AÇÃO INTENCIONAL DO ENSINO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM: ESTUDO FENOMENOLÓGICO

 

Renata Jabour Saraiva1, Ann Mary Machado Tinoco Feitosa Rosas2, Benedita Maria Deusdará Rodrigues3, Ana Maria Domingos4, Maria Manuela Vila Nova Cardoso5, Geilsa Soraia Cavalcanti Valente6

 

1,2,4,5 Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil; 3 Universidade Estadual do Rio de Janeiro, RJ, Brasil; 6 Universidade Federal Fluminense, RJ, Brasil.

 

 

 

RESUMO

Este artigo é resultante de uma dissertação de mestrado defendida em junho de 2011 na Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ. Objetivo do estudo. Compreender o significado da ação intencional do ensino da Consulta de Enfermagem ao adulto idoso pelos Enfermeiros que atuam ensinando aos graduandos e pós-graduandos de Enfermagem. Pesquisa qualitativa, de abordagem fenomenológica. Sujeitos, doze enfermeiras que atuam com o ensino da consulta. Cenário, duas Instituições Hospitais Escola, que atuam com o ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso para os graduandos e pós-graduandos de Enfermagem. Aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa, protocolo de nº. 093/2010. Como um dos resultados, a apreensão do “motivo-porque” gerando o respectivo contexto: da não identificação do ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso no curso de graduação, a procura da qualificação profissional do enfermeiro para ensinar aos graduandos e pós-graduandos a assistir as necessidades das demandas atuais e futuras. Portanto, comprovou-se que o fazer atual dos enfermeiros está diretamente ligado a sua formação, pois alguns relatam não terem sido preparados adequadamente para lidar com a Consulta de Enfermagem ao adulto idoso.

Palavras-chaves: enfermagem, consulta, ensino, gerontologia, fenomenologia.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

O envelhecimento crescente da população já é considerado um fenômeno mundial em toda sua complexidade, mostrando-se multifacetado e multidisciplinar, porém torna-se necessário compreender os aspectos biopsicossociais e suas variáveis, pois interferem diretamente no sujeito que envelhece. Logo, o envelhecimento se caracteriza pelo aumento da população acima de 60 anos em relação à população total, com a diminuição da participação relativa das faixas etárias mais jovens, com o aumento da expectativa de vida e com a queda da mortalidade(1).

Porém, todo esse movimento ensejou a edição da Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº. 1948 de 03 de julho de 1996, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso (PNI), que após 11 anos, em setembro de 2003, deu origem a aprovação do Estatuto do Idoso, Lei nº 1.0741/2003, contendo sete títulos, seus respectivos capítulos e 118 artigos. Desde então, tornou-se possível à efetivação dos referidos direitos humanos da pessoa idosa, especialmente por tentar proteger e formar uma base para a reivindicação da atuação de todos (família, sociedade e Estado)(1).

Além da PNI e do Estatuto do Idoso, criou-se outro dispositivo legal para nortear as ações sociais e de saúde – a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Portaria 2528/GM, de 19 de outubro de 2006, que fundamenta a ação do setor saúde na atenção integral à população idosa e em processo de envelhecimento, conforme determinam a Lei Orgânica de Saúde nº. 8080/90 (Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral) e a Lei nº. 8842/94, regulamentada pelo Decreto nº. 1948/96, assegurando os direitos da pessoa idosa e buscando criar condições para a promoção da autonomia, integração e participação dos idosos na sociedade(2).

Todas essas novas medidas visão recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, uma vez que, a desigualdade regional do envelhecimento populacional requer maior atenção no planejamento e na avaliação das ações em consonância com a Lei Orgânica de Saúde nº. 8080/90 e a Lei nº. 8842/94, citadas anteriormente, beneficiando todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade(2).   

Após a criação do Estatuto, no ano de 2006, o Ministério da Saúde, elaborou o Caderno de Atenção Básica – nº. 19 – série A. Normas e Manuais Técnicos, intitulado, “Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa” tendo como objetivo proporcionar ao idoso um envelhecimento ativo e saudável, com o intuito de oferecer subsídios técnicos específicos, de forma a facilitar a prática diária dos profissionais que atuam na Atenção Básica. Preparado com uma linguagem acessível, com instrumentos específicos, de fácil acesso (internet), e promovendo discussões atualizadas, capazes de auxiliar intervenções apropriadas às demandas da população(2).  

