COLABORAÇÃO PARA PUBLICAÇÕES EM ENFERMAGEM: DESAFIO PARA HOJE

 

Dalmo Valério Machado de Lima1

1 Universidade Federal Fluminense

 

Em 21 de setembro de 2011 a presidente Dilma Rousseff proclamou importante discurso na conferência de abertura da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Nova Iorque, Estados Unidos. Foram abordados diversos temas de interesse mundial, os quais isoladamente renderiam diversos editoriais: segurança, economia, responsabilidade social, poluição, desenvolvimento sustentável entre outro. Contudo, nesse momento me atenho a uma fala referente à crise financeira, que, todavia, pode ser perfeitamente transportada para o ambiente de produção e difusão do conhecimento científica na enfermagem:

Queremos - e podemos - ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda. Um novo tipo de cooperação, entre países emergentes e países desenvolvidos, é a oportunidade histórica para redefinir, de forma solidária e responsável, os compromissos que regem as relações internacionais.

Por analogia, troquemos países por regiões aonde existam diferentes culturas, distintas demandas de necessitados e pluralidade de formação e exercício profissional de enfermagem. Entendamos “crise” como o inacesso à informação, o que remete a subserviência, a paralisia e a alienação. E, finalmente, países emergentes e desenvolvidos por periódicos com menor ou maior know-how na área de publicação científica em enfermagem.

A oportunidade histórica aludida pela presidente Dilma de redefinir os compromissos que regem as relações internacionais também se dão ao nível local e regional de cooperação, entre os periódicos de enfermagem. E quem se beneficia com essa colaboração? Sobretudo, aquele que é a razão da existência da profissão, qual seja, o doente. Pois, com a fluidez de informação, simplicidade para atualização e facilidade de publicação, certamente teremos profissionais mais qualificados e envolvidos no processo de cuidar, pesquisar, administrar e ensinar.

Postos-chaves para a superação de barreiras regionais são o idioma e a compreensão do processo de submissão de material científico. Nesse sentido, o OBJN tem o orgulho de trazer com essa edição algumas novidades:

1.     As normas de publicação foram totalmente remodeladas de maneira a atender as demandas contemporâneas e requisitos internacionais. Essas normas encontram-se disponíveis para download e disponível em português, inglês e espanhol.

2.     Na seção de revisão há um artigo que contempla a maioria dos desenhos metodológicos de pesquisa em enfermagem. Acreditamos que sua leitura sirva como um guia não somente para o envio de material para o OBJN, mas para auxiliar na compreensão do universo da pesquisa.

3.     Na seção de artigos originais há um update do Curso Rápido de Metadados. Trata-se de uma versão revisada e ampliada daquele que se constitui na maior causa de rejeição prévia de artigos em saúde, o preenchimento de metadados.

4.     A partir desse número, todo o conteúdo do OBJN estará disponível nos idiomas: português, espanhol e inglês.

Desejamos que essas iniciativas constituam-se num estímulo ao acesso e divulgação do OBJN entre leitores, autores e revisores, mas, sobretudo, constitua-se numa renovação de votos com a profissão e compromisso à vida.