faz julgamentos sobre a necessidade da atenção e sobre os serviços prescritos e recebidos(2).


OBJETIVO

Identificar a participação do enfermeiro de emergência na construção do modelo de gerenciamento de caso.


METODOLOGIA

Pesquisa de abordagem quantitativa “que se inicia com estudo de uma amostra, quantificando fatores segundo estudo típica e generaliza o que foi encontrado na amostra para a população de onde esta amostra foi extraída3”. O método para análise dos dados Software EPI INFO versão 3.2. O estudo esta sendo feito na unidade de emergência de um hospital geral, privado, de 179 leitos no município de Niterói. A amostra foi feita pela análise dos boletins de atendimento realizado pelos enfermeiros no primeiro atendimento na primeira semana de janeiro e fevereiro de 2005 resultou na identificação de 1.198 boletins, na qual as categorias do primeiro atendimento com o modelo do gerenciamento de caso, de acordo com os dados foi: identificação, priorização e agilização dos atendimentos aos clientes de complexidade clínica I, II e III relacionadas com as categorias: 1) Afragmentação do cuidado em função das resoluções de problemas no que se relaciona com o tempo de atendimento do enfermeiro e a capacidade de seleção dos níveis de complexidade. 2) A tomada de decisão clínica em relação aos diagnósticos globais elacionados aos fatores de risco para doença coronariana, sinais vitais e a queixa principal. 3) A monitorizarão do cuidado a partir da terapêutica clínica aplicada, o impacto da internação e dos procedimentos invasivos.


REFERÊNCIA

1.  Caneti, M. et.al. Guidelines Amil Resgate saúde: Abordagem e Transporte do Paciente Crítico., Rio de Janeiro: Atheneu; 2003.

2.  Gonzales, R, et. al. Gerenciamento de Caso: Um novo enfoque no cuidado à saúde.  Rev. Latino Am. Enfermagem. 11(2): 227-31. Março-Abril; 2003. Available from: www.eerp.usp.br/rlaenf

3.  Rampazzo, L. Metodologia Científica: para alunos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Loyola; 2002.p.51-52.

 

 

Recebido: 20/08/2005
Aprovado:20/08/2005