Nesse contexto e compreendendo a problematização apresentada, percebemos ser pertinente usar a Fenomenologia como método. Através do caráter teórico- metodológico, é possível explicitar as experiências e o conhecimento adquirido ao longo da vida, trata-se dos conhecimentos disponíveis, ou seja, para entendermos “O típico da ação do enfermeiro que ensina a consulta de enfermagem ao adulto idoso para os graduandos e pós-graduandos de enfermagem” é preciso ouvi-los para apreender qual a bagagem de conhecimentos em relação a sua qualificação profissional. Assim, poderemos compreender os motivos que os impulsionaram a ter planejamentos e execuções de atividades singulares para cada sujeito desse processo. Logo, cada enfermeiro tem motivos próprios para explicitar a sua maneira singular de ensinar a realizar a consulta de enfermagem, seja para os acadêmicos do Curso de Graduação, seja para os de Pós-Graduação, no sentido de despertar nesses futuros enfermeiros motivação para atender às necessidades de seus clientes nesta fase da vida. Isso ocorre devido à singularidade vivida por cada um, que lhe é própria, não é a do outro(3)

Portanto, como objetivo do estudo: Compreender o significado da ação intencional do ensino da Consulta de Enfermagem ao adulto idoso pelos Enfermeiros que atuam ensinando aos graduandos e pós-graduandos de Enfermagem.

A relevância do estudo encontra-se na possibilidade em criar possíveis pensamentos críticos-reflexivos, após uma situação de aprendizado, diante das ações implementadas desde a graduação, tendo em vista a necessidade de melhores condições de vida e sobrevida através da prestação de serviços de saúde, que possam atender as necessidades e, por conseguinte, com possibilidades de futuros profissionais qualificados para cuidar da saúde dos idosos de uma forma condizente com a realidade social.

 

METODOLOGIA

 

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem fenomenológica, cuja importância é a apropriação de métodos que façam emergir o máximo dos fenômenos captados da pesquisa. Seus resultados estão baseados nas experiências da vida real de pessoas com conhecimento do fenômeno em primeira-mão.

As metodologias qualitativas são aquelas capazes de incorporar a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais, sendo essas tomadas tanto no seu advento quanto na sua transformação, como construções humanas significativas(4). Assim, tendo em vista a especificidade da temática estudada, optamos por fazer uso da Fenomenologia Sociológica de Alfred Schütz, por julgarmos ser adequada para articularmos com o objeto de estudo.

Logo, tais regras, irão possibilitar explicitar o mundo da vida e as estruturas da relação entre a consciência e o seu objeto(5).  E que, para se chegar ao sentido da atribuição do sujeito, é preciso à suspensão dos juízos, chegando ao “eu puro, transcendental”. Assim, conhecer as significações dos fenômenos do processo saúde-doença é essencial para realizar as ações individuais e coletivas, podendo proporcionar um maior aprofundamento dos sentimentos, ideias e comportamentos do que se deseja estudar.

A fenomenologia significa discurso esclarecedor daquilo que se mostra a si mesmo no âmbito das relações interpessoais(6). Dessa forma, o estudo pretende abordar os fenômenos do envelhecimento e os fenômenos da compreensão dos enfermeiros que atuam com o ensino da consulta de enfermagem ao idoso para os graduandos e pós-graduandos de enfermagem em campo de prática e de suas necessidades contextuais, sem se importar com seu endereço, seu sobrenome, sua situação econômica e social(7).

 

O cenário do estudo

A pesquisa teve como cenário natural, as dependências de duas Instituições Hospitais Escola, que atuam com o ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso para os graduandos e pós-graduandos de Enfermagem, uma no município de Niterói - Programa de Extensão “A Enfermagem na Atenção a Saúde do Idoso e seus Cuidadores – EASIC”, da Universidade Federal Fluminense – UFF, e outra no município do Rio de Janeiro, no Hospital Escola São Francisco de Assis – HESFA - UFRJ.

