NOTAS PRÉVIAS

 

Demanda do adolescente por educação em saúde em rede virtual: estudo descritivo

 

 

Gabriela Silva dos Santos1, Cláudia Mara de Melo Tavares2
1,2 Universidade Federal Fluminense

 


RESUMO:
Trata-se de projeto de dissertação para o Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde da Universidade Federal Fluminense. Objetivo Geral: analisar a demanda de educação em saúde nas redes sociais virtuais do adolescente que convive com doença renal crônica. Objetivos Específicos: descrever as experiências dos adolescentes que convivem com doença renal crônica com o uso das redes sociais virtuais para obtenção de informação relacionada à saúde; identificar a demanda de educação em saúde dos adolescentes em redes sociais virtuais e relacionar as demandas destes adolescentes com o papel do enfermeiro. Método: estudo descritivo de abordagem qualitativa, a ser realizado a partir de entrevista semiestruturada com adolescentes que convivem com doença renal crônica e que buscam informações relacionadas à saúde nas redes sociais virtuais.
Descritores: Rede social; Apoio Social; Enfermagem; Doenças crônicas; Adolescentes
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SITUAÇÃO PROBLEMA E SUA SIGNIFICÂNCIA

As doenças crônicas não transmissíveis se constituem problema de saúde de máxima extensão e correspondem a 72% das causas de mortes. Elas afetam fortemente as camadas pobres da população e grupos vulneráveis(1). Um público que merece uma atenção em especial quando se trata de doenças crônicas é o adolescente, pois nesse período de transição da infância para a fase adulta o processo é, por vezes, conturbador. E, lidar com uma doença crônica é desafiador tanto para o próprio adolescente, quanto para seus familiares, amigos e para os profissionais de saúde.

Com a internet à disposição as redes sociais virtuais têm sido um meio importante para promover educação em saúde aos adolescentes que convivem com as doenças crônicas, cuja fase é marcada pela facilitação aos meios de comunicação tecnológicos. As redes sociais virtuais têm suas vantagens, podendo ser acessível de qualquer ponto onde a internet esteja disponível para a conexão. Nela é possível compartilhar informações a respeito de diversos assuntos de acordo com o interesse do público e, ainda, criar grupos específicos.
A rede social se refere à dimensão estrutural ou institucional ligada a um indivíduo, enquanto que o apoio social encontra-se na dimensão pessoal, sendo constituído por membros dessa rede social, efetivamente importantes para as famílias. A rede social é uma teia de relações que liga os diversos indivíduos que possuem vínculos sociais, propiciando que os recursos de apoio fluam através desses vínculos(2).

Esse recurso beneficia pessoas as quais ficam restritas a um determinado espaço, impossibilitadas de alguma forma de acesso com o meio social real. Pensando nisso e observando um grupo especial de uma rede social virtual de apoio às pessoas que convivem com doença renal crônica, despertou o interesse em pesquisar as contribuições das redes sociais virtuais na prática educativa em saúde aos adolescentes que convivem com doença renal crônica. A busca pelo conhecimento da doença é um passo importante para o processo de adaptação à condição crônica, é vista ainda como uma estratégia de enfrentamento positivo da doença crônica(3).

 

QUESTÕES NORTEADORAS

Quais as contribuições das redes sociais virtuais na educação em saúde dos adolescentes que convivem com doenças crônicas? Qual a demanda por orientação em saúde dos adolescentes que convivem com doenças crônicas nas redes sociais virtuais? Qual o papel do enfermeiro no processo de educação em saúde do adolescente por meio das redes sociais virtuais?

 

OBJETIVOS

Geral: analisar a demanda de educação em saúde nas redes sociais virtuais do adolescente que convive com doença renal crônica. Específicos: descrever as experiências dos adolescentes que convivem com doença renal crônica com o uso das redes sociais virtuais para obtenção de informação relacionada à saúde; identificar a demanda de educação em saúde dos adolescentes na rede social virtual e; relacionar as demandas destes adolescentes com o papel do enfermeiro.

 

MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. Os sujeitos serão adolescentes que convivem com doenças renais crônicas. Serão incluídos todos os pacientes em idade de 12-20 anos, em qualquer fase de desenvolvimento da doença (conservador, diálise peritoneal, hemodiálise ou transplantado), que estejam frequentando o serviço especializado em saúde do adolescente no estado do Rio de Janeiro selecionado para o estudo. Excluídos: pacientes que nunca acessaram quaisquer redes virtuais para obtenção de informações relacionadas à saúde a fim de compreender o processo da doença e aqueles que se recusarem a participar do estudo, ou que os responsáveis, em caso dos menores de idade, não consentirem com a participação. Como instrumento de coleta de dados se utilizará a entrevista semiestruturada. A coleta de dados será realizada no período de dezembro de 2013 a maio de 2014. Os dados obtidos serão analisados de acordo com a análise temática de conteúdo.


REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde (Br). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022.  Brasília : Ministério da Saúde, 2011

Pedro ICS, Rocha SMM, Nascimento LC. Red y apoyo social en enfermería familiar: revisión de conceptos. Rev Latino-am Enferm 2008; 6(2): 324-7. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n2/es_24.pdf > Acesso em : 29 jul.2013

Leite MF, Gomes IP, Ribeiro KSQS, Anjos UU, Moraes RM, Collet N. Coping strategies for caregivers of children with a chronic disease: a methodological study. Online braz j nurs [ Internet ]. 2013 June [ Cited 2013 Oct 5 ] 12 (2): 238-50. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4056. doi: http://dx.doi.org/10.5935/1676-4285.20134056

 

Dados do projeto
Atendendo a Resolução 466/12 - o projeto foi encaminhado ao comitê de Ética da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF.

 

Recebido: 24/09/2013
Revisado: 30/09/2013
Aprovado: 30/09/2013