A realização da Consulta de Enfermagem no EASIC, teve início em 1998, com o atendimento primário e com a participação de uma equipe multidisciplinar - Enfermeiros Generalistas e Gerontólogos, Nutricionistas e Terapeutas Ocupacionais. Tendo como porta de entrada as unidades básicas de saúde, do Hospital Público da região e cidades metropolitanas II (Niterói, São Gonçalo, Silva Jardim, Maricá, Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá), tornou-se referência no tratamento de idosos com demência naquele município.

Já o atendimento no HESFA ocorre nos ambulatórios nos quais são desenvolvidos alguns Programas de Saúde da Unidade de Cuidados Básicos (UCB) como: Consulta de Enfermagem Ginecológica; Consulta de Enfermagem as Mulheres no Climatério e Menopausa; PAIPI (Programa de Assistência Integral à Pessoa Idosa); Programa de Assistência Integral ao Portador do HIV/AIDS – PAIPHA, ligado ao SAE (Serviço de Atenção Especializada e ao CTA – (Centro de Testagem e Aconselhamento), e CEPRAL (Centro de Ensino, Pesquisa e Referência em Alcoologia e Adictologia).

 A escolha se justifica por serem instituições que adotam dinâmicas de ensino e consultas, possibilitando mostrar a intencionalidade da ação do enfermeiro educador e por serem referência no atendimento ao adulto idoso. E que, a partir da liberação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), da EEAN/HESFA/UFRJ, protocolo de nº. 093/2010, demos início ao estudo.

 

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Participaram do estudo 12 (doze) Enfermeiros, que atuam no ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso para graduandos e pós-graduandos de Enfermagem nos campos de prática escolhidos como cenários. Como critério de inclusão, Enfermeiros das duas Instituições selecionadas para pesquisa, que atuam com ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso para os graduandos e pós-graduandos de Enfermagem há pelo menos dois anos.

Como critério de exclusão, Enfermeiros que não desejassem participar como sujeitos do estudo, aqueles que, por algum motivo, estivessem ausentes do cenário de prática por quaisquer razões, tais como, gozo de licença maternidade, prêmio, saúde, dentre outras, ou ainda, os que embora se encontrassem no cenário, não estivessem desenvolvendo atividade de ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso para os graduandos e pós-graduandos de enfermagem.  Para que seja possível compreender o caráter biográfico de sua história, utilizamos roteiro com perguntas não estruturadas, como forma de caracterização dos sujeitos

Dessa forma, os enfermeiros foram entrevistados individualmente, mediante gravação eletrônica (MP3). Como critério de confiabilidade, foi posteriormente permitido, ouvir sua entrevista. As entrevistas foram encerradas após obter a especificidade do grupo pesquisado a partir das falas dos sujeitos, e serão armazenadas por cinco anos e deletadas após este período.

Como forma de respeito à opinião e dignidade humana, Resolução 196/96, os sujeitos que participaram da pesquisa assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. e Solicitação de Autorização, que foram encaminhados aos Comitês de Ética e Pesquisa das Instituições usadas como cenário.

 

DISCUSSÃO

 

A partir da ação em curso dos sujeitos, foi possível compreender o “motivo – porque” na ação intencional, através do contexto do vivido dos sujeitos do estudo e com isso transpor as dificuldades da não identificação do ensino da consulta de enfermagem ao adulto idoso no curso de graduação, a procura da qualificação profissional do enfermeiro para ensinar aos graduandos e pós-graduandos a assistir as necessidades das demandas atuais e futuras.

Com os depoimentos, ficou compreendido que, as mudanças ocorridas nas diretrizes curriculares do Curso de Enfermagem influenciam diretamente no entendimento e na prática dos enfermeiros, pois analisando os aspectos biográficos dos sujeitos, temos cinco enfermeiros que tiveram acesso ao ensino teórico e prático da consulta ainda na graduação, cumprindo a exigência da habilitação e que, embora estivessem na mesma ou em universidades diferentes, cumprindo a exigência do mesmo currículo, relatam só fazer a consulta depois de graduados.

 

(...) Nos idos de 74, ainda não se fala (...) a questão da consulta de enfermagem (...) não me lembro de fazer a consulta de enfermagem, nem aprender a consulta de enfermagem (...) fiz um curso de atualização (...) foi assim, vinculado à questão do pré-natal (...) você vai lidar com essa população, onde você estiver não tem jeito, as estimativas estão aí (...) os números estão falando para a gente (...) o pool dos idosos, a revolução demográfica (...) (Dendron)

 

 

Dessa forma Schutz chama de intercâmbio e troca de perspectiva do mundo social, onde o homem da atitude natural vive sua vida cotidiana. Assim, o mesmo objeto de seu conhecimento pode parecer um pouco diferente para o outro, na medida em que passa a identificar melhor certos aspectos que outros, pois o que é acessível para uns, pode não ser para outros(3).

Entretanto, os outros sete enfermeiros que fazem parte da nova metodologia do processo ensino-aprendizagem, em universidades públicas e particulares, sem a prática da Habilitação, e as nove sem a Especialização em Idosos, percebem a necessidade de qualificação para praticar e ensinar a consulta. Logo, dependerá do prisma e da ótica que são próprias de cada sujeito. Importante lembrar que a biografia torna o sujeito singular, mas condicionado ao lugar e tempo em que se encontra. Por isso, é possível dizer o que uma pessoa passou através de sua experiência direta, quando o pesquisador compartilha da mesma experiência do sujeito que está sendo pesquisado.         

 

(...) A população idosa no Brasil, tem crescido assustadoramente, é preciso que a gente se aproprie desse conhecimento, que a gente prepare os novos profissionais para lidar com essa realidade, daqui a vinte anos, a maior parte da população será de idosos. (...) preparar os novos profissionais que nós vamos atender daqui a pouco. (..) eu nunca me prendi a referencial metodológico para ensinar, eu acho que a gente cria um jeito próprio de ensinar (...) (Margarida)

 

A minha formação vem de buscar isso em função da prática (...) Eu atendo a minha deficiência, enquanto professora desse campo, por não trabalhar com a questão do idoso (...) avaliar essa realidade dos velhinhos, na sociedade hoje, que é uma população que está crescendo em número, necessita muito de ações (...) a importância da gente se inserir nesse meio (...) reconheço uma falha minha, que é um campo que eu não tenho afinidade (...) sobre essa faixa etária, envolver mais com isso (...) acho que é um grande ganho. (...) (Íris)

 

Outra preocupação relatada, diz respeito a não existência de referencial teórico para dar conta da complexidade da Consulta de Enfermagem ao adulto idoso. Percebem a necessidade de teoria específica que seja significativa no sentido de auxiliar no enfrentamento dos desafios e das adaptações em resposta às experiências cotidianas biopsicossociais.

 

 (...) Eu costumo discutir, que no âmbito da consulta ao idoso, (...) a gente ainda não tem um referencial muito próximo do que é necessário nessa consulta. (...) Aqui eu uso muito a Teoria das Necessidades Humanas Básicas (...) a gente precisa ter um referencial, por exemplo, referencial da NANDA, (...) a gente tem que buscar o referencial nosso, é claro que, a sistematização da assistência, a gente percorre esses caminhos (...) às vezes com a teoria de Leininger, que eu usei no Doutorado (...) nós que somos da área, para pensar (...).a teoria que daria conta totalmente das nuances da consulta, (...) mas eu não tenho assim, um enfoque único, eu ando descobrindo, até outras teorias, a oportunidade de participar em bancas, para ver se a gente descobre até, outras teorias interessantes, a gente faz essas aproximações. (...) (Dendron)  

 

Os entrevistados sinalizam ainda, há necessidade de mudança na estrutura da matriz curricular, pois os alunos chegam ao campo de estágio, sejam eles graduandos ou pós-graduandos, com uma visão cartesiana e, não vislumbram o paciente como um todo. Assim, nos deparamos com a explicação de Capalbo (1998), onde “a tipicidade desempenha papel importante na compreensão do outro e na interação social”.

Essa tipicidade se traduziu no relato dos sujeitos em apontar a necessidade da inclusão da Gerontologia desde a graduação como matéria eletiva, pois os alunos passariam mais tempo com essa clientela. Dessa forma, atenderiam a demanda crescente da população, atenderiam o aperfeiçoamento da didática e atenderiam as atuais políticas públicas de saúde.

 

(...) A estratégia de saúde da família vem tentando quebrar com alguns paradigmas com relação à questão da atenção básica, mais ainda temos um enfoque muito centralizado, na área hospitalar, na internação (...). vamos falar da saúde da mulher, é preferível você manter um aluno dez dias numa sala de parto, do que manter numa consulta de enfermagem (...) (Orquídea)

 

Com a apreensão das falas o papel do educador, em sua ação política ou em sua docência, deve-se voltar para a estratégia de formação na prática política e ideológica em prol da mudança estrutural(3). Com isso, a motivação dos enfermeiros, advém da demanda apresentada ao praticar novos conhecimentos ou habilidades, percebendo a existência de um campo de tensão entre o saber técnico e científico e as representações ou significações que os sujeitos expressam em suas vivências(8).

 

CONCLUSÃO

 

Portanto, as ações atuais, refletem as experiências e os conhecimentos adquiridos desde a graduação, com as peculiaridades de cada currículo e com a necessidade de reconhecimento da ação assistencial consulta de enfermagem ao adulto idoso, para que seja possível alcançar a identidade profissional e o reconhecimento social, através das mudanças curriculares no curso de Graduação em Enfermagem, para atender e desempenhar o papel de educador com eficiência e resolutividade.

Logo, o fazer atual dos enfermeiros está diretamente ligado a sua formação, pois alguns relatam não terem sido preparados adequadamente para lidar com a Consulta de Enfermagem ao adulto idoso. Assim, tornou-se necessária a qualificação para ser possível propor e coordenar novos modelos de práticas inovadoras, auxiliando inclusive, o desenvolvimento de novos papéis, advindos da competência clínica e da habilidade das relações humanas, permitindo ampliar esse saber e proporcionando a competência desejada de uma ampla gama de serviços.  

Dessa forma, reconhecer e caracterizar as necessidades do processo de ensino-aprendizagem irá proporcionar competência e confiança na prática por meio de ações educativas direcionadas a um aprendizado contínuo, fazendo surgir novas oportunidades competentes e especificas ao ensino da Consulta de Enfermagem ao adulto idoso, na medida em que avançamos.

 

REFERÊNCIAS

 

 

1.    Rodrigues RAP, Kusumota L, Marques S, Fabrício SCC, Cruz IR, Lange C. Política nacional de atenção ao idoso e a contribuição da enfermagem. Texto & Contexto Enferm. [periodic online]. 2007 [cited 2010 Mar 30]; 16(3).  Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?

2.    Ministério da Saúde. Portaria/GM nº. 2528. Brasília, DF; 2006. [cited 2010 Oct 20]; Available from: http://www.presidencia.gov.br/sedh/ct/cndi.

3.    Capalbo C. Fenomenologia e Ciências Humanas. São Paulo (SP): Idéias & Letras; 2008.

4.    Triviños ANS. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Editora Atlas; 1992.

5.      Popim RC, Boemer MR. Cuidar em oncologia na perspectiva de Alfred Schütz. Rev. latinoam enferm. [periodic online]. 2005; 13 (5). [cited 2009 May 08]; Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid.

6.    Barbosa ECV; Rodrigues BMRD. Humanização nas relações com a família: um desafio para a enfermagem em UTI Pediátrica. Acta sci, Health sci. [periodic online]. [cited 2010 Oct 20]. Available from: www.scielo.br/pdf/reben/v63n1/v63n1a24.

7.    Capalbo C. Fenomenologia e Ciências Humanas. São Paulo (SP): Idéias & Letras; 2008.

8.    Padilha M., Bok L., Amante L., Dias da Silva S., Kletenberg D. A dominação instrumental sobre a organização de serviços – uma análise da comunicação com foco habermaseano. Rev eletrônica enferm. [periodic online]. 2011; 10. [cited 2011 Jul 27]; Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2011.3205.1.

 

 

Recebido: 02/08/2011

Aprovado: 13/04/2012